✤ Capítulo 12 ✤

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"Ahn... Separadas acidentalmente?" Poppy pergunta, confusa igual a mim.

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Clay, John, Bruce e Tronco estavam no canto do lado de fora, conversando.

"A Viva não gosta de falar sobre isso. É muito doloroso pra ela." Clay falou, quase sussurrando para ninguém ouvir, apenas os irmãos dele. "Mas ela tá aqui desde aquele grande ataque dos bergens." Clay falou, seus irmãos o escutando com atenção.

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"Tá falando da noite em que os trolls fugiram da cidade bergen?" Poppy pergunta, cuidadosa, enquanto nos aproximavamos de Viva, que estava ajoelhada no chão, fazendo colar de doces.

"Oh... É, é, eu acho que é isso." Viva disse, sorrindo um pouco no tom triste, sem se virar para nós, enquanto continuava a fazer o colar e cantarolar para si mesma.

. . .

"Nem todo mundo conseguiu sair dessa árvore." Clay falou.

Clay narra

Alguns ficaram presos pelos bergens, eles estavam pertinhos de serem comidos. Então a Viva e os outros trolls lutarão com eles. Mas aí... Os túneis desabaram, e eles ficaram separados do resto.

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"Eu fiquei gritando 'nem um troll Fica pra trás!', mas quando eu voltei, os túneis tinha desabado. Foi quando eu encontrei as duas pulseiras do abraço da Viva, a principal, e a de reserva pra uma futura melhor amiga." Peppy disse.

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"A Viva achou esse campo de golfe abandonado dos bergens, e transformou ele nessa utopia troll. Montamos esse santuário para os sobreviventes. Eu construi as saídas de emergência, e a ela colocou carinho e amor." Clay colocou a mão no peito.

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"Eu já pensei muitas vezes em sair e ir lá fora, pra procurar vocês e o papai, mas só que não é tão seguro." Viva disse, enquanto fazia o colar de doces.

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"Eu sei que devia ter contado pra honey e pra poppy, mas meu coração tava em pedaços, e eu me senti um fracassado, não só como um Rei, mas como um pai. Eu me sinto tão culpado, oque acha que eu devo fazer?" Peppy disse, logo ele olhou para o Sr. Dinkless, que estava de terno, com uma caneca do lado e um caderno de anotações com giz de ceira.

"Infelizmente nosso tempo acabou." Sr. Dinkless disse com uma voz grossa.

"Mas eu acabei de revelar o meu grande trauma." Peppy disse, triste.

"Miu." Sr. Dinkless disse, fazendo seu som de sempre. Peppy ficou confuso, indignado e boquiaberto.

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"Tá bom, já vimos que isso é complicado, fica tranquila pra se abrir no momento em que quiser." Poppy disse.

"É, imagino que seja um assunto complicadinho, queremos ir tudo no seu tempo." Eu disse, colocando minha mão no ombro da Viva.

"A gente pode conversar no caminho pra monte irado!" Poppy sorriu, logo Viva colocou um colar de doces no pescoço dela.

"É." Eu concordo.

Haha, não. Eu não vou pra monte irado. E nem vocês, bobinhas. Vocês nunca mais vão sair daqui." Viva sorriu e ficamos confusas. Logo Viva saiu da sala.

"Peraí, oque foi que- oque foi que você disse por último?" Poppy sorriu confusa depois de Viva ter saído. Logo eu cruzo meus braços, preocupada.

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"Tá, olha só, se a gente quiser salvar o Floyd, a gente tem que meter o pé." Clay falou, guardando as coisas numa sacola.

"Vou lá chamar a Poppy e a Honey." Tronco disse, começando a andar, mas Clay impediu.

"Não, não, não, segura a onda. Não tem chance da Viva deixar." Clay falou, segurando o Tronco pelo ombro.

"Que? Do que você tá falando?" Tronco perguntou confuso.

"Eu já te disse, ela tá passando por uma barra, se não quiser ficar preso aqui, vamos ter que escapar agora." Clay amarrou a mochila, logo as luzes se ascenderam.

