𝟎𝟎𝟏.

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— Dias atuais

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— Dias atuais.

Assim que desembarco, o sentimento é como se eu estivesse entrado numa realidade paralela.

Minha única amiga carioca, Deborah, combinou de me buscar no aeroporto. Minha história com Deborah é algo fácil, pois ambas sentimos a verdade na amizade mesmo não nos vendo muito.

Nós nos conhecemos em Gramado, em uma apresentação de um evento em um dos meus primeiros concertos. Deborah também é dançarina, 3 anos mais velha que eu, no auge dos seus 32 anos. Então, quando uma mulher mais velha e mais experiente te elogia num dia que você estava se sentindo um lixo, é como se fosse um caminhão de felicidade sendo derramado em você.

Eu já a admirava há um tempo. Eu a acompanhava nas redes sociais, babando em todas as suas apresentações. Quando vi que ela estaria lá, naquele evento, meu coração saiu pela boca.

Na época, eu ainda era solteira. Estava concentrada em dançar com paixão, mas também me certificando que estaria fazendo tudo certo.

Desde esse dia, Deborah e eu viramos uma espécie de melhores amigas virtuais. Fazíamos vídeo chamadas e mandávamos mensagens praticamente todos os dias. Ela sempre me ajudava em tudo no meu trabalho, fazia indicações para salões quando precisavam de dançarinos e me dava senhas para eventos artísticos em Gramado, mesmo nem ela mesma indo.

Éramos realmente muito amigas, até que meu ex entrou na minha vida, acabando com tudo como a porra de um tsunami.

Deborah já sabia o que aconteceu com o meu relacionamento a essa altura, pois assim que me livrei daquela prisão em que eu vivia, tentei reatar algumas amizades - as mais especiais -, e uma delas era ela.

Minha amiga nunca deixou de me apoiar, nem mesmo quando eu resolvi morar com meu ex, mesmo sabendo que não seria uma boa ideia.

Não quero lembrar-me dele. Principalmente agora, que está dando tudo certo. É como se minha vida estivesse voltando aos trilhos.

Perdida em pensamentos, fico assustada quando Deborah me pega desprevenida, me abraçando pelas costas.

— Mariana, puta que pariu! Que saudade! — dizia Deborah enquanto me abraça apertado.

Me viro, e sua presença automaticamente suaviza todos os pensamentos que eu estava antes.

— Meu deus, você está tão linda! — eu disse, e era verdade. Deborah estava incrível. Sempre fora bonita, mas esses últimos anos fizeram com que envelhecesse tão bem quanto vinho. Seu cabelo cacheado estava maior, seu corpo possuía curvas mais acentuadas e tinha um sorriso que poderia conquistar qualquer um.

☆ " 𝐌𝐀𝐍𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐕𝐎𝐂𝐄̂, 𝐂𝗁𝗂𝖼𝗈 𝐌𝗈𝖾𝖽𝖺𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora