Fifteen | Brooke

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Virei para o outro lado, pela décima ou quinta vez. Olhei para o visor do celular e já eram três e quinze da manhã. Revirei os olhos, e virei para o outro lado novamente. As palavras de Connor ainda martelavam minha mente. Afinal, quem ele acha que é para me falar aquilo? Me falar se eu devo ou não estar sofrendo.

Eu queria isso, queria o nosso fim. Mas agora que acabamos. Parece que ainda não é real, parece que só estou dormindo fora de casa e quando eu voltar Chris estará me esperando. Eu não sei quem porra é isso, se é arrependimento ou só dependência emocional. Eu fiz o que fiz e agora quero voltar atrás, quero mandar mensagem e saber porque fomos tão impulsivos. Quero saber porque ele ainda não me mandou nada tentando reconciliar como das outras vezes, afinal, não foi uma briga tão feia assim. Já tivemos em fases piores, já tivemos momentos piores e não terminamos.

Virei para o lado, sentindo a as lágrimas começarem a voltar. Me sentei na cama, olhando para os cobertores da Barbie. Não sei nem porque estou aqui, na casa da minha irmã sentindo pena de mim mesma. Eu sou a errada da história, não ele.

Chris não é nenhum santo, mas ele sempre esteve ali. Nós temos tantas lembranças boas, acho que deveríamos ter pensado melhor antes de jogar tudo no lixo, antes de simplesmente rasgarmos o roteiro.

Levantei, sentindo minha garganta seca. O chão frio sobre meus pés fez todo meu corpo se arrepiar. Abri a porta do quarto e olhei para o corredor, ninguém parecia estar acordado. Desci as escadas, passando pela sala nas pontas dos pés, vendo minha sobrinha dormindo em um colchão em cima de um tapete peludo no chão, rodeada de ursos e cobertores.

Andei até a cozinha, pegando um copo de plástico da Barbie pois era o único que estava no escorredor de louça. Abri a geladeira, pegando o galão de suco natural de laranja. Me sentei na bancada, com o copo e o galão a minha frente. Olhei o visor do celular. Por que ainda estou esperando uma maldita mensagem?

Comecei a servir o suco, e assim que o celular se ascendeu mostrando uma notificação. Deixei que o copo transbordasse e caísse a maioria em minha camiseta branca.

— Inferno — resmunguei, dando um pulo da bancada. Tirei a camiseta e comecei a secar a bancada com ela, depois o chão. Foda-se a camiseta, se Blanca ver que eu sujei a casa dela vai ficar uma fera comigo.

— Fazendo arte a essas horas — murmurou a voz parada na porta da cozinha, meu coração acelerou rapidamente com o susto.

Me virei para ele, tendo uma bela visão de seu corpo. Connor está sem camisas, apenas com uma calça de abrigo e as meias cinzas nos pés.

— E-eu... Por que está acordado? — perguntei para ele, sentindo vergonha por estar só de sutiã aqui na sua frente. Eu sei, já estivemos em situações mais constrangedoras, mas antes eu não tinha raiva dele como tenho agora. Antes ele ainda não havia tocado na ferida.

— Eu queria pegar uma água — murmurou ele, passando por mim. Pegando um dos copos de vidro do armário e andando até a pia. Enchendo um copo da torneira mesmo. Logo, se escorou no balcão da pia e ficou me encarando. Tomei o suco em um gole e coloquei o que sobrou do galão na geladeira. Terminei de secar a bancada com minha própria roupa, que agora estava toda laranja. — Deixa isso aí e vai dormir, eu limpo.

Revirei os olhos. Até voz dele está me irritando hoje.

Peguei o copo, levando em sua direção para colocá-lo na pia. Senti seu olhar queimar em meus peitos fartos, como se o sutiã vermelho estivesse quase arrebentando.

Assim que chegou perto dele para colocar o copo na pia, sinto Connor me puxar pela cintura e grudar nossos corpos.

— O que pensa que está fazendo? — xinguei ele, ainda sem me afastar. Nossas respirações quentes misturadas, junto com nossos corações acelerados.

— Eu não faço ideia. Mas você fica perfeita de sutiã e calça do Mickey — ele riu, segurei meu sorriso aí apertar os lábios. Não quero que ele pense que está tudo bem.

— Me solta ou eu grito — sussurro em seu ouvido.

Connor vira nossos corpos, me deixando contra o balcão. Sinto seu peitoral, seus braços fortes, sinto todo ele sem nenhum espaço entre nossos corpos. Exceto por seus lábios que estão a um centímetro de distância. Seus olhos passeiam dos meus para meus lábios, enquanto uma de suas mãos sobem até meus cabelos, onde ele segura firme e enrola em sua mão. Maldito.

Sou forçada a olhar em seus olhos, não consigo me mexer, não consigo nem sequer respirar direito.

Connor invade minha boca com sua língua, degustando cada pedaço por onde passa. Seus lábios macios tem sabor de menta. Nossas línguas quentes deslizam uma pela outra, enquanto ele aprofunda mais o beijo segurando meus cabelos amarrados em seu punho e apertando minha cintura, roçando seu pau duro em mim.

Eu odeio ele! Odeio o poder que Connor tem sobre mim, o controle que ele tem.

O ruivo me pegou no colo me colocando em cima do balcão, soltei um gemido sentindo ele me puxar bruscamente para ele. Consigo sentir o quanto me deseja nesse momento, mas também sei que estamos fazendo a coisa errada. Se Blanca descer aquelas escadas, nós estamos mortos. E não estou falando no sentido figurado, ela realmente seria capaz de matar nós dois.

— Por que você faz isso comigo? — ele murmurou, assim que seus dedos frios tocaram meus seios por baixo do sutiã.

Connor rapidamente abriu meu sutiã usando apenas uma de suas mãos, deixou que ele caísse no chão e abocanhou meu seio. Sugando forte, enquanto levava sua outra mão até meus lábios para conter meus gemidos.

Eu não sei o que estamos fazendo, estamos ficando completamente loucos.

— Eu não estou fazendo nada, amor. É você quem está — sussurrei entre gemidos. Ele desceu voltou seus lábios para minha boca, deixando pequenas mordidas por ela, me levantando um pouco e puxando minha calça para baixo.

Conti um gemido alto assim que o balcão frio teve contato com minha bunda. Respirei fundo, tentando me acostumar com o frio.

Connor acariciou minha buceta por cima da calcinha, esboçando um sorriso ao me ver toda molhada. Ele levou seus dedos até minha boca, me fazendo chupar. Logo, seus dedos estavam dentro de mim, enquanto seu polegar massageava meu clitóris.

Mordi seu ombro, tentando não gemer alto. Ele me pegou pela cintura com um braço, caminhando em direção a mesa e me colocando sentada nela. Para que dessa vez eu estivesse mais baixa do que ele.

Connor baixou a calça de moletom e se inclinou, encaixando seu corpos entre minhas pernas. Logo entrando com uma só estocada, senti ele me preencher por inteira. Deixei uma gemido alto escapar e logo sua mão estava cobrindo minha boca.

Meu CunhadoOnde histórias criam vida. Descubra agora