Quando cheguei em "casa" parecia ser um dia como qualquer outro, depois de trabalhar 5 horas, passei na lojinha de jornais comprei algumas revistas com posters da One Direction, Justin Bieber e Fifth Harmony pras meninas e fui pra "casa", subi pelas escadas pq o elevador estava em manutençao abri a porta do apê e quase tive um heart atacck quando vi qm estava no sofá,fechei a porta e abri denovo e não, não estava delirando era realmente meus pais e meus 2 irmãos (talvez 3 agr, pq mamãe estava com uma barriga um tanto grande) tomando café e olhando pra mim com cara de paisagem. Não pude evitar ficar de queixo caido quando vi a cena afinal fazia 1 ano e 2 meses que tinha sido "abandonada" e nem sequer haviam ligado pra mim uma única vez pra saber se eu ao menos estava viva, logo após minha feição mudou por imaginar que eles nn estavam ali por minha causa até que:
-Diana!!!!! -Trice e Thomas correram e abraçaram minhas pernas e então eu comecei a lutar contra as lagrimas que tentavam escorrer dos meus olhos, mas nn consegui então apenas aguaixei e retribui o abraço dos dois com tanta força q acabei esquecendo que só tinham 5 anos, até ser lembrada por Trice.
- Aiii!!
-Desculpa - sussurrei enxugando meus olhos- Veja só vcs dois, acho q comeram o espinafre do Popeye estão tão grandes. Eu amo vocês. Que saudade!
- Diana porque vc foi embora? -Fui surpreendida pela pergunta de Thomas e quando ia responder fui interrompida por meu pai que falou com as minhas primas:
-Meninas pq vcs duas nn levam Trice e Thomas pra brincar no playground lá embaixo?-Ambas assentiram e levaram os dois mesmo com protestos do tipo "Eu quero ficar com a Diana".
Eu definitivamente nao tinha nada para falar com eles então olhei-os com desprezo e prepaire-me para subir para o meu quarto. Pelas minhas costas, ouvi minha mãe falar:
-Diana, temos muito o que conversar! - Sua voz era insegura como nunca eu havia visto. Eu não iria responder e somente seguiria o caminho até o meu quarto, afundaria minha cabeça entre os travesseiros, fecharia os olhos e torceria para quando voltasse a abri-los isso já tivesse passado. Mas a mágoa me fez parar sobre meus calcanhares, virar-me e respondê-la com frieza
- Acredito que tenha errado na conjugação verbal. Nós tínhamos muito o que conversar, agora não mais. Está no passado, assim como vocês estão na minha vida - Percebi o erro ao terminar a frase ao ouvir
-Diana, para de bancar a mimada e aja como adulta - Desta vez foi o meu pai. O mesmo que agrediu e me expulsou porta a fora, me jogando na rua no meio da noite mais fria do ano. As palavras ressoaram em meus ouvidos tempo o suficiente para acionar a bomba. Eu explodi.
- Mimada? ME PERGUNTO COMO VOCÊ AINDA TEM CORAGEM DE ME DIRIGIR A PALAVRA. O QUE QUE É? DESCOBRIRAM QUE EU NÃO ERA UMA PUTA QUE ENVERGONHA O LAR DE APARÊNCIAS DE VOCÊS? POIS AGORA È TARDE DEMAIS, PORQUE EU SOU UMA PUTA. EU SOU A MERDA DE UMA PUTA E VÃO SE FODER! - Berro as palavras em meio a lágrimas, e atiro contra a parede algum bibelô de minha tia. Em meio ao ódio, olho para minha tia, a única que nunca duvidou de mim, que me acolheu e me deu todo o apoio que eu precisava. A única que segurou a minha mão e me ajudou a me encontrar quando eu me perdi de mim. Ela segurava fortemente a mão contra o crucifixo em seu peito e orava baixinho. Por ela, eu fechei os olhos, respirei fundo, retomei o controle e grunhi - Não temos nada a conversar. Se vieram aqui para isso, perderam tempo - ainda com os olhos fechados, eu me virei e dessa vez em direção a porta de saída.
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