HEAVEN (Sunsunki)

Alunos novos (Sunoo pov)

E ali estava eu tentando, ajudar Riki — ou Ni-ki, como eu gostava de chamar o japonês — a estudar pela milésima vez para o mesmo não acabar indo para a recuperação em matemática novamente.

— Entendeu? — Pergunto após explicar pacientemente a fórmula.

— Aham... Olhe o que eu fiz! — Ni-ki diz sorrindo, mostrando um anel de papel que fez.

— Riki, você ao menos estava me ouvindo?! — Pergunto irritado, afinal Ni-ki estava fazendo-o perder tempo.

Estávamos estudando no quarto que eu dividia com Jungwon, eu em minha própria cadeira enquanto o japonês estava a minha esquerda na cadeira de Jungwon, apoiado na escrivaninha enquanto eu tentava a todo custo fazer com que Ni-ki entendesse a matéria, porém parecia que o garoto sentado a sua frente não fazia nenhum esforço.

Ni-ki era dois anos mais novo do que eu, por isso sempre que podia eu o ajudava em algo, principalmente agora que ele havia acabado de entrar no ensino médio, eu entendia como essa transição poderia ser difícil, já que no ensino médio exige muito mais esforço do que no fundamental, só que Ni-ki já não tinha fama de um bom aluno e eu sempre tive que defende-lo para os professores, aproveitando meu cargo de representante e tendo a confiança dos mais velhos, mas parece que agora ele se esforça até menos do que antes, sempre matando aulas e faltando em provas importantes apenas para continuar jogando.

Acho engraçado ver como me dou bem com o japonês, já que somos o total oposto um do outro, enquanto eu era super dedicado e fazia parte do grêmio estudantil, Ni-ki era bagunceiro, ia para as aulas quando era realmente obrigado e fazia parte do time da escola. O famoso "os opostos se atraem" não é?

— Ah Hyung... Você sabe que eu não sirvo pra isso, eu sou muito burro — As palavras do maior me fizeram amolecer, pois ele parecia realmente chateado, fazendo um biquinho que eu não me contive em beijá-lo. Eu sabia que o principal problema dele era a motivação, ele se frustrava quando não entendia algo direito e simplesmente desistia.

— Não seja bobo Ni-ki — Tento soar compreensivo — Você só precisa se concentrar.

— Não é fácil me concentrar quando você fica tão bonito explicando — Ele não deixa a oportunidade de flertar passar, fazendo-me revirar os olhos já esperando aquele tipo de comentário vindo do moreno.

— Bom então talvez precisemos encontrar outra pessoa para te ensinar isso — Digo bufando e guardando meu material, mas sou parado por Ni-ki que segura meu pulso.

— Não, Hyung, por favor! — O japonês se desespera — Eu prometo que vou me esforçar — Ao ouvir isso volto meus materiais no lugar e então Ni-ki diz: — Só que você vai precisar me dar um beijinho.

— Nada de beijo até que você leve isso a sério — Digo, apesar de estar doido para agarrar Ni-ki desde que o mesmo passou pela porta de meu quarto.

— Vai, só um Ddeonu — O japonês faz o uso do apelido que me deu pouco tempo depois de se conhecerem, enquanto passava sua mão esquerda por minha coxa, deixando um leve aperto ali, me fazendo suspirar.

— Tá bom, Ni-ki — Cedo, mas ao ver o outro se aproximar interrompo — Mas só um!

Ni-ki não se importa com a interrupção e apenas me puxa para um beijo, colocando sua mão direita em minha cintura enquanto a outra ainda estava em minha coxa, não demorando muito eu o retribuir colocando minha mão no pescoço do moreno. O que era para ser um simples beijo se transformou em algo mais profundo e foi ficando cada vez mais quente e, quando perceberamos, eu já estava no colo do mais alto suspirando enquanto o outro tinha agora suas duas mãos por baixo da minha camiseta, apertando minha cintura. Ni-ki termina o beijo com uma mordida no meu lábio, em que eu acabo por deixar um pequeno gemido escapar.