dois

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TAYLOR SWIFT |

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TAYLOR SWIFT |

Travis já havia plantado uma sementinha em minha cabeça, me fazendo questionar a todo momento "quem era aquele cara?" embora tivesse lido inúmeras entrevistas e visto milhares de fotos. Ainda não fazia a mínima ideia do tipo de pessoa que ele era.

"Eu vou pro ensaio mais cedo hoje, preciso focar no solo." avisei Selena, que assentiu.

Me arrumei já com o meu colã de balé e fui rumo à Move's Body. Não teríamos dança hoje mas o ensaio era muito importante.

"Conseguiu o que tanto queria..." Georgina disse com sarcasmo.

"Eu sei, estou muito feliz." respondi sorrindo falsamente.

Sem saco pra lidar com essa chata agora.

"Vamos uma última vez meninas, a terceira música!" Brianna grita.

Dançamos pela última vez e fomos liberadas. Quando saio na rua e sinto a brisa do anoitecer me estapear, fecho os olhos. Estava tudo dando certo para mim, estou no meu melhor momento.

"Senhorita Swift?" um homem alto e barbudo se aproxima.

"Sim...?" o encarei.

"Poderia me acompanhar até o saguão do Plaza Hotel?"

"Por que eu faria isso?" Franzi o cenho.

"Senhor Kelce gostaria de encontrá-la." explicou.

Revirei os olhos na mesma hora.

"Olha aqui." me aproximei. "Diga para o senhor Kelce que eu não estou interessada em bater papo com ninguém, tá?" me virei de costas e voltei a andar.

"Mas senhorita..."

ergui o braço esquerdo sem parar de andar, lhe dando um tchauzinho.

Decidi parar em frente à uma loja de vestidos, era a minha favorita naquele lado da cidade. Tinham sempre modelos inovadores e autorais, era bastante caro mas pelo menos reconhecido no mundo da moda. Nunca comprei nada ali pois tinha que usar meu salário para sobreviver, mas se eu conseguisse passar um mês sem sufoco, compraria o vestido amarelo daquela loja. Ele tinha uma abertura nas costas e cordas com rosas de pano caídas pelas costas, era a coisa mais linda. Eu ficava alguns minutos namorando aquele vestido, me imaginando nele como uma pessoa desse lado da cidade, que só vai às compras por diversão e restaurantes para papear. Como uma pessoa que não precisava se preocupar com o saldo no fim do mês.
Não queria me tornar essa pessoa, embora fosse muito tentador, eu apenas gostava de imaginar ser uma delas. Nunca daria certo nesse mundo de riqueza e poder, como dizia minha bisavó, acho que algumas pessoas nasceram para serem pobres.

Talvez eu seja uma delas.

Não era como se eu romantizasse a minha pobreza, sei que ainda tinha pessoas em condições piores do que eu. Era apenas inimaginável eu algum dia fazer parte daquele mundo.
Quando vou em algum lugar que tenha um piso de mármore já me sinto desconfortável, gosto da simplicidade da minha vida porque não tenho tempo para chorar enquanto tenho que fechar a conta do aluguel do mês. Eu prefiro pensar que não vou levar uma vida miseravelmente sem graça tendo que correr atrás das minhas coisas.

GOOD FOR YOU • tayvis Onde histórias criam vida. Descubra agora