um novo começo.

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      Estava extremamente feliz. Hoje seria o dia a qual me mudaria para Seoul. Sempre sonhei em sair do interior e ir morar na cidade grande, mas por condições financeiras era difícil sair de onde estava, entretanto as coisas haviam melhorado de lá para cá. Trabalhei duro para que pudesse enfim me mudar e fazer a minha tão sonhada faculdade.

Claro que seria um desafio deixar minha mamãe, meu pai, meus irmãos e meus avós. Como eu viveria sem eles? Mas eu precisava seguir meu caminho, precisava dar orgulho pra minha família... E quando pudesse ajudaria eles sempre que precisassem.

Ir pra cidade grande seria um grande desafio, eu não sabia realmente como andar lá, como me enturmar ou se quer sabia pegar um carro.  Lá deve haver tantas pessoas ricas, ocupadas e tão familiarizadas que eu me sinto perdido só de pensar.

Enfim, terminei de arrumar as minhas malas, fechando a última que sobrou. Suspirei baixo, me sentindo um pouco cansado.

— Acabou, Sungie? — Ouvi a voz da minha irmã mais nova, Haewon. Ela então adentrou no quarto e se sentou em minha cama, me olhando um pouco cabisbaixa.

— Acabei sim, finalmente.

— Ah... Eu vou sentir saudades, Sung! — Disse com um bico nos lábios.

— Oh, meu bem! Eu também vou sentir muita saudade de você, vem cá. — A chamei para um abraço caloroso — Saiba que sempre que eu puder eu vou vir visitar você... Eu prometo de dedinho!

— Promete mesmo?, porque ninguém merece aguentar o Beomgyu sem você aqui. Ele é um chato!

— Não fala assim do seu irmão, ele só é um pouco... Hm... Você sabe. Mas não fica assim, eu vou vistar você, sério.

Dei um sorriso para a mesma, que retribuiu no mesmo instante. Olhei as horas no meu celular que havia ganhado do meu pai no meu aniversário de 21 anos, me senti tão gratificado mas ao mesmo tempo não queria que ele gastasse tanto dinheiro assim comigo. Vi que já estava quase na hora do ônibus chegar.

— Princesa, preciso ir agora... Mas eu prometo, prometo mesmo que vou voltar!

— Tudo bem, Sungie...

— Pode me ajudar com a mochila e uma mala? Te dou um docinho depois.

— Oba, doce! — Disse animada, indo correndo pegar a mochila e arrastar a mala de rodinhas até a sala.

Ri de sua ação, pegando assim a outra mochila e a outra mala em seguida, também a caminho da sala. Vi toda família reunida ali, me olhando com orgulho, não posso negar que essa cena me deu vontade de chorar.

Abracei minha mãe, meu irmão, minha irmã e por final meus avós. Meu pai iria me levar ao ponto aonde o ônibus iria passar.

Logo fomos ao seu carro, não tão novo porém bonito, era clássico, meu pai era um amante de carros antigos.

Coloquei as malas no porta malas e as mochilas no banco de trás. Assim entrei no carro e partirmos viagem. Não era tão longe, então não havia demorado muito para chegar.

Descemos do carro, tirando as malas e as mochilas de lá, e colocando no bagageiro do ônibus que estava lá parado, esperando o horário para embarcar.

— Tudo dentro? Não esqueceu nada? — Meu pai disse, e eu neguei.

— Está tudo aqui. Obrigado, pai. — Sorri e ele se aproximou, me dando um abraço, que retribui logo em seguida.

— Tome cuidado, Jisung. As pessoas da cidade são muito diferentes das do interior... não fique triste se forem rudes com você, apenas se mantenha firme, sim? Foque nos seus estudos...

— Eu sei pai, obrigado. Eu vou sentir falta do senhor, de todo mundo na verdade.

— Também sentiremos sua falta, mas nos ligue sempre.

— Ligarei assim que chegar, e sempre que puder. — Dei um sorriso, sendo retribuído. Logo deu o horário, abracei meu pai pela última vez, por enfim subindo no ônibus de dois andares.

Parecia tão confortável, era geladinho e escuro. Procurei um lugar e logo me sentei, suspirando, olhando o meu pai voltar para o carro pela janela. Era um novo começo, era uma nova vida a partir de agora. E eu realmente espero que tudo dê certo.

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     Sinto o ônibus frear, acordando de meu leve cochilo, olhei pela janela, coçando os meus olhos e me espreguiçando na cadeira macia. Me levantei em seguida, seguida a fila de pessoas a minha frente, e por fim saindo do ônibus.

Observei o lugar, maravilhado. Era tudo tão bonito e movimentado, pessoas usando roupas caras de marca, sapatos, bolsas, acessórios, pareciam tão importantes, e com tanta pressa.

Peguei as minhas malas do bagageiro. Um pouco atrapalhado por estarem pesadas.

— Hey, precisa de ajuda? — Me virei, dando de cara com um garoto, parecia mais ou menos ter a minha idade, seu cabelo era ruivo e ele tinha sardas por todo o rosto, adorável.

— Se não for muito incomodo... Eu realmente tava precisando. — Soltei uma risada sem graça.

— Sem problemas. — Ele sorriu, e que sorriso. Logo me ajudou a tirar as malas do bagageiro, Ele não parecia ser daqui. Seu sotaque era um pouco estranho, e ele não parecia tão coreano.

— Você não é daqui, sim?

— Oh, não... eu vim da Austrália, morava em Sydney. Me mudei para Seoul para novas oportunidades.

— Sério? Eu também, mas eu vim do interior... Estou aqui pela faculdade e para ajudar minha família.

— Isso é muito lindo de se ouvir. — Ele sorriu. — Seu nome é...?

— Ah! Han Jisung, muito prazer, e você? — Me curvei por educação, o vendo estranhar um pouco a ação.

— Sou Lee Felix, o prazer é todo meu Jisung! Posso te chamar assim, né?

— Claro! — Sorri, me sentindo confortável perto dele.

— Você já sabe aonde vai ficar? Eu tenho uma recomendação muito boa de apartamento caso não saiba, eu irei para lá.

— Oh, não... eu ia realmente procurar, mas já que você tem um lugar, por que não, né?

Dei um sorriso vitorioso, e logo começamos a andar enquanto conversávamos sobre a viagem e porquê de virmos para cá. Acabei por descobrir que Felix também iria para a mesma faculdade que a minha. E isso era ótimo! Pelo menos eu não ficaria sozinho no primeiro dia.

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