Volume 1, Capítulo 3

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Caçador De Caçadores

Iniciando o serviço, Yamasaki avança determinado, guiado pelo misterioso grito que, com sua vasta compreensão do mundo espiritual, identifica como sobrenatural

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Iniciando o serviço, Yamasaki avança determinado, guiado pelo misterioso grito que, com sua vasta compreensão do mundo espiritual, identifica como sobrenatural. Cautelosos, seus passos ecoaram pelo corredor, os olhos atentos exploram cada sala, paredes e portas.

Em meio ao silêncio, surpreende-se pela ausência de qualquer sinal de vida, mesmo considerando a presença dos faxineiros em serviço.

Avançando, a escuridão parece acompanhá-lo de perto, perseguindo de forma implacável e envolvendo o ambiente em um breu que, gradualmente, diminui seu campo de visão.

— O tempo simplesmente voa… — ele comenta, passando como um fantasma entre as janelas.

Ao chegar ao final do corredor, próximo à escadaria que conduz ao primeiro andar, percebe-se um ambiente dividido. À esquerda, há um relógio acima de um bebedouro, ao lado de um banco de espera.

Ele marca 23h55.

Restam ainda duas horas para o horário do anoitecer, mas a escuridão já cobre o horizonte diante de seus olhos.

— É, estamos em um território de caça! — afirma Azaael, com sua voz emergindo das profundezas da mente do rapaz, — que ironia, mal sabe ele que somos nós os verdadeiros caçadores! — ele gargalhou.

— Pelo visto… Como essa criatura adquiriu tanto poder assim, sem ceifar vidas? — questiona, observando pela última janela do corredor, ao lado do bebedouro, um céu mergulhado na escuridão, sem a presença da luz fria de Nox dominando o mundo e muito menos os brilhos das almas ascendendo como pontos luminosos na infinidade dos céus.

— Uma aterrorização não pode ter poder, se não causar terror! É só pensar logicamente, pirralho, e verá que o velho está mentindo!

— Eu sei, na verdade, cheguei a ponderar isso. É muito estranho alguém não solicitar um exorcismo, por mais maluco que seja, isso sempre termina em acidentes… — ele responde, e então solta um suspiro profundo, — Mas, entendendo ou não, ele é um merda, no final tanto faz… Façamos isso ser rápido, apenas! — ele sussurra, determinado e desiludido, se entregando aos seus ideais profanos, sua ambição.

Yami, então, olha para os céus novamente, encara o breu, nada além dele, e recua, colocando ambas as mãos em seu sobretudo.

— Então é isso, pegamos a grana, vazamos, e nunca mais pisamos aqui, não, a gente volta se ele for otário de pagar bem de novo! — afirma Azaael, entre gargalhadas, pois tudo era bem divertido.

— Pela primeira vez, eu concordo contigo! — ele diz, olhando à frente, percebendo uma parede onde deveria existir o caminho para o outro lado do corredor, ligando a outra parte do prédio — A sorte é que isso vai terminar rápido… Parece que esse maldito está chamando pela gente!

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