CAPÍTULO 1

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↬O͎ D͎E͎S͎A͎S͎T͎R͎E͎↫

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"Cada passo que Ozaki dava era um tormento, como se a terra a puxasse para baixo com um peso insuportável.

Cada respiração era um esforço, o ar entrava e saía de seus pulmões como lâminas afiadas.

As pernas, pesadas como chumbo, estavam prestes a ceder, e seu corpo ferido e exausto mal respondia aos seus comandos.

Ela não sabia se conseguiria continuar. Estava no limite de suas forças. Nunca se sentira tão impotente, com cada fibra de seu ser enfraquecia a cada segundo que passava.

A tempestade rugia ao seu redor, as gotas de água batiam em seu rosto com violência, misturando-se às lágrimas que escorriam incessantemente.

Mas ela não podia parar. Não agora.

Havia muito mais em jogo: era uma questão de vida ou morte.

Cada gota de chuva parecia uma agulha de gelo contra sua pele quente, aumentando o desespero que crescia em seu peito.

Ela se forçava a seguir em frente, mesmo sem saber para onde estava indo, apenas fugindo da destruição que a perseguia.

Horas haviam se passado, horas desde aquilo... - o desastre.

Aconteceram coisas que fizeram a menina ser obrigada a sair correndo tentando fugir, entrando dentro da floresta.

A mata ao seu redor ficava cada vez mais densa e escura enquanto avançava. As árvores altas se fechavam sobre ela, como se tentassem prendê-la.

A tempestade parecia aumentar cada vez mais e mais, parecendo brincar com Ozaki.

— Por quê? Por quê?! — gritava, mas sua voz se perdia no vento, enquanto lágrimas quentes turvavam sua visão.

Não enxergava por causa da escuridão.

Foi aí que, tropeçou em um tronco, que a fez cair no chão. Sentindo a dor lancinanomar conta de seu corpo.

A dor física era quase insuportável, mas a dor em seu coração era ainda pior.

Tudo o que ela amava havia sido destruído em questão de minutos, a deixando sem esperança.

Por que continuar lutando? Por que fazer tanto esforço?

Ela era apenas uma criança, perdida no meio de uma floresta gigantesca com a maior das tempestades caindo do céu.

Ela não tinha mais nada.

A única lembrança de felicidade não passava de um borrão.

A tristeza era esmagadora.

Não tem como piorar.

Mas então, um barulho ensurdecedor atravessou o céu, e um relâmpago atingiu uma árvore próxima, partindo-a ao meio.

Ozaki mal comseguiu gritar com o espanto, pois o tronco caiu em sua direção.

Num movimento desesperado, ela tentou se levantar, mas seu corpo estava cansando demais e já não respondia como antes.

Conseguiu apenas rolar para o lado, sentindo a dor aumentar ao torcer o pé na queda.

O choro de tristeza se transformou em gritos de dor, mas sua voz foi abafada pela tempestade, de novo.

Pelo visto, nem gritar adiantava mais.

A dor era intensa, irradiando por sua perna, roubando a pouca força que restava.

Abriu os olhos lentamente, mas viu uma luz no meio da escuridão.

Uma luz fraca, mas uma esperança. Com esforço, ela se levantou, apoiando-se nas árvores e galhos próximos, lutando contra a dor e o cansaço.

Cada passo era um esforço.

A luz se revelou ser uma cabana, prometendo calor e segurança em meio ao caos ao redor.

A garota apenas deixou o corpo a guiar, e quando deu por si, estava na varanda da cabana.

Com as mãos trêmulas, Ozaki empurrou a porta entreaberta e entrou. O interior era simples, iluminado por uma lâmpada fraca pendurada no teto.

Deu alguns passos, deixando marcas de lama no chão - marcas arrastadas por causa da perna manca.

Seu corpo estava completamente enxarcado, mas a cabana estava quente por dentro.

Sentiu um certo conforto.

Longe da tempestade, a dor de cabeça pulsava intensamente. Mas nem se comparava a dor de sua perna

Observou ao redor, vendo a cozinha e a sala separadas por um balcão.

Uma casa tão modesta, mas prometendo entregar tudo o que Ozaki perdeu.

Ao se lembrar de sua vida cotidiana, uma dor invade o coração da mesma.

"Não sobrou nada do que eu tinha".

A garota afastou os maus pensamentos para longe e voltou a observar o lugar.

No centro da sala, um homem de olhos sábios e cabelos grisalhos a observava com uma certa curiosidade e espanto. Tentava entender toda aquela situação.

Mas algo, ainda trazia aconchego no seu olhar.

— O que aconteceu? Quem é você querida? — A voz do homem soou generosa por todo o cômodo, mas, soou meiga.

— Olá... — a garota tentou dizer, mas em questão de segundos, seu corpo desmoronou. Caiu no chão com um estrondo.

Não suportou o peso sobre seus própios pés.

Caiu com o rosto no chão e o resto do corpo ficou paralisado, não conseguia se mecher mais.

Ozaki sentiu todas as suas forças cessarem ali mesmo.

"Eu preciso me mover, eu preciso levantar! Não posso ficar assim."

" Mas eu... não consigo."

Querendo ou não, já havia aguentado muito, não suportava mais.

A visão, antes borrada por causa do choro, agora começou a escurecer. E, distante, ela ouviu uma voz doce soar como um eco:

— Querida?... — ouviu, com um tom de preocupação na voz de quem falava. Ouviu também, passos se aproximarem.
— Está tudo bem?

"Não se preocupe, está tudo bem!", ela até que queria gritar, mas não tinha forças e... não tinha coragem, pois estaria mentindo.

Não estava nada bem."

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⏰ Última atualização: Jul 16 ⏰

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