2 capítulo

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Olá xuxus, antes de mais nada, peço de verdade mesmo que vcs comentem e curte na estrelinha para me ajudar, Pois isso motiva muiiitão!

                                  Boa leitura!

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Abrir a porta velha de ferro, passando direto pela sala. Passei pela imundice, ouvindo o ronco alto que vinha do sofá. Graças a Deus esse monstro estava dormindo.

Apressei meu passo e logo entrei no quarto, onde encostei uma cadeira na porta. Minha porta não tinha fechadura e nem maçaneta, por isso eu sempre colocava algo pesado, para quando esse verme entrar, eu saber.

Sem mais forças para segurar o choro pesado que guardava, desabei toda a dor que tinha. Desabei por essa vida miserável, desabei pelos abuso que diariamente passo, sem ninguém para me proteger.

Desabei por eu não ter a única pessoa que era por mim nessa terra.  Minha mãe...
Como eu sinto falta de minha mãe. Por que meu Deus isso tudo vem acontecendo comigo? O que eu fiz para merecer tanta crueldade desse mundo? Não bastava a morte de minha mãe, eu tive que ficar a mercê desse verme.

Mas um dia eu sei que ele pagará. Pagará por tudo que me faz.

Ainda com lágrimas escorrendo em meu rosto, abri a bolsa e tirei todo o dinheiro que aquele homem me pagou por essa noite. Ali tinha dois mil, para que ele me deu esse dinheiro todo?

Como se eu não tivesse chorado segundos atrás, flesh da madrugada de ontem surgem em minha mente. Que vergonha, que humilhação. Como que eu vou saber que aquele homem não beijava? Todos esses homens que pagam para ficar comigo, a primeira coisa que eles fazem é querer me beijar. Já não basta a humilhação de me sujeitar a esse tipo de "trabalho", ainda passei aquela vergonha.

Deixei esses pensamentos para lá e segui até o banheiro. Se quer posso chamar assim. Pego o lençol que sempre uso para substituir pela porta que deveria ter, e engancho no prego que tinha na parede, assim eu poderia tomar meu banho melhor.

Tirando o vestido e por final a lingerie, eu observava as marcas em meu corpo no espelho que tinha. Que nojo. Eu mesmo tenho nojo do que vejo

         3 dias depois :: 01:40 da manhã
                           Chicago/EUA

-Demorou hein garota. Se demorar assim outra vez, terei que te dar um belo de corretivo, garota nojenta...-

sua mão enrugada segurou meu queixo e apertou, me empurrado para trás. Só de ouvir sua voz, me subia ânsia de vômito. Ele me olhava com um olhar maldoso, o mesmo olhar quando queria encostar em mim. Queria tanto não ter que ir para as ruas hoje, mas no momento acho a rua bem mais segura do que ficar no mesmo quadrado que esse ser imundo.

- Sabe Maya, você tem sorte de ter a mim nessa vida, caso ao contrário morreria de fome. -

Nunca fui de o responder. Sempre ouvir as humilhações calada, com medo de ser espancada ou abusada por ele, mas ao ouvir aquilo me subiu um ódio tão grande que não consegui me segurar.

-Sorte? Eu sou abusada quase todos os dias por você! Sou obrigada a me prostituir para bancar seus vícios, seu nojento! Você chama isso de sorte? Eu preferia estar morta! -

Sentir suas mãos agarrarem minha cabeça e junto bater com tudo na parede. Ele batia e batia. Eu já chorava desesperadamente pela dor terrível que sentia. Criava forças para tentar me soltar, mas não conseguia. Como me arrependi de abrir minha boca, era melhor eu ter ficado calada, como sempre faço.

-Quer se juntar com sua mãe no inferno, sua cadela de merda?! Eu te mato e dou seu corpo nojento para os porcos devorarem! -

Chorar, chorar, e chorar. Eu só sabia chorar. -Não fala da minha mãe, por fav..-

Antes de terminar de falar, sinto meu rosto arder pelo tapa que tomei. 

