3; Terror mental.

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10/01/2017, Terça

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10/01/2017, Terça. - 09:34, CTEA High School.

Fecho a porta do armário com força e tranco ele com a chave que agora tem um chaveiro do stitch que ganhei da minha vó. Ela disse que eu perco muito fácil as coisas e que isso iria ajudar.—Eu deveria ter perguntado se alguém pode perder a cabeça e se tem como encontra-la depois.—Me viro de costas para o armário e vejo Chiara abalada demais e Daniela fechada demais.

Desde daquele dia, nenhuma de nós abriu a boca para conversar sobre aquilo. Parece até que estamos fugindo uma da outra, fugindo deles, fugindo do que sentimos naquele dia.

Não que eu queira falar também.—Tive pesadelos nas duas noites depois daquele dia.—Lembrar daquilo, só me faz ter uma vontade imensa de chorar igual a um bebê recém nascido. Não temos o que fazer, mas ao menos eu queria que dividíssemos nossas dores.

Uma vez nós prometemos que sempre falaríamos a verdade. Acho que essa foi nossa primeira mentira.

Foi difícil mentir para Honey, ela fazia várias perguntas e sempre estava desconfiada e preocupada. Nós falamos que estávamos distraídas e que Chiara tropeçou e caiu da escada levando Daniela junto. O meu cabelo não foi muito difícil de mentir também, eu apenas disse que estava com calor e enfiei minha cabeça na pia do banheiro. As meninas apenas ficaram afirmando que isso era algo que eu fazia sempre, Daniela ainda alegou que era um transtorno mental que eu desenvolvi na infância.

No final, conseguimos esconder toda a verdade como grandes mentirosas profissionais.

—Deveríamos conversar.—Daniela falou me fazendo sair dos meus pensamentos.

—Eu não quero.—Chiara resistiu em continuarmos em silêncio.—Vamos esquecer aquilo.

—Não, Chiara.—Dani impõe.—Nós fomos assediadas, ameaçadas e perseguidas.—Refresca a memória dela.—Ao menos vamos conversar entre nós.—Tenta convencê-la.

—Shh!—Ela franze o cenho.—Fala isso baixo! Você enlouqueceu de vez?—Perguntou fechando seu armário com força.

—Quem enlouqueceu foi você, Chiara!—Daniela diz.—Fomos tratadas feito lixos e não iremos fazer nada?!—Perguntou indignada.

—O que você quer fazer?—Ela perguntou.—Quer ameaçar eles? Quer pedir ajudar?—Chiara perguntou sem esperar resposta.—Acorda, Daniela!—Falou rude.—Nós estamos em uma escola de gente rica que não liga para o que nós passamos ou falamos. Somos apenas mercadoria e brinquedos novos para eles.

Sinto como se tivesse levado um soco no estômago. Ficamos em silêncio.

—Olha...—Daniela volta atrás.—Desculpa, tá?—Ela diz magoada.—Eu só não sei o que fazer ou o que pensar.—Ela vai até chiara a abraçando.

—Lembrar daquilo me deixa com nojo.—Chiara solta.—Não quero falar sobre isso, pelo menos não agora.

Dani se desvencilhou do abraço e se encostou no armário apoiando um ombro.—Acham que eles vão vim atrás de nós de novo?—A morena perguntou.

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