Prólogo

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118 D.C

A princesa Daella se encontrara nos aposentos da rainha, junto a sua irmã Helaena. Ambas princesas haviam sido convocadas pela rainha, para debater "um assunto que não poderia ser adiado". — Palavras da própria Alicent. — As garotas estavam em pé, à frente de duas poltronas verdes.

Sem muito tardar, Alicent adentrou a porta de seus aposentos, tão velozmente que poderia ser confundida com um dragão zarpando para voo. A soberana se aproxima das duas princesas, logo fazendo sinal para que ambas sentem-se nos seus respectivos assentos, junto a ela.

O silêncio um tanto quanto constrangedor se estabelece no local. As princesas se entreolham e olham para a mãe e madrasta confusas. A rainha, parece não saber como começar a conversar.

— Bom, eu as chamei aqui, pois... — Alicent se vê encurralado em suas próprias palavras. — Como vocês bem sabem, logo chegaram a idade adulta. E com isso... — A rainha respira fundo, para que pudesse prosseguir. — As responsabilidades bateram em suas portas. — Daella e Helaena estavam confusas, não entendiam onde sua mãe queria chegar. — Vocês duas, como princesas e donzelas, que sei que são. Terão que... prestar sua devoção ao reino. — As princesas se entreolham, confusas novamente. — Vocês, minhas queridas filhas, tem um dever com seu reino. Cujo, não podem evitar, fugir ou escapar. — Alicent olha no fundo dos olhos de suas meninas.

— E qual seria esse dever, mamãe? — Endagou Helaena.

— O matrimônio. — A rainha disse brevemente, fazendo suas filhas olharem-a assustadas.

— Não nos diga que a senhora nos arranjou pretendentes? — Daella pergunta assustada.

— O que? Não! É claro que não! — Alicent leva sua mão até o peito, pasma com a pergunta de sua filha adotiva. — Pelos Deuses! Eu jamais faria tal atrocidade. — A rainha pronunciou-se firmemente.

— Então, por qual motivo nos chamou aqui? — Perguntou Helaena com os olhos arregalados. A pequena prateada mal acabara de completar 9 anos de idade, não imaginava ter ouvir sobre matrimônio tão cedo ainda.

— Exato. Se não está com pretendentes a nossa espera do lado de fora desse castelo. Por que nos convovou com tanta emergência para essa conversa? — Perguntou Daella com sensatez.

— Pois não desejo que se casem. — Disse a rainha com tristeza no olhar. — Vocês são minhas únicas filhas, não quero mandá-las para longe de mim. — Alicent põe suas duas mãos sobre os cabelos prateados das garotas, em demonstração de afeto e carinho. — Minhas meninas. — Ela acaria seus rostos simultaneamente, mas logo Helaena afasta a mãe. E como consequência, a rainha toma distância juntamente de Daella. Um pouco sentida com o ato da filha. — Desejo, que quando ficarem mais velhas, se casem com algum rapaz próximo. — Falou friamente. — Da fortaleza vermelha talvez. — Alicent insinua algo que soa tão claro quanto uma água cristalina.

— Posso estar enganada, mamãe. Mas a senhora está insinuando que deveriamos seguir as antigas tradições de nossa casa? — Endagou Daella desconfiada.

— Não está enganada, minha linda. — Afirmou Alicent. — É exatamente isso que que estou lhes falando. Desejo que casem-se com um de seus irmãos. Para mantar a tradição Targaryen, e claro, por consequência, ficarem sempre próximas de mim e de sua família. Assim se casaria com um bom homem, cuja já conhecem a índole. — Daella olha para a irmã, esperando que a mesma se pronuncie.

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