- Suma daqui sua puta! Abra bastante suas pernas e traga a mesma quantidade que trouxe naquele dia, porquê se não, eu quebro esse rostinho lindo seu -

Levantei do chão, passando por ele. Sentir sua mão passando pelo meu bumbum, apertando o local. Ouvir esse nojento me chamando de gostosa, mas não dei ouvidos, seguir em frente. Quando iria passar pela porta, sua voz ecoou pela sala.

- Se você inventar de bancar a corajosa e querer ser fujona, quando eu te encontrar, eu te mato! Mas antes disso você sabe o que irá acontecer! -

                                      (...)

Hoje a rua estava fazia. Só tinha umas quatro meninas. Já se passavam das 03h00 da manhã, e até agora ninguém. Minha cabeça doía tanto, mas tanto. Não sei como não desmaiei até agora.
Hoje foi um dia péssimo mesmo.

-Garota! - Perdida em meus pensamentos, tomei um susto, e me virei. Carine me olha com os braços cruzados e seu olhar tedioso. - Qual teu nome mesmo? -

Ela me olhou, esperando eu me apresentar, mas me mantive calada. Nunca falava com essas mulheres. O que será que elas querem comigo?
- Tu não fala mulher? Abre a boca! - Calada fiquei, e calada me manti.

-Ah não importa! Só quero te avisar que um riquinho veio nesses dois últimos dias em sua procura garota - 

Totalmente surpresa, antes que eu perguntasse algo, ela suspirou alto e virou, voltando pro lugar onde ela sempre fica. Surpresa e sem intender, não vejo quando um homem passou a mão em minha cintura. Assustada, eu me afastei o olhando dos pés até a cabeça.

- Boneca! Quero comer você. Um amigo meu me falou que você é ótima! (Risos) Obedeec igual uma cachorrinha na cama... -

O olhei com nojo, desacreditada no que estava ouvindo. - Vamos garota! Não tenho o tempo todo! -

Sua mão segurou meu pulso, me puxando, mas me segurei e me mantive no lugar. - E-eu... eu já e-estou acompanhada... -

- Puta que pariu! Você é puta! Puta dá para vários em uma única noite.

- Mas.... - Como se eu não tivesse voz, fui sendo puxada com brutalidade por esse homem.

- Moço eu já falei que estou com outro...! - Meu tom saiu baixo, mas ele ouviu, totalmente impaciente, me largou e me olhou revirando os olhos. - E quem é então, não estou vendo ninguém! -

- Eu cara. Agora larga ela. - olhei desacreditada para o homem parado em minha frente.

- Era o que me faltava! Isso tudo por uma putinha barata igual essa? - Ele riu - Pode ficar então parceiro! - como se eu fosse um nada, o cara me empurrou e acabei caindo no chão.

Me sentindo menosprezado e humilhada, me levantei, limpando minhas mãos e segurando o choro em minha garganta. Com a cabeça baixa, como sempre, passei pelo homem, mas me surpreendi pelo seu toque forte em minha cintura. Tomei um susto. Por um momento me esqueci como se respirava.

- Onde pensa que vai? Quero uma noite contigo de novo - Sua voz grossa e grave me dava arrepios.

- V-vou ir p-ro meu ponto... - Ele revirou os olhos cruzando os braços.

- Você está se achando demais pra quem é de pista. - Deu uma risadinha de canto, debochando de mim. - anda logo, vem! - Curto e grosso.

Me abracei e seguir seus passos longos. De longe pude perceber a mesma mulher que veio falar comigo, me olhando e dando risadinhas. Passei por elas mas pude ouvir cochichos.

Ele entrou em um carro diferente do que da outra vez. Esse era lindo também. Nunca vi ou cheguei perto de carros assim.

- Será que sempre que vir aqui, você vai ficar na porta com essa demora pra entrar? -

Sem falar nada, entrei e me sentei no banco do carona. Tomei a liberdade de colocar o cinto, mas tomei um susto quando suas mãos pesadas me agarraram e me apertaram. Desesperado, ele chupou e deu mordidas em meu pescoço.

O carro que estava gelado, ficou quente. Pela primeira vez desde que comecei a me prostituir, sentir algo estranho. Sentir meu corpo esquentar com sua agarração.

- Garota eu quero muito fuder - Apertou minha coxa desnuda - mas eu quero fuder com você!


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⏰ Última atualização: Jun 25 ⏰

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