𝟎𝟎𝟓.

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  De verdade, eu acho que eu sou o homem mais sortudo do mundo

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De verdade, eu acho que eu sou o homem mais sortudo do mundo.

Ou não.

Há duas noites eu estou sonhando com uma mulher. Mas não era qualquer uma, era ela.

A mulher que está na minha frente agora.

Desde aquela noite, eu não consigo parar de pensar em Mariana, na forma que ela conversava, no seu jeito de enxergar as coisas...

Por mais que eu tenha ficado pouquíssimo tempo com ela, eu já sabia que ela era incrível. Não só por ela ser ela, mas também pela forma que ela me deixou curioso.

Apesar de todas as circunstâncias que ela estava naquela noite, ela possuía uma mistura de emoções em seus olhos. Parecia que estava sozinha no mundo, eu via tristeza, amor, solidão... Eu conseguia ver isso nela.

Ela tinha algo encantador no olhar. Mesmo que estivesse muito louca naquele dia, foi como se ela tivesse conseguido entrar na minha cabeça sem fazer esforço. Ela tinha me deixado louco pra caralho, só pra saber mais dela, entendê-la.

Eu realmente tinha achado que eu ainda a encontraria, pois quando ela tinha me falado seu endereço, eu soube exatamente onde era, por minha melhor amiga, Deborah, morar no mesmo prédio.

Eu estava contando com o destino.

Eu só não imaginava que elas seriam amigas.

    Não só isso, mas que elas morariam no mesmo apartamento também.

Cara, fazia muito tempo que eu não me sentia dessa forma. Acho que eu nunca me senti assim, pra falar a verdade. Até me deixa nervoso pensar nela. Me deixou ansioso. Só deus sabe quanto tempo eu passei procurando-a em todas as redes sociais.

Que tipo de mulher não tem instagram hoje em dia?

Enfim, o assunto agora não é esse. Eu tinha chamado meus amigos pra beber justamente porque eu estava enlouquecendo dentro de casa, por conta dessa maldita mulher. E agora, ela aparece aqui, como se eu não tivesse quase entrado em combustão por causa dela.

O grande problema aqui é o fato de que ela parece não ter me reconhecido. E a cada abraço ou aperto de mão que ela dava nos caras, eu ficava mais ansioso e nervoso para que fosse a minha vez. Será mesmo que ela não se lembrava de nada?

Antes que ela viesse falar comigo, fui falar com Deborah, só para me certificar que eu não estava tendo alucinações.

  — Deborah, quem é ela?

  — Foi a amiga que eu disse que eu iria trazer, que está morando comigo. Tem algum problema com você? Você está suando. — diz ela.

  — Não, não é nada. Qual é o nome dela mesmo?

  — Mariana. Não vai cumprimentá-la?

  — Olha só, você vai me achar meio louco. Mas acho que eu a conheço — digo — ela já ficou bêbada na sua casa, né?

  Deborah pensa um pouco.

  — Olha, Mariana nunca foi muito de beber. Mas ela pode ter mudado, sabe? Fazia muito tempo que eu não convivia com ela. — ela diz, pensa um pouco e depois complementa — umas garrafas de whisky e de vinho sumiram do meu armário, e eu não levei ninguém pra casa. Acho que ela não queria que eu soubesse, mas com certeza foi ela, então fingi que não percebi.

  Aquilo respondia muita coisa.

  — Ela me conhece? — pergunto, nervoso.

  — Olha, aparentemente não. Mas eu não sei, Chico. Ela pode ter fingido, não sei. — ela diz — Mas a Mariana não sabe de muita coisa sobre ninguém aqui, pode ter certeza. Ela ainda está saindo de uma fase meio... conturbada da vida dela.

  — Eu contei muita coisa sobre você, mas ela não demonstrou saber de absolutamente nada. — acho que ela percebe minha insatisfação, então diz — Mas fala com ela, caso ela não se lembrar, pode ter certeza que vai ser tão bom como da primeira vez.

  Deborah sorri pra mim. Sou sortudo por tê-la.

  Mas, azarado por ter perdido aquilo que eu nem cheguei a ter.

 

  Estavam todos sentados quando Deborah e eu fomos nos juntar à mesa

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  Estavam todos sentados quando Deborah e eu fomos nos juntar à mesa. Percebo que Beltrão e Pig já estão meio bêbados, mas acho que dá pra controlar.

  O único lugar vago era ao lado de Mariana, então sentei ao seu lado.

  — E aí, gostando do Rio de Janeiro? — pergunto para ela, já que Deborah tinha me dito que ela saiu do sul para morar aqui.

  — Ah, com certeza. Tudo é tão lindo. — ela diz — Chico, né? Deborah me falou muito sobre você.

  Ela estende a mão, e eu a aperto.

Merda, ela não se lembrava de nada mesmo.



  Merda, ela não se lembrava de nada mesmo

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☆ " 𝐌𝐀𝐍𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐕𝐎𝐂𝐄̂, 𝐂𝗁𝗂𝖼𝗈 𝐌𝗈𝖾𝖽𝖺𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora