Texas - Dallas
15:50PM
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UM DIA chuvoso emergia lentamente, como se o próprio céu estivesse pesaroso e relutante em despertar. As nuvens cinzentas e carregadas se espalhavam pelo horizonte, tingindo o ambiente com tons sombrios. O vento, impiedoso, soprava com força, sacudindo árvores e fazendo as folhas caírem em espirais incontroláveis.
A chuva começou como um fino véu, mas logo se intensificou em um dilúvio implacável. Gotas pesadas batiam contra o solo já encharcado, formando poças que se expandiam rapidamente, transformando as ruas em riachos tumultuados. O som incessante da água batendo nos telhados e nas janelas criava uma sinfonia melancólica e opressiva.
A cidade, habitualmente agitada, agora parecia imersa em um silêncio inquietante. As pessoas se apressavam pelas calçadas, encolhidas sob guarda-chuvas virados ao avesso pelo vento furioso. O céu, durante o dia, permanecia um manto de cinza uniforme, sem uma única fenda para permitir a luz do sol.
Os raios ocasionalmente cortavam o céu, seguidos por trovões que ressoavam como rugidos distantes de uma fera adormecida. Cada relâmpago iluminava momentaneamente a paisagem, revelando um mundo em tons de cinza e sombras dançantes que pareciam se contorcer sob o domínio da tempestade.
Naquele mesmo dia, em uma pequena cabana afastada da cidade, uma mulher estava prestes a dar à luz. Ela segurava a mão de seu parceiro, ambos ansiosos e nervosos com o que estava por vir. Com olhos fechados e respiração controlada, sentia cada contração como uma onda poderosa de dor e expectativa. Seu corpo estava tenso, mas sua mente estava focada no momento iminente em que finalmente conheceria seu filho.
O tempo parecia dilatar-se, cada segundo prolongando-se em uma eternidade enquanto ela lutava através das dores do parto. Seu parceiro, ao seu lado, oferecia palavras de encorajamento e apoio, segurando sua mão com firmeza para transmitir segurança e amor.
Finalmente, com um último esforço, o choro de um recém-nascido rompeu o ar. Um alívio profundo e uma alegria inexprimível encheram o quarto. A parteira entregou o bebê nos braços da mãe, cujos olhos se encheram de lágrimas ao ver aquele pequeno ser pela primeira vez.
Enquanto a tempestade lá fora continuava a rugir, dentro daquela cabana havia um oásis de paz e felicidade. A mulher segurava sua filha contra o peito, sentindo a conexão imediata e indescritível entre mãe e filha. O parceiro sorria com ternura, maravilhado com a força e a coragem da mulher que ele amava.
— No entanto, nem tudo que é bom dura para sempre. —
Enquanto a tempestade lá fora continuava sua fúria, os boatos na pequena cidade cresciam como um incêndio descontrolado. Alguns moradores, supersticiosos e temerosos do desconhecido, começaram a murmurar sobre bruxaria e maldições. A cabana isolada onde a mulher havia dado à luz tornou-se o foco de sua ira irracional.
Movidos pelo medo e pela ignorância, uma turba enfurecida se reuniu ao redor da cabana, empunhando tochas improvisadas e gritando palavras de condenação. Eles acreditavam que a criança, nascida em um dia tão sombrio e durante uma tempestade tão intensa, era a encarnação de forças malignas que precisavam ser erradicadas para proteger a comunidade.
A mulher, ainda fraca do parto, e seu parceiro, desesperados para proteger sua filha recém-nascida, tentaram em vão apaziguar a multidão. Mas a raiva dos moradores era implacável. Em um ato desesperado para salvar seu bebê, o pai decidiu fugir com ele para longe daquele tumulto insensato.
Correndo pela floresta escura e encharcada pela chuva, o pai carregava seu precioso fardo nos braços, enquanto os gritos da turba enfurecida ecoavam atrás deles. A tempestade parecia ecoar a selvageria dos sentimentos humanos naquela noite terrível.
No entanto, a fuga foi interrompida abruptamente quando o pai escorregou em uma encosta íngreme e rochosa. Ele caiu pesadamente, o impacto cruel da terra molhada e o som de ossos quebrando cortando o ar.
Ferido e incapaz de continuar, o pai sabia que sua hora havia chegado. Com lágrimas nos olhos e um último suspiro de amor e desespero, ele colocou sua filha nos braços de uma árvore próxima, implorando silenciosamente ao universo para protegê-lo.
Foi então que um vampiro, atraído pela agitação e pelo cheiro de sangue, apareceu na floresta. Ele observou a cena com interesse misturado com compaixão, vendo o bebê indefeso ao lado do corpo sem vida de seu pai.
Sem hesitar, o vampiro levantou o bebê nos braços, sentindo a pequena vida pulsar contra seu peito frio. Ele sabia que não poderia simplesmente deixar a criança à mercê da sorte. Com um misto de dever e curiosidade, o vampiro decidiu cuidar do bebê, levando-o para longe daquele lugar sinistro e das turbas que ainda clamavam por vingança.
Assim começou uma nova jornada para o bebê, agora confiada aos cuidados de um ser cujo destino estava entrelaçado com mistérios e segredos que o tempo revelaria lentamente.
Olá, leitor (a)
Espero que esteje gostando tanto quanto eu, prometo que toda essa espera valerá apena!
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𝐒𝐀𝐕𝐄 ; ℰ.ℛ𝒞𝓊𝓁𝓁ℯ𝓃
Fanfiction𝐒𝐀𝐕𝐄 - +16 "twilight fanfic" Calliope tinha um ponto fraco. Por mais que odiasse admitir, ela sabia. Quando Edward a chamou, não pensou duas vezes e foi ajudá-lo. Só não imaginava que sua paixão estaria perdidamente apaixonado por outra, m...