Only One

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Khun Neung POV

— Ar-Neung, eu ouvi tudo. Eu não vou a lugar nenhum, vou ver você agora. - Sorri emocionada ao ouvir sua linda voz ao telefone. - Taxi! Taxi!... AH! - Ouvi um grito alto de Aneung acompanhado de um barulho de uma batida. Meu corpo congelou.

— Neung? Neung, você pode me ouvir? - Eu não conseguia respirar, comecei a tremer.

— Estou, amor. Desculpe, deixei meu celular cair. - Finalmente, deixei meu corpo relaxar. Tentei controlar minha respiração e sorri imaginando que logo a teria em meus braços. - Já estou dentro do carro... Por favor, siga até este endereço. - Ela provavelmente estava falando com o motorista. - Eu não vou a lugar nenhum, eu te amo muito e não preciso provar isso a ninguém.

— Neung, sua avó...

— Ela não me viu saindo, ninguém viu. - Eu não sabia o que dizer, sequei minhas lágrimas e só conseguia sorrir com o seu jeito animado dizendo tudo aquilo. - Por favor, diga algo. Preciso saber que você não vai desistir desta vez.

— Eu nunca desisti da gente, só pensei que essa seria a única forma de ficarmos juntas no fim. Mas eu nunca deixei de te amar, Neung. - Mesmo sem vê-la, eu sabia que ela estava sorrindo.

— Ar-Neung... - Seu jeito único de dizer meu nome, sua maneira singular de enxergar quem eu sou, sua forma única de me amar... Para mim, Aneung era isso: única.

— Quando te ouvi dizer que perdeu a vontade de viver, senti meu coração se quebrar mais um pouco. Você foi a única que conseguiu me arrancar sorrisos sinceros apenas por sorrir. - Comecei a falar sem pensar, não me importava mais.

— Você é a causa dos meus sorrisos mais sinceros. Se quer me ver feliz, basta estar comigo. - O jeito como Aneung não tinha medo de sentir me despertava a vontade de fazer o mesmo... Talvez eu devesse me entregar de vez a isso. Ficamos um tempo em silêncio, mas nós duas sabíamos exatamente o que a outra estava sentindo. - Ar-Neung?

— Sim, Neung? - Segurei o celular com as duas mãos.

— Estou quase chegando, venha me ver. - Abri um sorriso enorme.

— Estou indo... Amor. - Disse ainda sorrindo e saí do quarto, desci as escadas correndo.

Abri a porta com facilidade e, assim que o fiz, meu coração errou uma batida. Minha linda garota estava ali, com seu sorriso maravilhoso e seu olhar que me enaltecia sem precisar de nenhuma palavra. Rapidamente a puxei para um abraço e fui correspondida. Nós duas chorávamos como crianças, soluçando e apertando uma a outra como se a qualquer momento pudéssemos nos perder novamente. Sentir seu cheiro, seu corpo tão perto de novo era como ter passado pelo inferno e agora encontrado o paraíso.

Como sempre, afaguei seus cabelos num carinho delicado e cuidadoso. Suas lágrimas molhavam minha camisa, mas eu pouco me importava com isso. Ela me olhou novamente ainda abraçada a mim. Imediatamente, minha mão foi de encontro ao seu rosto para acariciá-lo e secar suas lágrimas. Ela sorriu e então eu tive que dizer:

— Que saudade desse sorriso. - Apertei levemente sua bochecha.

— Ar-Neung... Senti saudades de tudo em você. - Ri e respirei fundo, aliviada.

— Vamos entrar. - Ela assentiu.

Mesmo andando até o quarto, não nos desgrudamos em nenhum momento sequer. Neung segurava meu braço quando abri a porta e, quando a fechei, me empurrou contra a porta e puxou meu pescoço para iniciar um beijo avassalador. Eu mal podia respirar e, ao mesmo tempo, não queria interromper aquilo. Segurei firmemente sua cintura e a trouxe mais para perto. Aneung suspirava e dizia meu nome diversas vezes quando desci os beijos para seu pescoço. Encostei nossas testas e disse ofegante:

Only One (Aneung&Neung)Onde histórias criam vida. Descubra agora