Burning mind - Tom e Mattheo Riddle

The Cedric's Death

Naquele momento Mattheo sussurra em meu ouvido.

-Quer ir a algum lugar além daqui?

-Onde?

-Vem.

Ele segura minha mão e me puxa para fora das arquibancadas, me levando ao interior de Hogwarts. Fico meio confusa quando paramos num corredor ele olha para os lados checando se não tem ninguém e abre a porta de uma salinha. A pequena sala era bem bagunçada, cheia de armários com muitos compartimentos, vários objetos que Filch confiscara a alunos por anos e anos guardados nesses armários, no teto tinha algemas e correntes que pareciam ter acabado de ser polidas de tão brilhantes.

-A sala do Filch... Mattheo o que estamos fazendo aqui? Vamos pegar detenção se formos pegos.

-Relaxa, tá todo o mundo no torneio. Só vim aqui pegar umas coisas rapidinho. - Ele fala, pegando numa caixinha preta e num balde de metal.

-O que é isso?

-O Mattheo odeia bichos. - Ele abre a caixinha revelando um monte de bichos falsos. - Então vou enfeitiçar esses. E a lata de tinta é só para deixar a vida do Tom um pouco mais... COLORIDA.

Nós descemos até ás masmorras e entramos na comunal, em seguida nos dirigimos até aos dormitórios masculinos.

-Tá, vai colocar os novos amiguinhos do Lucca no lugar. Eu vou espalhar tinta pelo chuveiro e pela toalha do Tom.

-Ele não vai ver?

-Não se a toalha fôr preta. Me encontre por debaixo das arquibancadas.

CORTE TEMPORAL

Quando terminei o serviço no quarto do Mattheo e do Lucca, fui até ao exterior da escola e entrei por debaixo das bancadas onde Mattheo já me esperava. Ele se aproxima de mim e me empurra em um pilar e cola nossos lábios. O beijo de volta, e ficamos lá por vários segundos até a falta de ar nos obrigar a nos afastar. E ficamos assim por alguns minutos até começarmos a ouvir uma música e aplausos.

-A prova deve ter terminado. - Mattheo fala abraçado a mim com a voz abafada pelo meu pescoço.

Nessa hora ouvimos alguém gritando e alguns passos correndo. Nos apressamos para ver o que está acontecendo e a cena com que nos deparamos é Harry deitado sobre um corpo, chorando. Todos os professores e diretores das três escolas em volta e Amos Diggory, pai de Cedric, gritando de tristeza. Lucca desce correndo, seguido de Tom, para ver seu irmão.

-Lucca, você deveria dar um tempo a ele. - Mattheo tenta segurá lo, na tentativa de fazer com que Lucca não piorasse as coisas.

Quando conseguiram finalmente tirar Harry de cima do corpo de Cedric Diggory, Lucca corre para seu irmão mais novo.

-Ele está de volta. Ele voltou. Voldemort está de volta. - Harry começa a dizer em lágrimas - Cedric me pediu para trazer seu corpo de volta. Eu não poderia deixá-lo naquele lugar.

Alastor Moody leva Harry para longe e Tom, Mattheo e eu temos que o segurar para ele não ir atrás do seu irmão.

-Ele precisa de conversar com um adulto agora. Hoje de noite podemos ir falar com ele.

CORTE TEMPORAL

Lucca's pov:

Já estava quase na hora de recolher, mas mesmo assim eu me dirigi até a enfermaria para falar com Harry.

-Harry? Tá acordado?

-Lucca, tô sim.

-Me conte. O que aconteceu que ninguém mais viu?

-No labirinto, tinha uma espécie de raízes que puxavam as pessoas com elas. Essas raízes pegaram Cedric e eu o ajudei a se libertar. Então quando chegámos à taça os dois concordámos em segurar ao mesmo tempo e fomos transportados para um cemitério. Um dos servos de Voldemort fez uma poção na nossa frente e fez um corte em meu braço. - Harry levanta a manga de seu casaco, revelando um enorme curativo em seu antebraço. - Depois ele lançou um avada no Cedric e nós começámos um duelo. E Lucca, eu vi a mãe e o pai! Eu juro que eu vi! Eles tavam me dando coragem, e aí o Cedric falou para eu o trazer de volta. E aí eu voltei.

Eu permaneço em silencio, ainda estava processando toda a informação que Harry havia acabado de me passar.

-Foi tão horrível Lucca. E eu acho que ele vai vir atrás de nós, para fazer o que ele não terminou há treze anos.

Ainda tenho sonhos e flashbacks daquela noite em Godric's Hollow. Da porta sendo arrombada, dos gritos do meu pai para correr, e da imagem da minha mãe caindo dura no chão. Aquele acontecimento não deixou marcas apenas em Harry, que tinha uma cicatiz em forma de raio em sua testa, mas em mim também. Nas minhas costas tem uma grande marca, resultado do ataque de Voldemort. Harry tinha um ano, e eu três, mas é o suficiente para termos traumas pela vida inteira.