CAPÍTULO 5

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Faz um ano que mamãe e Ayumi morreu, lembro como se fosse ontem sua família chorando aos prantos no seu caixão, e com o passar do tempo as pessoas agem como se nada havia acontecido, isso é terrível.

Apesar de já ter passado um ano a guerra ainda continua, nesse tempo conseguimos recuperar nossas plantações e reconstruir mais algumas coisas que foram destruídas.

Mas você pode ter se perguntado... Oque houve depois daquilo... depois da morte de Ayumi.

______

Derrepente um rapaz que aparentava ter 17 anos de 1.90m, seu cabelo era tão escuro que brilhava e seus olhos cor do sol iluminava o ambiente, ele surge e mata todos outros soldados com sua habilidade.

-Está tudo bem não se preocupe, vamos levá-la rápido para a- [Akemi corta a fala do soldado]

-Não dá mais tempo, já é tarde de mais para levá-la a um médico ela está morta.

-Então não tem muito oque fazer, teremos que levá-la para a tribo de onde vieram.

-Viemos do palácio.

-Do palácio? Quem são vocês?

-Depois nós conversamos agora não é hora, faz alguma coisa!

Então ele pega Ayumi e a coloca em um cavalo no qual tinha vindo e vamos para o palácio a lágrimas o caminho inteiro.

-não há muito oque fazer, apenas avise seus familiares, sinto muito princesa. [Um guarda diz após ver a situação]

______

Hoje ele me veio a cabeça, não entendo já faz tanto tempo, por que tão derrepente eu me lembro dele? Quem era ele?

-Aonde vai filha? [O Rei me pergunta ao me ver descendo as escada do palácio.

-Licença pai, vou dar uma volta pelo palácio e ler um livro, lá dentro está muito quente vou apenas tomar um ar.

Ele concorda e volta ao seu trabalho.

-Que dia quente está hoje, nunca fez tanto calor assim. [Me sento a mesa do jardim e começo a ler]

Depois de algumas horas ouço barulhos vindo de fora do palácio.

-Que som é esse? Não irá me fazer nenhum mal se apenas for olhar oque é.

Então saio pelo portão da frente o mais rápido e escondido que posso para os guardas não me verem.

Quando saio do portão com a cabeça baixa esbarro em alguém, era ele aquele quem depois de um ano me veio a cabeça, eu fiquei paralisada e ele me olhava parado por um tempo, não sabia se havia me reconhecido ou se estava tentando lembrar de onde me conhecia.

-É você, lembra de mim? Eu ajudei vocês a um ano. [Ele diz surpreso]

-Ah sim eu me lembro. [Digo com a voz lenta]

-Você é a Princesa certo? Uau eu nunca achei que estaria falando com a futura Rainha de Ogawa em pessoa. Qual sua habilidade?

-Habilidade? Naquele dia algo estranho aconteceu é como se fosse controlado por mim, se for realmente verdade então eu tenho, pisicocinese.

-Pisicocinese? Isso é muito raro, ninguém além de você no reino tem.

-Mas ainda não tenho certeza, eu nem sei como funciona depois daquele dia eu nunca mais vi nada igual.

-Então vamos descobrir, me encontre amanhã no campo livre ao pôr do sol.

-Vou tentar.

Ele era tão gentil, eu nunca havia achado alguém assim.

[No outro dia]

Eu estava com medo mas como era algo importante escapei do palácio e ao pôr do sol fui ao local em que tínhamos planejado.

-Você está aqui, achei que não viria. [Ele diz alegre]
-Ah perdão eu não falei meu nome, prazer me chamo Zen, sou filho do comandante da tribo de Gaia.

Da tribo de Gaia? Então ele é do lado inimigo, existem tantas outras tribos de qual ele poderia ser mas por que justo uma do lado inimigo?

Eu fingi despreocupação relevante a isso, a única coisa que não podia deixar acontecer era papai descobrir que estava me envolvendo com alguém do lado inimigo.

Não falei nada, apenas aceitei sua ajuda e começamos o treinamento, mas a todo tempo estava desconfiada e preocupada de que ele fizesse algo comigo.

-Hoje foi o memorial de sua amiga certo?

-Sim de manhã estávamos fazendo um memorial para ela e para mamãe com minhas outras amigas, agora até podemos estar em três mas sempre seremos quatro. Sinto que ninguém superou e nunca vamos superar, é muito estranho e difícil ver que Ayumi não está mais com a gente.

-Ela tem sorte de ter amigas como vocês, eu sei bem como é a dor de perder alguém, também já perdi um amigo de infância nós éramos muitos próximos e quando ele se foi fiquei muito abalado, mas isso já se faz sete anos.

-Sinto muito pela sua perda.

Depois que Ayumi se foi foram os piores dias da minha vida por meses, tive que lidar com dois lutos juntos.

Era todas as noites choros, crises e surtos escondidos em meu quarto, sem ninguém para de acolher e para me ajudar já que ninguém do palácio tinha sentimentos para me acalmar, tentei várias coisas inaceitáveis que hoje me arrependo de tentar ter feito. Se tivesse perdido a vida naquele dia oque seria de Akemi e Amaya, teriam que sofrer mais e lidar com dois lutos e um deles seria por culpa minha. As coisas não iriam se resolver desperdiçando minha vida fora.

Yoko by OgawaOnde histórias criam vida. Descubra agora