CAPÍTULO I: O Eco do Silêncio: Sussurros da Alma

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"O Eco do Silêncio: Sussurros da Alma"

Bom, cá estou de volta. De volta ao mundo das letras e ao planeta das palavras. Estou de volta as linhas dos textos e as aventuras dos escritos. Estou de volta a casa das sílabas e as salas das orações.

Estou de volta as frases do dia e ao bom dia de cada dia. Alguns dizem que o maior conselho é aquele que é dito de toda sinceridade e bom, eles até podem estar certos. Mas eu, eu tenho as minhas dúvidas e minhas incertezas. Para mim não se trata da maioridade, mas sim do que se está sendo dito.

Por vezes não são os conselhos que nos irão mudar, não são as opiniões que nos farão repensar e muito menos são as ideias alheias que nos ajudaram a suprir os nossos fardos, todavia o silêncio, sim o silêncio é a voz mais calma que se pode ouvir. Parece ironia, mas só o silêncio é que pode dizer o que realmente somos.

É no silêncio onde descobrimos a nossa identidade. É no silêncio que projetamos o nosso amanhã e quanto ao hoje, é no silêncio onde garantimos a nossa estadia. É só no silêncio onde se encontramos com o nosso verdadeiro eu.

- E quem sou eu?

Pergunta bem difícil de responder...

- Quem é você?

Alguém bem difícil de compreender...

- Mas porquê?

Porquê só o silêncio é quem pode dizer...

No silêncio nós ouvimos a voz das nossas dúvidas, ouvimos o clamor dos nossos desejos, ouvimos o som da nossa ambição e sentimentos a vibração da nossa emoção.

No silêncio nós alcançamos a paz e vencemos guerras. Não guerras externas, mas guerras internas. No silêncio nós fugimos das ilusões e alcançamos a realidade. A realidade não é somente o que os nossos olhos enxergam, mas é também o que o silêncio nos mostra.

O silêncio não é tão silencioso assim como aparenta ser, mas é o barulho tão prundo mais tão prundo que só o interno consegue perceber. O silêncio é a voz que clama por dentro e chora por fora, é o domínio das nossas almas e o controlo das nossas armas. O silêncio é o caminho para saber ouvir e o término de uma boca que só sabe discutir.

No silêncio nós encontramos o eu que tanto procurarmos, pois o silêncio para além de ser silencioso, ele é observador. O silêncio é observador pois nele se podem observar as trilhas da sabedoria.

O silêncio é a base da sabedoria e o alicerce para a humildade. É o som das trevas da verdade e a luz para a humanidade. O silêncio é o fechar da boca e o abrir dos ouvidos. Só no silêncio é que se pode ouvir o som estrondoso do sucesso.

Quem se cala, não se cala pela fraqueza, mas pela conexão que tem pelo seu eu. O eu não é agitado, mas é realizado. Não é intrometido, mas é introspectivo. O eu não está por fora, todavia só quem tem um momento de silêncio é que pode o alcançar.

Queria poder falar, mas o que falaria se o silêncio me persegue. Queria poder gritar, mas o que gritaria se o silêncio me persegue. Queria poder fugir, mas para onde iria se o silêncio me persegue. Queria, eu juro que queria.

E quer saber, a relação entre o querer e o silêncio é fascinante e profundamente enraizada nessa experiência humana. O meu querer falar, gritar ou fugir, muitas vezes estava associado aos meus desejos, anseios e objetivos que impulsionavam as minhas ações, mas o mais engraçado era que ainda que eu quisesse falar, gritar ou fugir, encontrara no silêncio um espaço de reflexão, contemplação e de autodescoberta.

No silêncio, longe do ruído e das distrações do mundo exterior, eu pude me conectar com os meus verdadeiros desejos, compreender as motivações mais íntimas e encontrar clareza em relação ao que realmente queria. É no silêncio que muitas vezes descobrimos a força interior para que possamos perseguir os nossos sonhos com foco e com muita determinação.

Ao mesmo tempo, o silêncio pode ser um aliado poderoso na prática do desapego e na aceitação do momento presente. Aprender a apreciar o silêncio me ensinou a valorizar o que realmente importa em meio ao caos do mundo moderno. O silêncio permitiu-me discernir entre os desejos efêmeros e as aspirações genuínas que dão significado à nossa existência.

Assim sendo, ainda que eu quisesse falar, gritar ou fugir, o silêncio me convidara a explorar as profundezas da alma, a alinhar as minhas aspirações com a verdade interior e a cultivar uma conexão mais autêntica comigo mesmo e com o mundo ao meu redor. O silêncio me convidara a um diálogo íntimo encontrando a sabedoria para seguir adiante com o propósito de vos escrever.

Escrever, escrever é muito mais do que transcrever letras, mas é transmitir a voz do silêncio em forma de palavras. Palavras, palavras essas que só o silêncio é que nos pode revelar.

"O silêncio é a linguagem da alma, onde as palavras se calam, e os corações se encontram em serena harmonia e de escritas..."

O Silêncio das Páginas Vazias: Quando a Alma Pausa para Respirar Onde histórias criam vida. Descubra agora