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— TEMER —
Eu acho que eu sou temerosa,
Eu temo continuar, temo continuar tudo como está.
Temo o fato de não conseguir mudar nada, de estar com uma corda presa a mim, como se estivesse presa e não tivesse mais nenhuma opção a seguir.
Temo o modo como eu nunca sonho, não mais, meus sonhos se partiram se afundando em mágoas do destino.
Temo me perder, temo adoecer, não que eu já não tenha.
Mas é que.. a forma como tudo está, se propagando de maneira turbulenta.
Odeio o barulho, mas odeio a sensação de tudo mudo.
Na real eu odeio tudo, odeio odiar tudo, eu só..
odeio sentir como se a minha visão estivesse cortada, como se só eu mesma fosse uma verdadeira piada.
Meus sentimentos não valem? eu erro tanto ao ponto de não merecer perdão? eu erro tanto ao ponto de merecer a solidão?..
Eu temo, temo tudo, temo nada.
Eu temo o fato de estar sobrecarregada por um mero nada.
Por uma besteira de adolescente, por uma piada inconsequente.
Mas na real, se a única forma de não sentir dor for não sentir nada para sempre..
Eu prefiro viver dormente.. se é que me entende.B. C —
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Turbilhão - B. C
PoetryO TURBILHÃO é uma constante e coesiva sensação entorpecente, onde aquele ou aquela se deixam levar pelo que vem em suas mentes. TURBILHÃO é como minha cabeça está no momento, e é como meus poemas expressam os acontecimentos. . . B. C -