Capítulo 1: O Exílio

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Alana Arryn estava em pé na proa do navio, observando as águas turbulentas do Mar Estreito enquanto as ondas batiam violentamente contra o casco. O vento frio da noite soprava seus longos cabelos castanhos, e ela puxou o manto para mais perto do corpo, tentando se proteger do frio. Ao longe, as luzes de Westeros desapareciam no horizonte, e ela sabia que não havia mais volta. Seu pai, Lorde Jon Arryn, havia decretado seu exílio, e agora ela estava a caminho de Essos, um continente desconhecido e perigoso.

Alana sempre fora uma guerreira habilidosa, treinada desde cedo no uso de várias armas. Sua destreza com a espada e a machadinha era lendária, e sua coragem não conhecia limites. No entanto, sua determinação e independência frequentemente a colocavam em conflito com seu pai, que esperava uma filha submissa e obediente. Após um último desentendimento, onde Alana desafiou abertamente a autoridade de Jon, ele não viu outra opção a não ser exilá-la.

A viagem foi longa e árdua. Alana se manteve ocupada ajudando a tripulação do navio, uma forma de evitar pensar demais no que havia deixado para trás. Finalmente, após semanas no mar, o navio atracou no porto de Meereen, uma das cidades escravistas de Essos. O cheiro de especiarias, suor e mar impregnou o ar, e Alana desceu a rampa com passos firmes, determinada a começar uma nova vida ali.

A cidade era um labirinto de ruas estreitas e mercados barulhentos. Alana encontrou uma estalagem modesta para se hospedar e passou os primeiros dias explorando a área, tentando se familiarizar com o novo ambiente. Apesar de suas habilidades de combate, ela sabia que precisava ser cautelosa. Essos era um lugar onde a traição e a violência eram comuns, e confiar nas pessoas poderia ser perigoso.

Certa tarde, enquanto caminhava pelo mercado principal, Alana ouviu um tumulto. Curiosa, aproximou-se e viu uma multidão reunida em torno de um grupo de escravos que estavam sendo leiloados. Os gritos dos vendedores ecoavam pelo ar, e os olhares desesperados dos escravos faziam seu coração se apertar. Foi então que ela a viu.

Uma jovem mulher, de cabelos prateados e olhos violetas, estava sendo arrastada para o palco. Havia uma dignidade em sua postura, mesmo naquelas circunstâncias humilhantes. Alana sentiu um impulso irresistível de intervir. Sem pensar duas vezes, ela avançou pela multidão, seus olhos fixos na mulher.

"Quanto por ela?" Alana perguntou em voz alta, sua mão descansando na empunhadura de sua espada.

O leiloeiro, um homem corpulento com um sorriso malicioso, olhou para ela surpreso. "Ela é especial, garota. Vai custar caro."

Alana puxou um saquinho de moedas de seu manto e jogou-o aos pés do homem. "Isso deve cobrir o custo."

Ele contou as moedas rapidamente e, com um gesto impaciente, entregou a corrente que prendia a jovem. Alana pegou a corrente e, com um movimento rápido, cortou-a com sua espada, libertando a mulher.

"Venha comigo," disse Alana, oferecendo a mão à jovem.

A mulher hesitou por um momento antes de pegar a mão de Alana. Seus olhos violetas brilhavam com gratidão e surpresa.

"Meu nome é Daenerys. Daenerys Targaryen," disse ela em voz baixa enquanto Alana a conduzia para longe da multidão.

"Sou Alana Arryn," respondeu Alana. "Vamos tirar você daqui."

Com a promessa de liberdade e uma nova aliança formada, Alana e Daenerys partiram juntas, sem saber que esse encontro mudaria suas vidas para sempre.

Game of Thrones A Chama e a ÁguiaOnde histórias criam vida. Descubra agora