escrevo este ciente de que
em algum lugar por aí
alguém se identifique,
olhe para isso e se veja
claro
óbvio
representado.não prometo muito de mim
não prometo muito disso aqui
cafeína fez efeito
meu cérebro inventa arte
no automático & sem jeitopalavras não ditas tentando
tomar forma em versos
desconexos
incompreensíveis
palavras monstruosas
que dilaceram a garganta e
escapam por entre os dedos.espere pouco
o mínimo
sou um alguém
procurando poesia
num corpo
tomado de melancolia
não vê o óbvio?
até nesta introdução
não fiz nada além
do básico
necessário.aproveite a estadia,
prepare o seu café
beba com moderação
se os olhos doerem,
ponha a culpa na cafeína
sente-se confortavelmente
para que as palavras que escrevo
esperançosamente
te rasguem o peito.boa viagem.

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Vou escrever até o café acabar
PoesiaEnquanto a xícara estiver cheia, estará transbordando algo que ousa chamar de arte. Antes de acabar, tudo precisará ser dito. Depois, tudo se torna carga. Para outro dia, outra xícara encher e o processo se repetir.