Capítulo 44

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Severus desce do carro e abre a porta pra mim, deixa um pouco o vidro aberto e entra comigo no mercado, em 10 minutos pego o necessário para Bichento por pelo menos 15 dias até ir em Hogsmead e poder comprar mais. Pago, sempre ando com dinheiro trouxa. Chegando no carro Bichento está tranquilo dormindo no banco traseiro. Quando chegamos na locadora, Severus pega a caixa com Bichento já dentro, as sacolas ele diminui e coloca no seu bolso, depois de deixar o carro caminhamos até a rua sem movimento para aparatar. Quando chegamos no quarto, solto Bichento, Severus volta às sacolas em tamanho normal e arrumo os potes para água, comida, e sua cama. Severus saí do quarto em silêncio.

- Vem bichento.

Sento na cama para acariciar ele, o dia hoje não foi como eu imaginei que seria. Ainda estou tentando entender o que aconteceu, em um instante estava indo bem e no outro surtei, mas não ia deixar ninguém pensar mal de Severus, nem meus pais. Severus volta com uma bandeja de comida na mão.

- Você quase não comeu.

Sorrio pra ele.

- Come comigo, você também não deve ter comido muito.

Ele sorri.

- Eu comi, quando notei que o assunto estava se desviando de uma conversa amena, comi em porções maiores.

Dei uma risada.

- Severus Snape, como assim?

Ele dá de ombros.

- Estava muito bom, não ia deixar a oportunidade escapar, não consegui comer tudo, mas boa parte sim, e peguei um sanduíche agora pra complementar.

Ele me passa a bandeja e tira Bichento do meu colo, o meio amasso não gostou muito, mais foi tomar água no seu pote. Começo a comer porque realmente não comi nada. Severus fica me observando, e sinto que quer falar alguma coisa.

- Vamos Severus, pode falar, podemos conversar enquanto como.

Ele franze a sobrancelha aparentando não gostar.

- Melhor esperar você comer.

Busco seu olhar tentando imaginar o quão ruim é essa conversa para ter que esperar eu comer.

- Anda, pode falar, não tem mais como eu comer sem saber, fala e eu vou comendo, ou vou parar porque estou curiosa.

Quase consigo ver o olhar gélido do meu antigo professor de poções, quase.

- Seus pais, você vai precisar conversar com eles sobre a maldição, se não conseguirmos encontrar a cura em dois meses é claro.

Em outras circunstâncias teria parado de comer, mas agora não posso me dar ao luxo de pular uma refeição.

- Eu falarei se for preciso, imagino que eles vão me mandar uma coruja, vão parar pra pensar, e sei que eles são pessoas sensatas, vão perceber que não tinha necessidade para tudo aquilo.

Severus pega uma mecha do meu cabelo e coloca atrás da minha orelha.

- Princesa, eles são seus pais, queriam te proteger, seja razoável quando for mandar uma resposta.

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