Capítulo 1: Lutando

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"Nunca saberemos o quão forte somos até que ser forte seja a única escolha.
Quando algo ruim acontece você tem três escolhas: deixar isso definir você, deixar isso destruir você ou fazer isso te deixar mais forte."
Autor Desconhecido

— Merda!! — Meu grito poderia ser ouvido por quem passasse perto e eu seria repreendido, sorte minha que estava sozinho lavando roupas no riacho

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— Merda!! — Meu grito poderia ser ouvido por quem passasse perto e eu seria repreendido, sorte minha que estava sozinho lavando roupas no riacho.

Minha vida era assim, desde os treze anos, quando tive o primeiro cio e depois fui apresentado ao alfa-líder. Eu era repreendido em tudo que fizesse, todos cobravam obediência e submissão em qualquer ato meu. Tinha momentos que a minha maior vontade era mandar todos se foderem, mas eu tinha mais medo da reprimenda que sofreria.

Como o terceiro ômega macho da vila, eu sabia o que esperar, afinal ômegas machos eram malvisto até pela própria família. Mesmo que isso não fosse uma escolha minha, todos agiam como se eu tivesse escolhido ser um ômega e me tratavam mal.

Ômegas machos que não possuem uma ligação de almas são deixados de lado. Eu sou o terceiro da vila, sendo Havier o mais velho, ele morava em uma cabana próximo a casa de Jorgmund, o alfa-líder, mas a pouco tempo se mudou para uma cabana nos arredores da vila, ele servia como ômega de procriação na juventude, o que quer dizer que ele vendia o corpo e o que recebia da nossa alcateia lhe ajudava a sobreviver. Hoje em dia com idade avançada ele é deixado de lado, recebe ajuda do alfa-líder pois é uma das obrigações ou dos anciões que se ajudam, principalmente as ômegas. O segundo é Kalimê, esse já teve mais sorte, tem ligação de almas com um alfa que faz a segurança da vila e isso fez o seu futuro garantido, já está no sexto filhote e vive bem, pois por ter uma ligação de almas ele está seguro. E sobra eu, órfão de pai e mãe, não possuo família de sangue e a única pessoa que olha por mim é Ganima, uma ômega viúva e grande amiga de minha falecida mãe.

Ganima é uma senhorinha pequena, que teve vários filhos e hoje vive sozinha, pois seu alfa morreu a alguns anos. Ganima tem um grande apreço por mim, pois cuida de mim como um filho e chorou quando me apresentei um ômega aos treze anos, mas sempre me ajudou a ser forte e a me defender.

Como ômega e órfão, as minhas funções na vila, são definidas pelos alfa-líder. Então por ser homem, eu que lavo a roupa dos guardas solteiros, cuido da casa de alguns e aos finais de semana ou em alguma necessidade, devo olhar os filhos de alguém. Isso mesmo, sou o faz tudo da vila.

A primeira e a segunda coisa, eu odeio com todas as minhas forças, pois alguns guardas mexem comigo, seja para tentar algo ou para me destratar. Já dos filhotes, amo cuidar, é meu trabalho preferido. Pois por ter que se virar desde os dez anos, quando meus pais morreram, não tive muita chance de ser criança e as crianças me tratam com amor, coisa que só recebo de Ganima.

Estou lavando as roupas de Ulf, um alfa solteiro e que sempre tenta algo íntimo comigo fora das vistas de todos. Odeio fazer coisas para Ulf, pois sei que vou ser desrespeitado e não posso reclamar, afinal é meu dever com a vila e ninguém daria importância.

Na força do AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora