Agnes Winyler, uma adolescente de Morgan City, tem uma vida bastante difícil. Seus pais abusivos estão mortos, sua única irmã também, sua avó está muito velhinha, o estado financeiro delas está cada vez pior, o bullying continua acontecendo e todos...
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25/01/2017, Quarta. – 05:35 A.M. Casa de Agnes, Morgan City.
Olho para o relógio em cima da geladeira velha da cozinha.—A qualquer momento essa geladeira irá de vala.—Suspiro ansiosa.
Volto meu olhar para a pequena TV da sala, estava passando um desenho esquisito. Era um desenho de anti-heróis, só que pesado demais para a idade recomendada.
Faço uma expressão de nojo com o sangue que explode da cabeça de um dos vilões que foi morto por outro vilão.
Escuto passos atrás de mim e olho no automático.
Era a minha vó, ela acabou de acordar. Está com um rosto calmo mas cansado.
—Buenos días, mamá.—Sorrio para ela.
Vovó me olha surpresa.—¿Qué estás haciendo aquí todavía, hija mía?—Vem até mim me dando um beijo na testa.
—Esperando a ese chico...—Respondo tímida.
Ela se senta ao meu lado.—Todavía no me has dicho quién es.—Ela diz sorrindo.—¿Es tu novio?
—Não, vó!—Fico vermelha.—É apenas um amigo!—Afirmo.
—Qué amigo más cuidadoso has conseguido, ¿no?—Respondeu sorrindo travessa.
—Para de falar doideira, mãe.—Faço bico.—Ele é apenas um amigo.—Repito.
Ela ri rouco.—Tudo bem, tudo bem.—Ela diz passando a mão por meus cabelos e parando em minha bochecha.—Que você tenha um belo dia, sim?—Desejou.
—Obrigada, vó.—Sorrio sendo acompanhada.
Uma buzina nos corta do momento fofo.
—É ele?—Vovó perguntou curiosa.
Me levanto rapidamente indo em direção a janela, retiro a pequena cortina velhinha e olho para fora encontrando Nevan.
Depois daquele incidente na escola, ele tem me levado para escola, me levado para casa e grudado em mim como um guardas-costas por vinte e quatro horas. A mesma coisa tem acontecido com Chiara e Daniela, a diferença é que Chiara está tendo um cuidado em dobro.
Ele me vê na janela e me olha sem demonstrar nada, fico mais ansiosa com isso.
—Ele é um garoto lindo.—Solavanco levando um susto.
—Vó!—Fecho a cortina rapidamente.
—O que?—Perguntou rindo.
—Pare de ser doida!—Brigo com ela.
—Doida é você, que tem um cara desses na sua cola e ainda diz que é apenas amigo.—A idosa ao meu lado disse.—Aproveite enquanto é jovem, Minha filha.—Disse me dando um beijo na bochecha em seguida.—Nessa idade...—Ela vai em direção a cozinha.—nada é para sempre.—Completou longe.
