Capítulo 1

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To escrevendo isso sem o planejamento estar pronto, mas eu tô TÃO ansiosa pra escrever!!
Com esse capítulo, eu descobri que minhas aulas de química foram úteis :P

Avisos: NADA dos TW dessa fic serão romantizados! Peço que lembrem que isso se trata de um narrador NÃO confiável, bem como uma vítima em um estado de saúde mental debilitada. Dito isso, quero tentar retratar o estado mental dele da forma o mais próxima possível da realidade mas, de forma alguma, defendo e/ou romantizo os problemas pelo qual ele passa. Essa história tem como objetivo mostrar o progresso do Dazai como pessoa, tanto para os outros quanto para si mesmo.

Tw!!
Assédio
Pensamentos suicidas

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Dazai suspirou enquanto caminhava pelos corredores desprovidos de vida, a brisa da madrugada ricocheteando em seu rosto, cabelo e roupas, vindo das janelas que se encontravam ligeiramente abertas - alguém certamente estaria em apuros por não fechá-las antes de sair, mas, bem, isso não era problema dele -. A sensação, que deveria ser suave e agradável, era como facas afiadas rastejando lentamente por sua pele, não fundo o suficiente para cortar, mas o suficiente para fazer uma pressão incômoda que o fazia querer vomitar.

Ele sabia a causa desse sentimento. Era Mori. O homem que ele estava indo encontrar no momento. Já fazia um tempo que conseguia não ir naquele local, mas parece que não poderia mais evitar o inevitável, para sua infelicidade.

O garoto deixou sua mente vagar enquanto subia no elevador e se preparava para subir para o último andar, o local em que o escritório de Mori se localizava. Ele tinha sentimentos contraditórios por seu chefe. Por um lado, havia o ódio puro e não-adulterado que parecia tomar conta de sua mente toda vez que olhava na cara de Mori. Por outro lado, tinha aquele carinho feio e irritante que cavava nas bordas de seu coração, se recusando a morrer. Dazai era um garoto inteligente, muito mais que a maioria das pessoas de sua idade, ele sabia que havia sido condicionado a sentir tal emoção grotesca. E, mesmo assim, ele não conseguia se livrar disso.

Mesmo depois de tudo.

Ele apertou os punhos contra o tecido dos bolsos da calça, antes de se forçar a relaxar completamente ao parar em frente a porta de Mori. Sentiu seus pelos se arrepiando e um frio congelante descendo por sua espinha, mas não recuou, apesar do quanto queria. Mori não tolera desobediências.

'Vai ficar tudo bem.' - O moreno tentou garantir para si mesmo, apesar do quão inseguro se sentia. Obviamente, nada disso transpareceu externamente, ele era conhecido por ser um dos melhores em esconder o que sentia de verdade. Não que houvesse alguém para ver, mas tinha medo que Mori conseguisse sentir sua tensão, mesmo que seus corpos estivessem bloqueados por um grande porta de madeira. 'Ele só vai me atribuir uma missão. Só isso.'  - Pensou, embora soubesse que algo estava estranho. Não era o feitio de seu chefe chamá-lo assim, de última hora, no meio da madrugada e em pleno sábado, a menos que fosse por razões impuras.

Dazai se aproximou da porta e a chutou para que fosse aberta, tentando colocar uma fachada de confiança e indiferença, embora soubesse que, por dentro, sentia-se tremendo. Ele entrou na sala lentamente, até que parou na frente de Mori, que sorria calorosamente para ele.

— Osamu-kun! – O homem cumprimentou com um tom enjoativamente doce, mas Dazai não caiu em seu papo. Sabia que o sorriso caloroso o queimaria e que sua voz doce o causaria diabetes. O moreno fez uma careta, seu próprio nome soava como veneno vindo da boca de Mori. Ele fez o possível para controlar seus batimentos cardíacos ao ouvi-lo, estava preso entre sentir desgosto e querer ouvir mais disso. Ele estava louco?

Foi tirado de suas divagações internas quando seu chefe apontou a mão para a cadeira ao seu lado, elegantemente. Dazai fez como lhe foi pedido e se sentou, esperando pacientemente por suas ordens, embora erguesse uma sombrancelha ao fato de a cadeira estar ao lado de Mori e não em sua frente.

odisseia de um suicida ; bsd x bnha ficOnde histórias criam vida. Descubra agora