Capítulo 5: A Biblioteca das Montanhas de Ébano

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Os primeiros raios de sol iluminavam as Montanhas de Ébano, lançando sombras longas e misteriosas sobre a paisagem. Morgana, Thalion, Lyra e Fenrir avançavam pela trilha íngreme, cada passo os levando mais perto de seu destino. As montanhas eram um lugar antigo e cheio de segredos, com cavernas e passagens escondidas que abrigavam tanto perigo quanto conhecimento.

Thalion liderava o grupo, sua familiaridade com o terreno evidente. Morgana seguia de perto, a Espada de Lúmen em suas costas, enquanto Lyra e Fenrir guardavam os flancos. A tensão era palpável, mas também havia uma determinação silenciosa entre eles.

— A biblioteca está escondida em uma caverna protegida por antigos feitiços — explicou Thalion, enquanto subiam. — Precisaremos passar por várias barreiras mágicas para chegar até ela.

— E que tipo de barreiras estamos falando? — perguntou Lyra, seus olhos dourados brilhando de curiosidade.

— Feitiços de proteção, ilusões e, possivelmente, guardiões mágicos — respondeu Thalion, sua voz calma mas séria. — Não será fácil, mas estou confiante de que conseguiremos.

Fenrir rosnou levemente, seu olhar fixo na trilha à frente.

— Não temos escolha. Precisamos desse grimório para derrotar Azazel. Vamos continuar.

Depois de várias horas de caminhada, chegaram à entrada de uma caverna escondida entre rochas cobertas de musgo. Thalion parou e ergueu as mãos, murmurando palavras antigas. A entrada da caverna começou a brilhar com runas antigas, revelando a barreira mágica que a protegia.

— Deixe-me ajudar — disse Morgana, aproximando-se. Ela colocou as mãos sobre as runas, sentindo a magia fluindo através delas. Juntos, Thalion e Morgana trabalharam para desfazer a barreira, suas energias se combinando em um espetáculo de luz e poder.

Com um brilho final, a barreira se dissipou, permitindo-lhes entrar na caverna. O interior era escuro e úmido, mas uma luz fraca emanava das paredes, iluminando o caminho à frente.

— Estamos perto — disse Thalion, liderando o grupo para dentro.

Enquanto avançavam, Morgana sentiu a presença de algo antigo e poderoso ao seu redor. As paredes da caverna pareciam sussurrar segredos esquecidos, e a energia mágica era quase tangível no ar.

— Estamos perto — repetiu Thalion, sua voz um sussurro na escuridão. — A biblioteca deve estar logo à frente.

O grupo chegou a uma câmara maior, onde o brilho das paredes se intensificava, revelando estantes de livros antigos e pergaminhos empilhados. No centro da sala, uma grande mesa de pedra sustentava um livro encadernado em couro, que emanava uma luz dourada suave.

— Esse é o grimório que precisamos — disse Lyra, seus olhos fixos no livro.

Morgana deu um passo à frente, sentindo uma leve resistência no ar. — Cuidado — advertiu ela. — Há feitiços de proteção ao redor do livro.

Thalion assentiu e começou a recitar palavras antigas, suas mãos se movendo em gestos precisos. As runas ao redor do grimório brilharam intensamente antes de se dissiparem em faíscas de luz.

— Pronto — disse ele, olhando para Morgana. — Pode pegá-lo agora.

Morgana se aproximou cautelosamente e pegou o grimório. Sentiu uma onda de poder e conhecimento fluírem através dela, conectando-a à sabedoria antiga contida nas páginas.

— Conseguimos — disse ela, olhando para os outros. — Temos o que precisamos.

Mas antes que pudessem celebrar, um rugido profundo ecoou pela caverna. Morgana virou-se para ver uma figura enorme emergindo das sombras. Era um guardião, uma criatura feita de pedra e magia, seus olhos brilhando com uma luz feroz.

— Vocês não passarão — a voz do guardião reverberou pela caverna.

Fenrir avançou, rosnando, mas Thalion levantou a mão para detê-lo.

— Não, Fenrir. Este é um desafio que precisamos enfrentar com sabedoria, não força.

Lyra começou a recitar um feitiço, suas palavras ecoando pela caverna. O guardião avançou, mas Morgana ergueu o grimório, canalizando a energia que sentia dentro dele. Uma barreira de luz surgiu ao redor do grupo, protegendo-os do ataque.

— Precisamos trabalhar juntos — disse Thalion, concentrando sua magia. — Lyra, continue o feitiço. Morgana, mantenha a barreira. Fenrir, esteja pronto para atacar quando a defesa do guardião cair.

O guardião lançou outro ataque, mas a barreira de Morgana o repeliu. Lyra intensificou seu feitiço, as runas brilhando ao seu redor. Fenrir estava pronto, suas garras brilhando com energia mágica.

Com um grito final, Lyra completou o feitiço, e as runas ao redor do guardião brilharam intensamente antes de se apagarem. O guardião parou, suas defesas caindo.

— Agora, Fenrir! — gritou Morgana.

Fenrir avançou, suas garras rasgando a pedra encantada do guardião. Com um último rugido, a criatura se desfez em pedaços, a luz em seus olhos se apagando.

O grupo respirou aliviado, a tensão diminuindo.

— Conseguimos — disse Thalion, olhando para o grimório nas mãos de Morgana. — Agora temos o conhecimento e os artefatos. Precisamos nos preparar para o confronto final com Azazel.

Morgana assentiu, sentindo uma onda de determinação.

— Vamos voltar a Vilémor e nos preparar. Não vamos deixar que ele vença.

Com o grimório em mãos e a vitória sobre o guardião, o grupo deixou a caverna e começou sua jornada de volta. Sabiam que o desafio final estava próximo, mas também sabiam que estavam mais fortes e unidos do que nunca.

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⏰ Última atualização: Jul 06 ⏰

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SOMBRAS DA MAGIA: O RENASCIMENTO DOS GUARDIÕESOnde histórias criam vida. Descubra agora