Minha aprendiz

Não consigo mandar no meu coração

Horas mais tarde, Amália chega em casa e vai preparar algo para comer. E como dizem que mente vazia é oficina do diabo...Sua mente ficou pensando em Thomas Shelby.

-- Até que ele consegue ser gentil quando quer.- Amália sorri ao se lembrar de Thomas.

É acordada de seus pensamentos quando escutou a porta bater.

-- Já estou indo.- Ela grita, enquanto limpa suas mãos na toalha.

E assim que abre a porta, se surpreende com a visita.

-- Amália.- ele sorri sem mostrar os dentes.

-- Como me encontrou?

-- Eu sou um Peaky blinder.

-- E o que veio fazer aqui? Eu não queria te ver.

-- Eu quero conversar, eu posso entrar?

-- Entra.

Amália se senta no sofá e Jonh permaneceu em pé.

-- Eu vim te pedir desculpas, eu errei, estava com a cabeça cheia de álcool...

-- Jonh, eu não quero ouvir as suas desculpar, mas olha, quer saber? Eu não guardo nenhum rancor.

-- Por que você foi embora?

-- Porque eu não estava mais aguentando.

-- Não estava aguentando o que?

Quase que Amália revela seu segredo.

-- Eu senti saudade da minha vida calma,  Jonh.

-- Eu sinto a sua falta, de verdade.- Jonh se agacha em frente á Amália e apoia as suas mãos em sua perna.

-- Você errou feio comigo, me provou o contrário de tudo que me disse.

-- Amália, se você me disser que existe alguma possibilidade de você voltar pra mim, eu vou me esforçar ao máximo pra te ter de volta, mas se você dizer que não existe nenhuma chance, eu vou embora e te deixo em paz.- Ele põe a mão no rosto dela.

-- Jonh, eu gosto de um outro homem.

-- Você já arrumou outro?

-- Não, eu gosto dele já tem um tempo, antes de nós dois começarmos a namorar.

-- E quem é ele?

-- Jonh...você teve a sua resposta, agora, vai embora, por favor!

-- Tudo bem, eu espero que você esteja fazendo uma boa escolha.

Amália fecha a porta e volta a fazer o que estava fazendo.

Por volta das quatro da tarde, Amália foi cuidar de suas roseiras, em frente á sua casa, ela gostava de cultivar rosas e na casa de sua avó, tinha uma horta que ela cuidava.

-- Boa tarde, srt.Amalia.- Um rapaz a cumprimenta tirando o chapéu.

Ela o responde com um sorriso.

Enquanto cuida de suas rosas, Amália cantarola alguma música calma e ao longe, vê seu pai e sua avó, ela a trazendo na cadeira de rodas.

-- Papai, vovó, que bom ver vocês!

-- Sua avó falou que sentiu sua falta e quis vir te ver, a leve de volta antes das seis da noite, filha.

-- Sim, pode deixar. Vem vó.- Ela assume o controle.

Seu pai da um beijo em sua testa e volta para a casa, deixando as duas sozinhas.

-- Cuidando das rosas, filha?

-- Sim, eu plantei mudinhas assim que cheguei, olha como estão lindas.

-- Conseguiu se inscrever?

Amália leva a sua avó até na sala.

-- Sim, consegui, mas eles ainda vão sortear os cavalos que cada um vai correr, eu não sei o meu ainda.

-- Tome cuidado, filha, cavalos são perigosos, esses de corrida correm muito.

-- Sim, mas eu sei galopar muito bem, o Thomas me ensinou.

-- O Thomas esteve te procurando hoje.

-- O Thomas? O Jonh veio aqui hoje, o irmão dele, mas eu não quero ele, mandei ir embora.

-- Sim, mas não me falou qual era o assunto, mas me disse que volta.

Um sorriso surge na boca de Amália.

-- Eu não acredito, o que ele poderia querer comigo agora? Já faz mais ou menos um mês que fui embora de lá, e eles nunca vieram até a mim, e hoje os dois resolveram vir.

-- O Thomas veio sozinho, esse Jonh veio te perturbar?

-- Ele queria se desculpar, mas eu não dei muita bola, disse que já estava apaixonada por um outro homem.

-- Se isso vier a tona algum dia, se prepare, não vai ser tão fácil.

-- É, eu sei, vovó. Mas eu não consigo mandar no meu coração.