A semente cresce no peito.

Capitulo um.

Um ano se passou após a morte do Rei sob a montanha “Thorin, Escudo de Carvalho”, agora a montanha se mantinha solitária mesmo repleta de anões sendo governados por Dáin, primo de Thorin. Alguém muito distante dali se mantinha mais solitário ainda, um pequeno Hobbit que agora cuidava de sua toca tão quieta quanto Valfenda em seus dias mais barulhentos. Bilbo Bolseiro vivia sua vida tranquilamente, fingindo não ter vivido a maior de suas aventuras junto do seu provável amor de sua vida, agora morto em um túmulo.
        Na porta de Bilbo Bolseiro pode se escutar batidas leves, mas com certa pressa, Bilbo ja imaginava quem seria o corajoso ao visitar depois de leiloarem e venderem suas coisas pensando que ele teria morrido na sua aventura. Não esperou muito indo até a porta e a abrindo apenas o suficiente para ver quem era, mas não deixar parecer convidativo, mas seu coração saltou em susto.

“ Bilbo... Ainda bem que está vivo. ” Havia um anão parado em sua porta, não qualquer anão, era Thorin Escudo de Carvalho, o falecido Rei. Ele tinha uma aparência cansada, pálida, e a respiração mostrava o quanto veio apressado.

“ Thorin... Oque..? ” Os olhos de Bilbo nunca encheram de lágrimas tão rapidamente em sua vida, mas antes mesmo que pudesse encher de perguntas, o anão caiu em cima de si desmaiado, mal conseguiu segurar ainda em completo choque com toda a informação que teve em poucos segundos.

[...]

Alguns dias, ou meses antes.. Na montanha Solitária, um túmulo estava lacrado no topo da montanha, la residia o falecido Rei Thorin; ou deveria residir. Alguns dias poder ver o brilho da Pedra Arken enterrada com Thorin, mas o caixão estava bem fechado para ninguém tentar roubar a pedra e se declarar rei da Montanha.
      A pedra Arken foi conhecida por trazer loucura a todos os reis que a possuíam, fazendo a cabeça deles virar o próprio inferno pessoal dos reis, essa mesma pedra mantinha o caixão de Thorin brilhando no seu interior. Um dia a pedra perdeu sua luz, e o coração de Thorin começou a bater, poderia se dizer que a pedra tinha devolvido a vida que roubou dos reis ao último rei que arrancou a vida.

« ... Onde estou? »  Thorin pensava em silêncio ao abrir os olhos e perceber a escuridão em que se encontrava, logo tentou se levantar percebendo onde estava, ficou assustado pensando que foi enterrado vivo, começou a se debater desferindo socos contra a parede de pedra. Um estrondo ecoou sendo quebrada a tampa de pedra do caixão, Thorin se levantou saltando para fora, o terror tomou conta do seu corpo ao ver quilos e mais quilos de flores azuis e brancas espalhadas por todo o chão sendo algumas murchas e outras já podres.
        A porta de barras de ferro que mantinha túmulo fechado foi arrebentada facilmente após Thorin achar sua espada junto ao lado da pedra Arken, que foi rapidamente ignorada com desgosto pelo mesmo. O ar frio da montanha soprou em direção a Thorin assim que saiu pela porta de seu próprio túmulo, mal pode acreditar ao ver la em baixo a cidade antes queimada agora reecontruida e maior ainda, os portões de Erebor completamente restaurados, era como um sonho.

“ Como..? Quando isso aconteceu?” Thorin murmurou pra si, mas algo veio em sua mente, ele tinha que achar os outros. Um pensando o lembrou de algo, se tudo tivesse assim, era óbvio que Bilbo não estaria ali em Erebor, e sim no condado onde cresceu. Seus pés giraram em direção a Erebor querendo ir em direção ao seu rei e procurar pelo outros anões, mas seu cora batia forte ao pensar em Bilbo agora morto pela guerra, sabia que os outros eram muito mais fortes que ele e ficariam bem, ou pelos menos era isso que tentava justificar o motivo de estar correndo em direção ao condado agora mesmo.

         A sua jornada demorou, se escondendo das pessoas, orcs e todas as possíveis espécies que lembraria dele. Pensou em parar em Valfenda e pedir ajuda aos elfos, mas eles o prenderiam e tentaria descobrir o motivo de sua volta.