Capítulo 13

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Yn Gardelho

Eu estava encostada no batente da porta observando Sadie dormir profundamente. Além de abalada, ela estava exausta. Isso tudo estava acabando com ela e eu não conseguia ver o quão destruída ela estava.

-- Não sei culpe por isso. Agora ela está bem. Não precisa ficar vigiando. - Finn apareceu do nada - Vem. --

Fechei a porta do quarto e acompanhei ele.

-- Além de um ótimo conselheiro, você lê mentes também? --

-- A sua? Com toda certeza. Seus pensamentos gritam. --

-- Você é mau. --

-- Não sou. - afirmou sentando no sofá - Agora me diz, o que tanto se castiga ai? --

-- Eu nunca ter percebido o quão Sadie é importante pra mim e o quanto eu a amo. - cocei a nuca - Acho que eu fiquei com medo de perder alguém que eu amo, como a minha mãe. Não queria passar por esse sofrimento de novo. --

Finn suspirou, balançando a cabeça em compreensão.

-- Entendo. O medo de perder alguém pode ser paralisante. Mas você não pode deixar que isso impeça você de amar. - sentei-me ao lado dele

-- Eu sei. Mas é difícil. - admiti, sentindo um nó na garganta. --

Finn colocou a mão no meu ombro, um gesto de conforto.

-- Ninguém disse que seria fácil. Mas você tem que se permitir viver, amar e, às vezes, sofrer. Faz parte de ser humano. E Sadie precisa de você agora, talvez mais do que nunca. --

-- Você tem razão. Eu vou estar lá para ela, custe o que custar. - Finn sorriu, satisfeito. --

-- Agora, por que não tenta descansar um pouco? --

Assenti e fui para o meu quarto, sabendo que, independentemente do que acontecesse, eu não deixaria mais Sadie. Independente do que aconteça.

Deitei na cama, ainda pensando em Sadie, mas agora com a certeza de que faria tudo o que fosse possível por ela e pra ela. E, acima de tudo, para mostrar a ela o quanto ela significava para mim.




























[...]




























O dia seguinte chegou rapidamente. Acordei com uma sensação boa. Decidi que hoje seria um novo começo, tanto para mim em relação a Sadie.

Levantei-me silenciosamente, para não acordar ninguém, e fui para a cozinha preparar um café da manhã.

Enquanto o café passava, preparei torradas, ovos mexidos, frutas frescas e suco de laranja. Coloquei tudo em uma bandeja e voltei ao quarto. Sadie ainda dormia profundamente, seu rosto sereno e tranquilo.

Sentei-me ao seu lado na cama e a observei por um momento, sentindo uma onda de amor e coragem.

-- Sadie, bom dia. - murmurei suavemente, tocando seu ombro levemente para acordá-la. Ela abriu os olhos lentamente, piscando algumas vezes antes de focar em mim. E um sorriso sonolento apareceu em seu rosto --

-- Bom dia. - disse ela, a voz rouca de sono --

-- Trouxe café da manhã para você. - sorri, mostrando a bandeja. Os olhos de Sadie se arregalaram em surpresa --

-- Você não precisava fazer isso. - disse ela, tentando se sentar --

-- Quis fazer algo especial para você. Hoje é um novo começo. - respondi, ajudando-a a se acomodar melhor na cama --

A madrasta - Sadie SinkOnde histórias criam vida. Descubra agora