Logo um dos trolls andou na corrente de cima, fazendo a porta se fechar e boquear o caminho para fora. Honda correu até a porta e tentou abrir ela mas não conseguiu.

"Éh! Oi! Viva! Belezinha?" Clay disse, sorrindo nervoso enquanto Viva se aproximava. Eu e poppy corremos para perto deles.

"Viva! Oque ta fazendo?" Poppy perguntou.

"Vocês não vão sair desse lugar." Viva respondeu. "De jeito nem um!"

"Oque? Por que?!" Eu pergunto.

"Porq- porque não é seguro lá fora, de nada." Viva cruzou os braços.

"Isso é por causa dos bergens?" Poppy perguntou.

"É, porque eles pararam de nos perseguir, isso já passou." Eu digo.

"Ah, é claro. Muito engraçado honey e poppy, eu to morrendo de rir." Viva falou com sarcasmo.

"Estamos falando sério, Viva. A Bridget, nossa melhor amiga que contamos pra você, ela é uma bergen." Poppy sorriu.

Logo ela pegou o livro de colagem.

"Olha, eu a honey e a Bridget fazemos um monte de coisas juntas." Poppy abriu o livro. "A gente conversa, brinca, canta." Poppy começou a mostrar as páginas.

"A gente até inventou uma dancinha muito ruim." Eu ri.

"É parecido, com- na verdade, é muito parecido com oque nós três estamos fazendo."poppy sorriu. "O mundo tá muito diferente do que era." Poppy disse e entregou o livro para a Viva.

"Viva, olha, eu era igualzinho a você. Eu construí um abrigo, vivi nele por anos porque eu sabia que era seguro, e claro, isso me fez ficar vivo." Tronco falou sorrindo. "E eu nunca tive que usar uma calça." Tronco disse. John e Bruce trocaram olhares.

"Que estranho." Eu segurei a risada.

"Mas eu tava vivendo sem calça... " Tronco sussurrou. "Faz sentido pra você?" Ele parou de sussurrar.

"Ah até que não é mal não." Tico disse.

"Vocês não estão me entendendo. Eu acabei de ter minhas irmãs de volta, eu não vou perder vocês, por nada no mundo." Viva disse, num tom de voz triste.

Logo a porta de saída se abriu de novo e Viva olhou para as correntes.

"Clay?" Viva disse, olhando para Clay que tinha abrindo a porta pelas correntes.

"Foi mal Viva, mas a gente tem que ir, eu não quero perder meu irmão também... " Clay disse calmo. "Vamô nessa!" Ele gritou e pulou das correntes e saiu, logo todos nós corremos e saímos de lá.

"Não! Não! Honey! Poppy! Espera!" Viva gritou correndo atrás de nós preocupada, mas quando ela passou da linha amarela e da sombra, ela voltou para trás, assustada. "Meninas... Por favor." Ela disse, abraçada no livro. "Eu quero que fiquem aqui." Viva disse, com a expressão triste. Logo eu e poppy paramos de correr.

"Viva, nós não podemos ficar aqui." Poppy falou, se virando para ela, enquanto eu me virava junto.

"Nós temos um membro importante da nossa família para salvar." Eu digo.

"É. Mas você pode vir com a gente." Poppy sorriu. "Nós sabemos que você acha arriscado, e talvez seja, mas vale a pena." Poppy disse, enquanto nós nos aproximavamos.

"Pela família sempre vale a pena." Eu disse, com um leve sorriso. Logo paramos na frente dela.

"Não, não, não... Eu não posso..." Viva devolveu o livro, dando um passo para trás. Logo a grande porta se fechou. Poppy pegou o livro com um expressão triste e o colocou encostado na porta. Eu também tinha uma expressão triste, enquanto cruzava os braços.

Logo tronco se aproximou e colocou as mãos no meu ombro e no ombro de poppy e demos um aceno com a cabeça. Logo fomos para dentro da Honda em silêncio.

Trolls 3 x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora