Capítulo Único

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Era uma noite fria de luar, seus cabelos escuros balançavam, lentamente deixando alguns fios desalinhados e jogados pelo seu rosto, sua pele era branca como a neve, seus olhos acinzentados observava as pequenas pétalas de cerejeira que caia, enfei...

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Era uma noite fria de luar, seus cabelos escuros balançavam, lentamente deixando alguns fios desalinhados e jogados pelo seu rosto, sua pele era branca como a neve, seus olhos acinzentados observava as pequenas pétalas de cerejeira que caia, enfeitando o chão daquele maravilhoso jardim sobre a luz do luar.

Um pequeno sorriso se formou nos meus lábios. Eu estava feliz e tudo parecia como uma pequena história de contos de fadas. Era como um sonho, no qual eu não queria acordar. E ali estava ele, sentado sobre o chão bebendo uma xícara de chá, enquanto a sua volta estava rodeada de pequenos alimentos da culinária japonesa. Um piquenique noturno no qual tinha apenas aquilo de que eu e ele gostávamos. Não era uma novidade que eu gostava de comer, mas estar ali diante dele como uma recém-casada e possuir o nome como "senhora kuchiki" e pertencer a um dos quatro grandes clãs do Sereitei é uma grande responsabilidade. Alguns hábitos teriam que mudar e outros deixar de existir, para que eu possa me enquadrar nos padrões, e a desonra não seja eminente. Regras de etiqueta e aulas de como ser uma mulher fina, refinada, educada e feminina foram acrescentadas no meu dia-a-dia. Também aulas de dança para eventos nos quais um dia precisarei representar o clã, nada vulgar e chamativo, apenas uma simples dança comportada, que eles alegam ser importantes. Minhas roupas simples, que outrora fora do mundo humano, passaram a ser kimonos de alta costura e linho fino. Tudo para o bem do clã e as regras e padrões devem ser mantidos, e jamais violados. Essas regras devem ser seguidas por todos, até mesmo para os empregados, uma exigência sem precedentes, mas adaptável.

Byakuya coloca a xícara de chá sobre uma pequena de mesa de madeira, enquanto se inclina para pegar um pequeno bolo de arroz envolta em águas marinhas "nori". Um breve silêncio se fez presente por um curto momento, mas é interrompido pelo jovem rapaz, capitão da sexta divisão do Gotei 13.

— O que você está achando disso tudo? Minha senhora Kuchiki? — Perguntava Byakuya para sua esposa. "Senhora Kuchiki" ele fez menção de falar com certo entusiasmo e alegria nas palavras, principalmente quando se referia "minha".

De certa forma, eu era sua, completamente sua. Outrora, eu vivia no mundo humano e era amiga de Ichigo e Orihime Kurosaki, eu o conheci através deles e de Rukia Abarai. Confesso que tive uma pequena queda por ele de primeira, mas ele sempre se mostrou frio e distante. Mas o destino foi benevolente para conosco e nos uniu, mas para isso poder ter acontecido foi necessário algumas renúncias, como: abandonar o mundo dos humanos para viver na sociedade das almas e ele enfrentar os anciões do clã para poder ter um matrimônio. A decisão foi difícil, mas o que importa é a nossa felicidade.

Os anciões do clã o chamaram de "líder fraco" o aborrecendo. E ele mais uma vez se desculpou diante do túmulo de seus pais, fazendo novos juramentos. A responsabilidade que ele carrega é muito grande, ninguém o entende e ninguém o compreende, mas sabem julgá-lo quando ele erra.

Ser casada com um homem com essa responsabilidade não significa que eu possa errar. Pelo contrário, sou cobrada tanto quanto ele. Mas mesmo assim, o importante disso tudo é que estamos juntos.

Sorriu para ele e observo a grande árvore de flores de cerejeira posta sobre o jardim da mansão. Antigamente não existia, mas como eu o havia dito que gostava, e que ela me lembrava dele, o mesmo fez questão de colocá-la para que assim todos os dias eu pensasse nele, principalmente na sua ausência.

— Está tudo maravilhoso, meu querido marido. — Falo sorrindo para ele, arrancando pequenos sorrisos que ninguém jamais poderia imaginar ver da parte dele. Sou uma mulher privilegiada!

— Fico feliz que tenha gostado. — Dizia enquanto pegava uma pequena caixa que estava sobre o seu bolso.

— O que é isso? — Pergunto curiosa sem saber o que poderia ser.

— Abra e veja, meu amor — Falava, entregando a pequena caixa em minhas mãos.

Ao abrir a pequena caixa, revendo o que tem dentro dela, tinha dois pequenos prendedores de cabelo kenseikan no qual somente era permitido o líder do clã usar.

— Isso é? — Por um momento, a minha voz falhou pela surpresa

— Isso mesmo. Agora que você é a senhora Kuchiki e esposa do líder desse clã, é necessário que você use também. — Falava enquanto olhava em meus olhos de uma forma séria. Isso me desmanchou.

— Eu prometo que usarei todos os dias da minha vida. — Falava tentando sorrir, enquanto lágrimas queriam cair sobre a minha face.

Byakuya apenas sorriu. — Não precisa usar todos os dias se não quiser, não é uma obrigação, apenas necessário.

— Entendi. — Tem como colocá-la sobre o meu cabelo — Pedi para ele fazer e assim foi feito, e ainda ganhei um beijo na testa como brinde.

Duas semanas de casado e parecia que tínhamos vivido uma vida inteira juntos. Nos entendemos tão bem e sabemos o que gostamos um do outro e o que não gostamos. Fizemos planos para futuros filhos quando vierem e muitas outras coisas que planejamos fazer juntos. Tudo parecia perfeito, apenas uma coisa que não se encaixa muito bem.

Apesar de ele ser um ceifador de outro mundo e eu uma simples humana. Meu período de vida é muito curto, não posso viver muitos anos ao lado dele, brevemente irei envelhecer e morrer. Isso é o destino.

Apesar de o destino ser duro e cruel, eu esperarei ansiosamente pela próxima vida que vier como alma vivente do Sereitei, para que assim possamos viver em paz e felizes por todos os dias das nossas vidas até a nossa morte, e sermos enterrados juntos, quando chegar o momento.


Fim.

Senhora Kuchiki, Imagine ByakuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora