死 | 𝓒𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝓞𝐍𝐄 ♱

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Sair daquele lugar foi

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Sair daquele lugar foi... libertador. Ver como o mundo mudou nesses setecentos anos foi inesperado, telas magicas que mostravam imagem que mudavam ao aperta em um botão, carruagens elétricas que funcionavam sem cavalos ou outros animais de 4 pernas.

Era tudo tão diferente que chega a ser assustador, demorei um tempo para me acostumar, por sorte, tive alguém que me ajudou a entender aquele mundo.

Uma garotinha de 17 anos que era apaixonada por tudo que era do mundo obscuro, morava sozinha no interior da Inglaterra e me acolheu sem pensar duas vezes. Ela me ajudou muito, me ensinou como sobreviver ao mundo moderno, foi minha companhia durante 60 anos.

- Estivemos juntas por muito tempo, aproveite seu paraíso Daphne. - Me despedi pela última vez olhando para a lápide.

Agora estou sozinha, de novo. Mas como sempre, estar sozinha não significa ter paz.

- Oque você quer? Não sabe respeitar um enterro? - Olhei para o gato laranja que logo tomava feições humanas.

- Isso é jeito de cumprimentar um velho amigo? - Revirei os olhos para o gato que fingia indignação.

- Não somos amigo, me fala oque quer e vai em bora. - Falei começando a andar para longe do tumulo.

Nunca fui muito com a cara do rei dos gatos, mas Daph adorava gatos, ao ponto de dar comida e fazer carinho em todos os que via, até mesmo adotava alguns, depois da sua morte a casa ficou vazia das bolinhas de pelos que nunca mais voltaram. Seus cuidados ganharam simpatia do Rei que enchia o saco sempre que podia, principalmente o meu por ser um fantasma de certa forma peculiar.

- Você é sem graça. Já pensou em arrumar um namorado? Ou namorada? Talvez melhore ess.....

- Fala logo oque você quer antes que eu te deixe com uma vida a menos, sua bola de pelo de quatro patas! - Gritei já irritada.

- Tá. Bom recentemente um certo fantasma usou magia em um dos meus súditos.

- Oque eu tenho a ver com isso?

- Nada, mas acabei me interessando pelo garoto fantasma que fez o encantamento, você tinha que ver, ele era tão fofo e... sexy. - Seu olhar quase me fez vomitar, odeio melosidade. - Mas em fim, você me conhece né!? Quando me interesso por alguém, eu faço o dever de casa e nas minhas pesquisas, uma coisinha me chamou muito a atenção.

- Oque é tão impressionante para prender a atenção do grande rei gato? - Falei irônica.

- Sei lá, o nome Edwin Payne chama muito atenção né?

Com a citação do garoto, parei de andar e me virei para encarar o Gato que ria como se tivesse confirmados uma teoria.

Oque Edwin está fazendo nos Estados Unidos? Sabia que ele se juntou a outro fantasma e criou a Agência dos Garotos detetives mortos. Desda quele dia que saímos do inferno, não nos encontramos mais, eu costumava o observar de longe, sé não fosse por ele, ainda estaria vagando pelo inferno como um sego em um cinema, mas faz uns meses que não sei nada sobre ele, desde que vim para os Estados Unidos.

- Você e Edwin se conhecem né? Claro que sim. Sairão do inferno junto praticamente.

- E o que isso tem a ver com você? Sim, eu e ele nos conhecemos, saímos juntos do inferno, na verdade... Foi ele que me tirou de lá de certa forma. Mas não somos íntimos, não nos falamos mais desde daquele dia, se quer saber de algo sobre ele, desiste. - Voltei a andar cansada do assunto.

- Não ia te pedir informações, mas queria um favor, que não seria grande coisa, seria benéfico para os dois. Só quero que fique de olho nele para mim.

- Oque?

- Eu gosto dele, mas vamos dizer que ele não vai muito com minha cara desde que voltei o bracelete que literalmente prende ele na cidade até ele contar todos os gatos, já que ele não quer fazer a segunda opção.

- Você fez oque? Sabe muito bem dos problemas sobrenaturais que essa cidade tem!

- Por isso mesmo, você se preocupa com o Edwin, eu também, então vamos fazer o seguinte. Eu fico de fora só observando de longe e você para com esse comportamento ranzinza e antissocial protege ele de perto, aí nos dois ganhamos. - Ele só pode esta brincando.

Mas de certa forma, ele tem razão, sentimentos nunca foi minha praia, não depois que entrei em estado vegetativo no inferno, mas desde que voltei para terra isso ta diminuindo, pelo menos na parte afetiva. Primeiro Edwin e depois a Daphne, duas pessoas que são e eram importantes para mim, agora só tenho o garoto fantasma que foi responsável por me tira daquele mundo sem vida.

Protegê-lo uma obrigação para mim, devo isso a ele, e ver que ele se mete em mais problemas do que eu imaginava já me faz me sentir preocupada por só olhar de longe não está adiantando.

- Oque me diz? Vai larga esse coração de pedra e aceitar?

- Não.

- Oque!? - Gritou indignado.

- Não por você. Se for para protegê-lo, não vou fazer isso por você, mas sim para ele! Vou ficar de olho nele, mas não venha me cobrar como se isso fosse nada mais que uma cobrança de favor. Agora se me der licença, tenho que ir.

- Se quer sabe, eles estão com uma garota humana, que esta morando em cima do açougue da Jenny. - E as coisas só pioram.

 - E as coisas só pioram

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𝓓𝐄𝐓𝐄𝐓𝐈𝐕𝐄𝐒 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐎𝐒 ┃ 𝓝𝐈𝐊𝐎 𝐒𝐀𝐒𝐀𝐊𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora