•私はあなたなしでは生きられない•

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私はあなたなしでは生きられない
Eu não posso viver sem você.
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Acho que eu nunca pensei que algum dia perderia você...

Nós crescemos juntos naquele orfanato, eu me sentia tão sozinho e perdido antes de você chegar e me apresentar a diversão e felicidade. Talvez você não soubesse, mas salvou Kakucho e eu da solidão.

Naquela tarde você se aproximou tão calmamente, ainda me recordo. Eu balançava sozinho no balanço do parquinho abandonado que tinha nos fundos do orfanato, tudo oque se passava por minha mente era o quanto eu odiava a mulher que me deu a luz e seu marido, eu os odiava tanto por terem me abandonado quando bebê na porta de um orfanato.

Em passos lentos e confiantes, você caminhou e sentou no balanço do meu lado, demorou um pouco, mas você puxou assunto comigo. Perguntou porque eu estava sozinho, e depois brincou constrangido por ter sido ignorado. Apesar de ter sido ignorado por mim no primeiro instante, você não desistiu de tentar falar comigo.

Me recordo de ficar irritado e tentar escapar de seu olhar sempre que te via no fim do corredor, querendo te evitar para não te ouvir falar sem parar. Mas com o tempo, minhas paredes foram quebradas e finalmente comecei a te responder.

Lembro de achar fofo a sua reação naquele momento, mesmo que tenha sido para te repreender.

- E então eu fui atrás daqueles idiotas, um por um, e dei uma surra neles.

Ele ria se lembrando do seu momento de vingança.

- Você errou.

Foi algo simples, apenas duas rápidas palavras que saíram por meus lábios, mas isso fez o mini delinquente virar para mim, com os olhos lilás arregalados, em completo choque.

Minhas bochechas foram tingidas de rosa e eu voltei a esconder meu rosto com meu cabelo, esse que chegava até o meio das minhas costas.

Quando ele se recuperou do choque, eu escutei uma gargalhada alta vinda de si e meu corpo foi balançado, me fazendo ficar desnorteado. Ele me segurava pelos ombros enquanto me chacoalhava loucamente.

Eu estava prestes a mandá-lo parar, mas ele me soltou antes que o fizesse.

- Eu sabia! Sabia que iria me responder em algum momento.

E então, com um sorriso enorme, ele se aproximou, segurou gentilmente meus rosto com as suas mãos e me deu um beijo. Foi o meu primeiro beijo.

Aquilo não passou de um ato infantil e inocente entre as duas crianças, e não foi de fato um beijo, não passou de um simples selar delicado e gentil de seus lábios.

Com aquele ato repentino, eu não demonstrei reação nenhuma, não sabia o significado que o selar de boca de duas pessoas poderia ter, e aparentemente ele também não parecia saber. Depois daquele dia, comecei a me abrir com o moreno.

Não eram frequentes, mas às vezes ele depositava selares em minha bochecha, testa ou em meus lábios, com o tempo percebi que talvez fosse uma forma que ele encontrou de mostrar carinho por mim, então eu apenas o deixava. Mas quando crescemos descobrimos que aquilo não era exatamente normal entre amigos e que selar um beijo com uma pessoa, significava amor e paixão.

Naquela época, essas foram os significados que nos foi dito pelas cuidadoras do orfanato, que tinha visto ele selar meu lábios carinhosamente enquanto eu lia um livro para nós dois na sala. Nós já tínhamos 13 anos quando a mulher explicou sobre o beijo.

Eu não me importei muito, eu era novo, mas sabia que não existia apenas um tipo de amor no mundo, então continuei não vendo problemas nos beijos, já que eu amava ele, eu o amava como um amigo, meu melhor amigo.

ₑᵤ 𝚗ãₒ 𝐩ₒ𝘴𝘴ₒ ᵥᵢᵥₑᵣ 𝘴ₑᗰ ᵥₒ𝚌ê. | Male Reader x IzanaOnde histórias criam vida. Descubra agora