𝐘𝐄𝐒 𝐓𝐎 𝐇𝐄𝐀𝐕𝐄𝐍, joel

0.1 - A vitória

– Nova Iorque, dias atuais
Ponto de vista da autora

— Ugh! — A morena resmungou do
banheiro do quarto em que estava hospedada enquanto limpava o sangue que escorrera do canto de sua cabeça até sua têmpora.

Alyssa havia se envolvido em uma briga no caminho para o hotel.

Uma das partes ruins da guerra — se é que existe alguma parte boa nela — é que as pessoas têm mais liberdade para cometer atrocidades. As autoridades estão tão preocupadas com a guerra que não vão se dar ao trabalho de deter alguém que não esteja ameaçando seu país.

Mas ela não tinha muito do que reclamar. Conseguiu chegar ao hotel onde sabia que seus colegas estavam hospedados, mesmo estando sozinha.

Ela sai do banheiro em direção ao quarto, sabendo que, por ser 4 de julho — dia que deveria ser de comemoração para os estadunidenses, se não fosse pela guerra — o presidente do país deveria estar fazendo seu pronunciamento.

— Estamos mais próximos do que nunca da vitória. — Diz o presidente dos Estados Unidos, sorridente na TV.

— Da vitória, eu acho que não, mas da minha entrevista com você, definitivamente sim. — Alyssa afirma com expressão fechada enquanto desliga o aparelho antes que o homem terminasse seu discurso ensaiado.

Ela se levanta para fechar as cortinas e vê pela janela um carro familiar se aproximando do hotel.

Ela sabia que eles tinham chegado.

Ela anda em direção as poltronas da recepção do hotel, avistando seus colegas de profissão lá.

Lee estava digitando em seu notebook enquanto resmungava alguma coisa - provavelmente reclamando da internet, pensou Alyssa - e Joel conversava com Sammy, um veterano da The New York Times (ou do que sobrou dela).

Joel.

— Ele está mais gostoso do que da última vez que o vi — A morena murmura, falsa indignação em seu tom.

A Johnson finge naturalidade, ou surpresa, ao ver que Lee está vindo em sua direção.

— Alyssa? O que faz aqui? — Lee pergunta.

— Ah, oi Lee! Que bom te ver — Fala Alyssa. Seus lábios de curvaram em um leve sorriso sem mostrar dentes.

Lee não responde, continua séria, esperando a resposta de Alyssa.

— Bom, eu — Ela faz uma pausa, pensando em como falar. — Você sabe, a Alessandra me deixou vir para ir entrevistar o presidente, então queria saber se vocês não

— Não vamos levar você. — Lee a interrompe.

— Olha, eu vou ficar quietinha, não vou atrapalhar com minha presença, sério. Você nem vai lembrar que eu estou lá.

— Não. — Lee nega, sua expressão endureceu.

— Por favor, Lee. — A morena sussura, quase como uma súplica. — Quero mostrar que sou capaz de ser uma fotógrafa de guerra.

Lee olha para Alyssa, negando com a cabeça. Ela sai do local, em direção às escadas.

Naquele momento Alyssa soube. Ela não iria desistir.

𓂃 ✦ Eu sei que é meia-noite e trinta, eu preciso dormir, mas também precisava postar isso daqui para não me arrepender.
Espero que gostem, revisei com um pouco de preguiça por conta da rotina.
Lembrem de curtir e comentar, porque isso me motiva demais para continuar com essa fanfic 😩