Morando com estranhos.

Eles tem que pagar

Entro em choque ao ver que dentro daquele buraco havia uma jovem presa em um lugar apertado e sujo. Assim que ela vê a luz se encolhe toda assustada sem saber o que estava por vir.

- Oi... Calma eu não sou ele... - tento me aproximar, mas ela se afasta assustada.

POV. Liz

  Eu estava encolhida no meu minúsculo quarto que eu chamava de lar... Quando escuto os passos na escada e o móvel se mexendo, fechei os olhos pois, eu já sabia o que estava por vir e o quanto eu não gostaria daquilo, aquela luz forte invade meu pequeno local,  escuto uma voz diferente percebo que não era o causador dos meus piores pesadelos mas eu obviamente estava com medo.

- Pode sair daí... - Sinto a voz dele trêmula e nada confiante.

- ... - Apenas mostro as correntes a ele.

- Ah.. droga onde ele colocaria as chaves? - Parece procurar pelo porão acha e vem até mim por instinto eu me encolhi, mas eu não esperava ouvir aquela voz aveludada. - Calma vai ficar tudo bem!.

  Ele me tira daquele buraco nojento, choque dele deve ter sido ainda maior ao ver meus machucados e cicatrizes,  estava ajoelhada no chão eu nem mesmo me lembro a última vez que andei sozinha.

- Meu pai fez isso com você? - Ele se ajoelha em frente a mim.

-... - Apenas movo a cabeça dizendo que sim.

- Você fala? Ah desculpa eu não quero te precionar, na verdade vim para cá pois ele sofreu um acidente terrível e eu tento entrar aqui desde os meus 12 anos... Como isso aconteceu seria a oportunidade perfeita para finalmente descobrir o que tinha aqui, eu não esperava por isso... - ele começou a tagarelar sem parar eu mal pude acompanhar, apenas entendi que o maldito do meu dono estava mal isso foi o suficiente para soltar um leve riso. - O que foi? Estou falando muito?

-... Ah - Balancei a cabeça positivamente tento me comunicar, mas eu estive sem falar por tanto tempo que tenho medo da minha voz ser terrível ou nem saber mais falar...

- Vou tentar falar mais devagar... Eu me chamo Bryan e você?

- ... L-liz - Sai uma voz fraca e diria até feia.

- Sua voz está tão fraca... Está com fome, ou cede? - Falou levantando.

- S..Sim - Aos poucos parecia que a esperança que ele me trouxe me deu forças para falar.

- Vamos sair desse lugar horrível,  vou cozinhar algo para você. - Eu tento me levantar mas, acabou falhado, sem pensar ele me pega no colo, antes que eu pudesse me fastar com medo ele sorri gentil. - Vamos fazer assim até que você possa andar.

- OK.. - Ficou assustada mesmo com ele parecendo ser um doce... Ele lembrava muito o pai dele mais novo.

- Eu vou denuncia-lo - ele fala após me colocar e uma cadeira na mesa da cozinha. - Bom eu preciso de você, afinal é a única prova disso.

- Me..do.. dor... - falo assustada com o que ele pode fazer, o jovem me mostra uma foto no telefone de como o pai dele estava péssimo.

- Ele nunca mais vai te machucar, ele e todos que estão envolvidos nisso devem pagar. Ele acabaram com a vida de uma jovem.. você tem o que 17 anos?.

- Não sei... Cheguei aqui com 6 anos... - Falo meio embaraçado e baixo.

- Posso chamar a polícia? - ele parecia acreditar ser o melhor para mim mas eu não vou negar que isso era assustador.

  Permaneci em silêncio, ele começou a tagarelar enquanto cozinhava, senti o cheiro mais gostoso da minha vida, ele põe na minha frente algo que ele chama de bolinho de arroz, ele me auxiliou a comer aquilo sem dúvida foi a coisa mais gostosa que eu comi.

- Ahh bom... - Gemi de tanto prazer a comer aquilo, olhei pra ele em seguida e ele estava igual a um tomate.

-Ah não me leve  mal, é que você está muito fofa comendo...

Passamos um tempo vendo tv e eu acabei cochilando.