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Eu estava péssimo. Já se fazia mais ou menos um mês da saída do Hwang, fazendo eu me perguntar quando que ele voltaria.
Não sentia fome e nem animação alguma para sair de casa. Os meninos tentavam me tirar do meu conforto de todos os jeitos, mas eu fazia de tudo para não conseguirem.
Eu não gostava dessa sensação, Hyunjin não me ligava mais, não me mandava mais mensagens, nós nunca conversávamos. Era triste.
Ver meus amigos tentando fortemente me animar mesmo eu não correspondendo,
Era triste.
Ver o meu pai tão distante de mim depois de tudo que aconteceu,
Era triste.
Ver como a minha vida mudou de um jeito medonho para pior,
Era muito triste. . . . . . . . . -Já falamos sobre isso Lee Felix. Você precisa comer, não é uma opção. - Dra. Lia repetia pela décima vez apenas naquela consulta.
-Eu sei, mas é que…
-É que nada Felix, não existe um porém. Você precisa comer e ponto final. - Ela anotou algo rápido em sua prancheta.
Eu não estava deixando de comer só pelo Hwang Hwunjin, é que essa situação soltou uma avalanche de situações presas, que eu definitivamente não estava pronto para encarar.
Cheguei em casa cansado depois da longa conversa com a Dra. Lia. Ela me ajudava a esclarecer os meus pensamentos. Eu não comi nada ontem e também não comi nada hoje, não estava conseguindo comer, a comida me fazia vomitar, era como um nó no estômago.
Lembro que depois do acidente da minha mãe eu fiquei um tempo doente, muito doente. O meu organismo é muito fraco, quando estou passando por algo difícil, ele simplesmente rejeita qualquer tipo de alimento que queira entrar.
Era uma lembrança não muito agradável.
Olho para a janela com melancolia, vendo a lua brilhar no céu, ela estava muito bonita hoje, era uma noite de lua cheia.
-Filho! - Escuto a voz daquela que me deixou de maneira dolorosa.
No mesmo estante ando até a porta, a abrindo.
-Filho! - Escuto novamente aquela voz.
Caminho na escuridão logo abraçando meus próprios braços por causa do frio que atingia minha pele através de uma brisa suave. Até que depois de tanto andar, chego naquele lugar, onde tudo aconteceu, desde o começo, até agora.
