Anunciação

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Logo após as estatísticas o General Freeman passar a me observar e me pergunta o quão perto eu estava dos acontecimentos, resumo minha história a ele. Enquanto falo meu relato, chega um soldado e formalmente diz ao General que ele estava sendo convocado para embarcar em um avião e ir direto para Washington D.C., nada surpreso ele vira a mim e diz que o governo dos Estados Unidos entraria na Guerra que assolava o outro lado do mundo e que eu estava também convocado a ir a Washington relatar ao Presidente o que havia acontecido. Não demoro a responder sim a ele. Entramos em um jipe e nos encaminhamos a única pista de decolagem que não havia sido danificada pelo ataque.

A viajem é horrível, por ser um avião militar conforto não estava no plano quando o construíram sentávamos do lado da fuselagem, fazia muito frio e o barulho era ensurdecedor. Estava exausto e mesmo com as condições adversar acabei caindo no sono. Preferia ter ficado acordado... Imagens nítidas formavam-se na minha cabeça, o cheiro de morte em meu nariz e as saraivadas de tiros junto com os gritos desesperados inundavam meus ouvidos. Acordei com a pancada da aterrissagem, minha camisa estava empapada de suor, olho para os lados e acho Freeman saindo da cabine do piloto.

- Cavalheiros chegamos na capital agora são 05:28 da manhã, devo dizer que foi a viajem mais rápida do Hawaii a Washington, todos presenciaram os acontecimentos de ontem e por isso serão bombardeados por perguntas, nada mais justo já que o mundo vai olhar para essa cidade, porém vocês não falarão nada, isso é uma ordem que se descumprida será considerada traição, falaram apenas para aqueles com maior patente a minha, aos ministros e ao Presidente e seu vice. Aplica-se a você também Steav.

Diz ele olhando para mim. Olho para ele com a mensagem nítida: ordens acatadas.

Quando saio do avião existe uma comissão de militares nos esperando para nos escoltar a Casa Branca. Um soldado me encara e pergunta quem sou eu, repondo: " Steav Strong senhor, sou repórter e estou aqui para relatar aqueles de patente maior o ocorrido." Freeman coloca a mão em meu ombro e diz para eu acalmar. Entramos em um comboio e vamos direto ao centro politico dos Estados Unidos. Depois de uns 30 minutos chegamos.

Sou encaminhado para cúpula montada em uma parte da casa que eu não tinha visitado quando tinha fazer turismo na capital. Sento junto a alguns outros que não estavam uniformizados e observo atentamente as figuras a minha frente. Freeman começa relatando as estatísticas e logo me pede para levantar, sinto meio mundo com seus olhos pousados em mim, levanto me apresento e começo a ler meu bloco de notas e acrescentar com aquilo que não estava lá, termino e sento com o coração batendo a mil. A reunião continua e o presidente sempre em silencio, mas parecia anotar tudo. Ocorre uma votação e por unanimidade os Estados Unidos da América estavam em Guerra com os Japoneses, o Presidente Roosevelt assina uns papéis levanta da cadeira e dá a reunião como encerrada, eu sem saber o que fazer continuo sentado e percebo que ele vem a meu encontro. Levanto em ressalto e aperto sua mão

- Preciso que leia isso, nunca fui o melhor com discursos.

Diz ele me entregando um papel, aceito e olho incrédulo, a declaração de guerra... Faço uma alterações, corrijo uns erros e entrego a ele.

- Garoto sinto que você foi marcado por essa guerra que ainda não começou efetivamente para nós americanos, sua contribuição foi imensurável, porém não será a ultima depois de meu pronunciamento você tomará um banho e virá ao meu encontro, sinto muito pelas coisas que foi obrigado a ver.

Aperta minha mão e sai da sala. Freeman vem e me direciona para o lugar onde será feito o discurso. Vejo muitas câmeras e me sento na primeira fileira. Perco em meus pensamentos e quando dou por mim novamente o salão esta cheio e o Presidente sentado na mesa a minha frente ele olha para mim e começa seu discurso:

"Ontem, dia 7 de dezembro de 1941, data que ficará marcada pela infâmia, os Estados Unidos da América foram atacados, repentina e deliberadamente, pelas forças navais e aéreas do império japonês. Os Estados Unidos mantinham uma relação de paz com aquela nação e, por solicitação do próprio governo japonês, estavam mantendo conversações com seus dirigentes e o com seu imperador, visando à manutenção da paz no Pacífico. Na realidade, uma hora após os esquadrões aéreos japoneses haverem iniciado o bombardeio da ilha americana de Oahu, o embaixador japonês nos Estados Unidos, juntamente com outro funcionário japonês graduado, entregaram ao nosso Secretário de Estado uma resposta formal a uma recente mensagem americana. O Japão, no entanto, ao invés de manter a paz, conforme havia sido combinado entre os dois países efetuou uma ofensiva surpresa na área do Pacífico. Os acontecimentos de ontem e de hoje falam por si mesmos. A população dos Estados Unidos já formou sua opinião e entende as implicações daqueles atos para a vida e a segurança da nossa nação. Com confiança nas nossas forças armadas e na determinação ilimitada do nosso povo, chegaremos ao inevitavel triunfo. Que Deus nos ajude. Peço que o Congresso declare que, a partir do ataque covarde e deliberado do Japão, ocorrido no domingo, dia 7 de dezembro de 1941, seja declarado o estado de guerra entre os Estados Unidos e o império japonês!"

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⏰ Última atualização: Jul 07, 2015 ⏰

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