Capítulo 2

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Aghata
19:44 PM.

Eu e meu irmão estávamos no meu quarto, assistindo nosso filme favorito.

Em ritmo de fuga.

O filme fala de um jovem que sofreu um acidente na infância, perdeu os pais e mora com seu avô adotivo. Pelo decorrer do filme, um homem fala que ele roubou a Mercedes dele, que estava cheia de mercadorias ilegais, desde então, ele trabalha como motorista de fuga.

Estava nas cenas finais, onde o garoto chamado Baby e sua garota fogem de um maluco no estacionamento.

Na melhor parte, nosso pai abre a porta.

-Jantar pronto, pestes. - meu pai fala, e Liam revira os olhos.

-Porra, coroa.. Na melhor parte do filme. - fala e eu desligo a TV.

-Coroa? Olha o respeito, moleque! - ele fala, pegando a sandália e jogando em meu irmão.

-Ih, foi mal. - meu irmão fala, passando por meu pai que deposita um tapa em sua cabeça.

Meu pai me olha.

-Não vai comer?

-Daqui a pouco eu vou. Estou sem fome. - falo, ele estreita os olhos.

-Vai conversar com algum namoradinho? - revirei os olhos.

-Não viaja, pai. - falo, jogando uma almofada na porta - Vai, pode ir. Daqui a pouco eu vou.

Ele assentiu e fechou a porta.

Suspirei e peguei meu celular, abrindo no contato do babaca.

Não tinha nada de mensagens, apenas fotos de atividades que foram mandadas por mim.

Cliquei no botão de chamada, e começou a tocar.

Passou dois, três, cinco minutos e nada.

Tentei ligar novamente, até que no terceiro toque, ele atendeu.

-Alô? - pergunto.

-Oi, princesa. - ele falou, e pude ter certeza que ele estava com aquele sorriso descarado dele. Revirei os olhos, mas logo os arregalei quando ouvi gemidos femininos do outro lado da linha.

-Que.. Que barulho é esse? - pergunto.

-Ahn? Ah, nada.. É que.. Eu só estou fodendo a boceta da Vivian enquanto falo com você. Impressionante, não? - Bati a palma da minha mão na testa, balançando a cabeça negativamente.

-Nossa, Alec. Uau, você é tão impressionante que eu vou ter fantasias eróticas pensando em você. - Falei sarcástica e os gemidos param, e logo uma risada tentadora e gostosa soou dele.

-Ciúmes, princesa? - revirei os olhos.

-Ciúmes de você?! - dei risada - Não viaja, e eu tenho nome, Alecsander! - falo - Enfim, eu só quero saber que horas eu posso ir na sua casa para a gente fazer o trabalho.

-Você que sabe. - suspirei.

-Então, eu irei passar aí às duas da tarde. - falo.

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