Hyu estava em um sonho tão bom, tão confortável, como se estivesse deitada em uma nuvem (e realmente estava. Bom, pelo menos no sentido unilateral, é claro).E continuaria naquela nuvem fofinha, como um algodão-doce, por horas, isto é, se não tivesse acordado subitamente. Totalmente assustada. Simplesmente porque alguém pulou em si e esse alguém era simplesmente Jieun.
Sua melhor amiga, a personificação do próprio Lúcifer.
— Vamos acordar, meu sol! — Falou alto em seu ouvido. Se Dae não estivesse tão atordoada pelo despertar inusitado e indesejável da sua parte, provavelmente meteria um soco certeiro na cara de Jieun. — Sabe que horas? 08:30h. Você precisa acordar para tomar café e me ajudar numa coisinha. É caso de vida ou morte. Sério mesmo, Hyun! Você tá me escutando? — Saiu de cima da amiga e se aconchegou ao seu lado.
Hyuna, que processava tudo lentamente, abriu os olhos e depois de se acostumar com a luz que entrava pela sua janela — Que deveria estar fechada, porém como sua querida e amada melhor amiga era com uma borboleta pronta para implantar o caos na sua vida em apenas um bater de asas, essa provavelmente resolveu abrir as suas cortinas. —, fechou a cara. Totalmente irritada em plena oito da manhã de um domingo; logo domingo, uns dos dias mais sagrados de qualquer estudante. Não perdeu tempo em empurrar Na da sua casa com os pés e levantar do seu ninho para sair do quarto logo em seguida.Nem se importou com a outra reclamando de dor nas costelas enquanto andava em seu encalço, fechando a porta do banheiro bem em sua cara. “Ela não é a minha sombra, ora pois!”, resmungou em pensamento.
E mesmo após sair do cômodo, preferiu ignorar o biquinho de Jie e marchar para a cozinha ainda carrancuda. Talvez comida ajude. Ajudou, um pouquinho; o suficiente para conseguir cumprimentar o pai na mesa e forçar um sorrisinho fraco em sua direção.
Dae tem problemas para controlar sua raiva sem descontar em tudo e todos, por mais que o seu desentendimento não fosse com todos ao seu redor, tentava ao máximo não fazer algo assim, até porque as pessoas não tinham culpa de estar irritada. Mesmo que às vezes não conseguisse segurar sua língua afiada.
Ela comia em paz, pelo menos aparentemente, aproveitando que Jieun estava nos fundos conversando com sua mãe, assim imaginava, porque, como se não bastasse ela ocupar um cargo importante em sua vida como sua Best, ainda tinha a audácia de ser próxima o bastante de Seoyun para ficarem horas e horas falando sobre as melhores marcas de café como as duas viciadas que eram; Johnny às vezes fazia algumas perguntas, parecendo não notar a aura enraivecida da filha, essa demorando para responder suas perguntas com apenas resmungos, percebeu, então, que a sua princesinha não estava para conversa no momento. Deixou-a terminar sua refeição quietinha.— Bom dia, meu bebê! — Seoyun deixa um beijo no topo na cabeça da sua criança (que já é uma garotinha de 18 anos) e vai para a sala. Atrás dela vem Eun, com um sorriso amarelo. A única coisa que Daehyun fez foi um careta involuntária para a cara feia de Jie (que não era nem um pouco feia, mas naquele momento até que era um pouquinho).
— Dia, mamãe…
— O que foi que houve pro meu neném ter acordado assim irritadinha? — Perguntou alto da sala. A filha bufou, não por conta da pergunta em si ou por quem a fez, afinal sua mãe não tinha culpa, mas a situação toda em si a deixava com os nervos à flor da pele.
— Aquela desprovida de inteligência ali me acordou no susto. Eu, literalmente, acordei já morrendo. Estava num soninho tão bom e fui acordada… — Fez bico, totalmente desolada e chateada enquanto tirava as coisas da mesa com a ajuda de John.— Oh, Sun, não fica assim! Desculpa, vai… — Apertou a amiga nos braços, bochecha com bochecha.
— Acho melhor você me soltar antes que eu me irrite mais e quebre esse seu pescocinho de galinha. — Ela falou calma e baixinho. Assustador. Deixando Na amedrontada o suficiente para soltá-la o mais rápido possível.
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Operação Cupido: Descobertas Amorosas
Romance+12. Lee Daehyun tem um penhasco por Lee Jinhee, mas não tem coragem de se declarar (ou de, ao menos, tentar uma amizade). As duas tem algo em comum: Duas melhores amigas que estão enrolando meses para ficarem juntas. Juntas, por meio de um trabalho...