Consequências do amor

▪︎ Capítulo I ▪︎

Óia eu!

Só vim avisar que vcs iram ver esses emojis durante a história: 🌹🌊

Vcs vão perceber que eles estaram dividindo as mudanças de período da história (ou algo assim, eu só queria dividir). Eu só vim explicar que de início vcs não entenderam o pq da escolha desses emojis. Eles farão sentido no decorrer da história.

Boa leituraaa!

🌹🌊

“Amor... uns tem medo, outros o querem mas nem todos sabem lidar com ele..."
Imagino que você já tenha ouvido essa frase, né? Eu acredito que o amor não é para todos, uns apenas tem mais sorte do que outros. E como o destino me ama, o prêmio de pessoa mais azarada e deprimente vai para mim!

Prazer meu nome é Alícia, mas pode me chamar de Aly, eu tenho 22 anos e hoje eu vou lhe contar uma história. Nessa história não tem príncipes de armadura, dragões vigiando torres, e não sei dizer se tem um final feliz, com um “felizes para sempre”

Acho que isso vai de cada pessoa, por exemplo, eu acredito que o “Para sempre” seja sobre memórias, não pessoas, afinal ninguém dura para sempre. No final, todos vão embora. Sendo assim, deixo para você decidir, como foi esse final.

Antes de tudo me sinto na obrigação de me apresentar direito, então se me dão licença…

Meu nome é Alícia, tenho 22 anos (isso vocês já sabem).  Faço faculdade de biologia marinha, escolhi isso porque sou apaixonada pelo mar, mesmo tendo medo dele, vai entender.

Eu moro com meus pais na Califórnia, mais especificamente em San Diego. E por mais deprimente que eu seja, ainda assim tenho um melhor amigo, o nome dele é Altieri, nos conhecemos no ensino médio, ele é o responsável por 85% das minhas risadas, aquele gay.

Ficamos próximos quando minha vida começou a dar errado, vocês vão ver, afinal, essa história aconteceu comigo.

🌹🌊

Era o início do ano letivo, eu estudava em uma escola perto da praia, era lindo. O início do ano escolar era sempre igual, cada um com seus grupinhos e os novatos juntos até se identificarem com algum.

Eu tinha acabado de iniciar o primeiro ano do ensino médio, meu grupo era com a galera de ciências da natureza, grupo conhecido por serem inteligentes demais para serem populares e extrovertidos demais para serem nerds.

Tudo corria bem, como em todos os anos a rotina era a mesma. Na chegada todos iam diretamente para o auditório, onde teria uma palestra de boas vindas. Depois vinha a divisão de turmas, onde em cada sala ficavam 20 alunos, algumas tinham 18 ou 19, mas nunca mais que 20.

Teria uma aula, já que o diretor com a boca grande dele desperdiçava duas aulas com aquela palestra inútil. Após isso vinha o intervalo, mais duas aulas e no fim, uma apresentação de alunos intercambistas.

Nosso colégio sempre recebeu mais ou menos 10 intercambistas por ano, e eles sempre acharam necessário apresentá-los para todos os alunos, para ficarmos cientes de que eles tinham dificuldade com a nossa língua.

E foi na maldita hora que aquele poste de cabelos dourados pisou no palco do auditório que tudo começou a dar errado.

Vittorio Santoro De Luca, 17 anos, 1,94 de altura, italiano. Cabelo castanho mesclado com loiro dourado e levemente ondulado, olhos esverdeados, pele lisa, e um nariz grande. Narigudo de merda.

No momento em que meus olhos encontram aquele garoto eu não consegui reparar em mais nada. Foi como se o tempo tivesse parado, e o movimento daqueles cabelos na altura da nuca fosse a coisa mais interessante no momento. E pra mim era.

🌹🌊

Com o tempo, todos os novatos já estavam em seus devidos grupos, e para os intercambistas não foi difícil se adaptar. Principalmente para Vittorio.

Com aquele sorriso fudidamente perfeito e aquelas covinhas bem marcadas, ele arrancava suspiros por onde passava. Tanto das garotas quanto de alguns garotos…

-É tão lindo que chega da raiva.- disse Altieri encostado no armário ao lado do meu.

Altieri era um novato que entrou para minha turma, ele não se encaixou no grupo da galera de biologia, que é o meu, mas ele é legal e nos entendemos bem. Nossa aproximação foi meio que instantânea, agora é um pouco difícil não nos ver juntos.

-Ah, não é pra tanto. Ele não é tão bonito assim.- quem eu queria enganar, o cara parecia um Deus grego.

-Amiga?! Como assim não é pra tanto?! Eu daria tudo pra sentar pra aquele macho. Será que o pau dele condiz com o tamanho?

-Credo Altieri, isso lá é pergunta que se faça? Mas eu acho que não. Dizem que europeus tem pau pequeno.

-Hum, só sentando pra saber.

-Tenta sorte, vai que ele gay

-Ele não é gay amiga, só pelo jeito dele dá pra ver. Eu sei que sou um gostoso, mas não suficiente para aviadar aquele pedaço de mal caminho.

De fato, Alti é muito bonito, acredito que ele tem um pouco de descendência italiana também. Ele tem cabelos curtos, lisos e escuros, olhos castanhos e redondos, boca bem desenhada, nariz arrebitado, a cabeça dele é bem redonda, dá uma aparência fofa disfarçando o fogo no cu. Acho que o único “defeito” é que ele usa um fundo de garrafa pra enxergar.

-Mas acredito que você tem chance amiga.- Olho espantada para Altieri.

-Tá maluco Altieri, aquele garoto nunca ia olhar para mim, sem falar que ele é um popularzinho de merda. Não sei se quero ficar perto desse tipo de gente. E o que te faz achar que eu tenho chance.

Altieri olhou para atrás de mim e disse:

-Por esse motivo.

Quando me viro, lá está, o poste ambulante com seu sorriso fudidamente bonito. Quando o encaro vejo que seus olhos miram os meus, era impossível quebrar o contato visual. Era como se algo me atraísse através daquele olhar penetrante. Aqueles olhos, não eram os mais bonitos que eu já vi, mas tinham um brilho diferente, um que eu não conseguia decifrar.

Aquele olhar era um mistério, consigo dizer quase tudo sobre alguém apenas ao olhar para pessoa, mas com ele não, ele era um mistério, e o meu mal era minha curiosidade.

E foi apenas depois que ele passou por mim com seu grupinho, que o contato foi quebrado.

-Caralho, a tensão sexual pesou aqui, senhorrrr.

-Cala boca e anda logo Altieri, agora é aula de biologia, e vamos falar sobre doenças transmitidas por vírus meu…

-Seu assunto favorito, já entendi, você falou disso a manhã toda, vamos logo pra essa merda.

Então seguimos para aula, e depois dela o que tinha acontecido não saía da minha cabeça. Ele olhou para mim, não tinha ninguém atrás, foi eu, só eu.

O que ele viu em mim? O que ele quer comigo? O que aquele olhar significava? Por que eu não consigo lê-lo com facilidade? Por que eu me importo com isso? Porra, esse menino vai me tirar do sério.

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Até a próxima att