SOMBRAS DA MAGIA: O RENASCIMENTO DOS GUARDIÕES

Capítulo 2: O Chamado da Floresta

O grupo de Morgana, Thalion, Lyra e Fenrir avançava pela densa Floresta de Sombras, onde a luz da lua se infiltrava pelas copas das árvores, criando um jogo de luz e sombras no caminho à frente. As árvores antigas sussurravam segredos há muito esquecidos, e a atmosfera era carregada de uma energia mágica palpável.

Morgana caminhava à frente, seus sentidos aguçados sentindo cada vibração da floresta. Ela sabia que estavam sendo observados, mas não conseguia identificar a fonte. Seu olhar se voltou para Thalion, que seguia ao seu lado. A presença dele era um conforto silencioso, uma âncora em meio ao desconhecido.

— Thalion, o que exatamente estamos procurando? — perguntou Morgana, sua voz um sussurro quase inaudível.

Thalion parou por um momento, seus olhos azuis analisando a floresta ao redor.

— Um dos artefatos, a Espada de Lúmen, está escondida em algum lugar desta floresta. Acredita-se que ela seja protegida por uma criatura antiga e poderosa. Precisamos encontrá-la antes que Azazel o faça.

Lyra, que caminhava logo atrás, soltou um suspiro.

— Espero que essa criatura antiga não esteja de mau humor — comentou ela com um sorriso sarcástico, seus olhos dourados brilhando na penumbra.

Fenrir, sempre vigilante, rosnou levemente.

— Qualquer que seja a criatura, estamos prontos. Não vamos deixar que nada nos impeça.

O grupo continuou avançando, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Morgana sentia o peso da responsabilidade sobre seus ombros, mas também uma determinação inabalável. Ela sabia que não poderia falhar. Seus olhos verdes analisavam cada sombra, cada movimento, pronta para qualquer desafio que surgisse.

De repente, um som estranho ecoou pela floresta. Era um rugido profundo e gutural, que fez o chão tremer sob seus pés. Thalion parou abruptamente, seus olhos fixos em algo à frente.

— Está perto — disse ele, sua voz calma, mas carregada de tensão.

Morgana seguiu o olhar de Thalion e viu uma clareira à frente, iluminada pela luz da lua. No centro da clareira, uma figura imponente emergia das sombras. Era um dragão, suas escamas brilhando como prata sob a luz da lua, seus olhos vermelhos fixos no grupo. A Espada de Lúmen estava cravada no chão ao lado da criatura, emitindo um brilho dourado.

— Precisamos distrair o dragão para pegar a espada — sussurrou Lyra, seu olhar calculista.

Morgana assentiu, seu coração batendo rápido. Ela sabia que seria um desafio monumental, mas não havia outra escolha. Eles precisavam daquela espada.

Thalion deu um passo à frente, erguendo a mão em um gesto pacífico.

— Viemos em paz, guardião. Não queremos conflito, apenas a espada que você protege.

O dragão soltou um rugido que sacudiu as árvores, suas asas se abrindo em um gesto ameaçador. Morgana sentiu a magia pulsando ao seu redor, um lembrete constante do poder que habitava naquela floresta.

— Não vai funcionar, Thalion — murmurou Fenrir, seus olhos âmbar fixos no dragão. — Vamos precisar lutar.

Antes que Morgana pudesse responder, o dragão avançou, suas garras rasgando o chão. Morgana ergueu as mãos, invocando uma barreira de energia que brilhou ao seu redor. A criatura colidiu com a barreira, rugindo de frustração.

— Lyra, agora! — gritou Morgana.

Lyra ergueu as mãos, suas palavras de poder ecoando pela clareira. Uma tempestade de fogo surgiu ao redor do dragão, forçando-o a recuar. Fenrir avançou, suas garras e presas prontas para atacar.

Morgana olhou para Thalion, que estava concentrado em manter a barreira. Ela sabia que precisavam agir rápido. Com um gesto, ela dissolveu a barreira e avançou em direção à espada. O dragão rugiu novamente, suas chamas iluminando a noite.

— Pegue a espada, Morgana! — gritou Thalion, sua voz firme.

Morgana correu, seu coração batendo freneticamente. Ela se aproximou da espada, sentindo o poder que emanava dela. Com um movimento rápido, ela a arrancou do chão, a lâmina brilhando em suas mãos.

O dragão soltou um rugido final antes de desaparecer em uma nuvem de fumaça. A clareira ficou em silêncio, exceto pelo som da respiração pesada de Morgana.

— Conseguimos — murmurou ela, olhando para a espada em suas mãos.

Thalion se aproximou, seus olhos azuis brilhando com orgulho.

— Você fez bem, Morgana. Esse é apenas o começo. Temos muito mais a fazer.

Morgana assentiu, sentindo uma nova onda de determinação. A jornada estava apenas começando, e ela sabia que enfrentaria muitos desafios, mas com Thalion e seus aliados ao seu lado, ela estava pronta para qualquer coisa.