Amortentia - Hinny

Uma vida fechada duas vezes antes de seu fim [Sobrenatural/ romance]

por Tosca [2009]

Resumo: No Halloween, uma aparição recorrente volta à vida de Harry.

Atenção: Leitura para adultos. Conteúdo sexual.

Certa vez, durante os longos meses de acampamento, na busca pelas Horcruxes, Harry viu uma senhora de branco.

Ele estava fora procurando comida, enquanto Hermione observava o acampamento (e lamentava o abandono de Rony, mas eles não falavam disso). Era final do outono, frio nos ossos, e enquanto ele se endireitava de sua coleção de cogumelos ajoelhado no meio de folhas secas, ele olhou para cima e a viu.

Ela parecia perdida, toda de branco, seu vestido rasgado e despedaçado nas bainhas. A lua se levantou, o sol se foi, e ela brilhou fracamente na luz doentia. Ele não se moveu em direção a ela, ou ela em direção a ele; À distância, ele não sabia dizer se ela o tinha visto. Naquele momento, eles estavam perto de uma aldeia, então ele não pensou muito nisso. Era apenas uma estranha picada em suas omoplatas e pescoço, uma estranha torção em seu intestino. Ela parecia familiar, mas não, cabelos longos e pele pálida, apenas um clarão de branco contra uma floresta nua e escura.

Em sua surpresa, ele deixou cair os cogumelos, derramando-os pelo chão coberto de folhas. Com uma maldição silenciosa, ele se inclinou para reuni-los mais uma vez, e quando ele olhou para cima novamente, ela se foi.

De volta ao acampamento, Hermione pegou os cogumelos com um sorriso engasgado, os olhos vermelhos e vidrados, e ele decidiu não dizer nada. E depois de um tempo, com o retorno de Rony e tudo mais, ele relegou como uma invenção e esqueceu tudo sobre isso. Quando Voldemort tentou matá-lo na Cabana dos Gritos, ele pensou que viu um vislumbre da senhora no canto mais uma vez, mas pensou nisso como apenas uma dessas coisas estranhas do momento de estar morrendo e tudo mais. Como ele posteriormente viveu e ajudou a salvar o dia, por assim dizer, ele não achava que isso realmente importava.

Era apenas uma invenção recorrente.

****

Depois de anos de caos e instabilidade, Harry gostava de rotina.

Todas as manhãs, ele acordava de um sono sem sonhos com um alarme implacável, o cabelo completamente despenteado, e os dedos frios de Ginny enfiados entre o colchão e seu tornozelo, sua respiração insistente e quente contra seu pescoço. Ele abria os olhos e suspirava, estendendo a mão para silenciar o minúsculo apito mecânico, seus dedos se atrapalhando ao longo do relógio. Nada o acordou tão bem quanto um despertador trouxa, por mais que Ginny resmungasse sobre isso.

Esta manhã, seus dedos se moveram muito desajeitadamente; Ele bateu o relógio, o alarme morrendo com um barulho. Por menor que fosse, quebrou a rotina. Por um momento, ele se aquietou inteiramente, com o braço estendido no ar puro, frio demais para outubro.

Nas costas dele, ela mexeu. "Cedo", ela murmurou em sua pele; ele sentiu mais do que ouviu as palavras.

Olhando para o teto, respirou devagar. A luz do sol amarela fraca se estendia até a sala, curvando-se pelas paredes pálidas e delineando os galhos de árvores nuas fora de sua janela. Ele odiava outubro. Em outubro, sonhou com flashes de casas verdes e quebradas, de figuras brancas e cinzentas nos cantos. Em outubro, ele viu fantasmas por toda parte.

Ginny enrolou um braço em seu peito, toda facilidade, familiaridade e calor. "o relógio está bem?", murmurou.

Ele respirou longa e uniformemente, virando a cabeça para olhar para ela. "Quebrou, eu acho", ele disse finalmente, a voz rouca de sono.

Ela sorriu contra sua pele, bochecha pressionada em seu braço. "Que pena."

"Por quê?", ele perguntou.

"Você gostava daquele relógio", ela respondeu, esticando e deslocando seus membros nus contra ele, como um gato.

Ele deu de ombros. "É apenas um relógio."

Exceto pelo incômodo em seu intestino, dizendo não, não é apenas um relógio, agora hoje é diferente, a rotina está arruinada, algo está errado –

Seus dedos quentes deslizaram ao longo de suas costelas, pressionando marcas em sua pele e provocando arrepios nele. "O que está na agenda hoje?"

"Trabalho de campo. Indo para as Terras Altas" ele murmurou, o calor percorrendo lentamente seus membros cansados ​​enquanto os dedos dela trilhavam um caminho familiar por seu abdômen.