Monster

800 58 9
                                    


Pov Autora.

"Você só sabe que se tornou mãe quando tem uma criança doente em casa Lee, eu só entendi que era mãe quando precisei cuidar de alguém além de mim" a frase de Sue martelava na cabeça de Leah.

Júlia desde que havia pisado na casa de Paul não conseguia dormia sozinha de maneira alguma, a única vez que realmente conseguiu dormir sozinha foi com a ajuda de Collin, o mais novo membro da matilha, era o mais novo com seus pequenos e frágeis treze anos.

Collin era um garoto adorável na opinião de Leah, porém na opinião de Paul o garoto era um atrevido, o mais novo acabará por deixar que seus pensamentos nada corretos em relação a Leah fossem revelados, junto com sua paixão platônica de adolescente.

Desde que soube que Collin possuía um penhasco por Leah, Paul passou a implicar com o garoto sempre que possível e recebia sermões de Jacob, que deixava claro que Collin não era o único a se sentir atraído por Leah Clearwater.

— A febre abaixou? - Paul questionou parado na porta do quarto segurando o antitérmico na mão direita e uma seringa sem agulha.

— Não, e não sei mais oque fazer para ela ceder, Paul vamos levar ela ao doutor Carlisle - Leah se levantou nervosa e o Lahote negou com a cabeça.

— Ela deve estar manhosa porquê voltamos a trabalhar, Júlia olha pra mim, sabe que ficamos com você todos aqueles dias porque nossos chefes foram legais e permitiram, mas agora Leah e eu precisamos trabalhar - Ele se aproximou e a garotinha apenas fungou, colocou as mãos no pescoço e em passos moles foi ao banheiro, onde se debruçou sobre o vaso.

— Shh, tá tudo bem gotinha - Paul passou a mão nas costas pequenas da irmã e viu a garotinha fungar, ele deu descarga e a pegou no colo, ligou o chuveiro e entrou em baixo da água morna.

— Shhh, tá tudo bem gotinha, eu tô aqui com você, não vai passar por isso sozinha, Leah pegue a toalha! - Ele pediu num tom nervoso e Leah se aproximou em passos rápidos, quase caiu no chão quando reparou que os lábios de Júlia estavam roxos e trêmulos pelo frio.

Leah a pegou com rapidez e correu até o quarto, vestindo a garotinha o mais rápido que conseguiu, a enrolou em uma manta e grudou seu corpo ao pequeno corpo de Júlia, os olhinhos pequenos de sua Jujuba estavam cheios d'água e desespero, as mãos estavam firmes no cabelo da Clearwater.

Paul entrou no quarto usando apenas a calça moletom preta que destacava suas coxas grossas, ele se aproximou de suas meninas e as envolveu em um abraço quente e aconchegante.

— Dói papa... - A pequena sussurrou num tom fraco, apontando para o pescoço.

— Dói? Eu sei que está doendo pequena mas não sei oque fazer! Vamos levar ela para sua mãe - Paul levantou e logo escutou batidas na porta.

O cheiro era familiar, e aquele cheiro Paul jamais esqueceria, poderia viver mil anos e mesmo se vivesse uma eternidade jamais se esqueceria do fedor característico de Adam Lahote.

— Fique com ela aqui e não saía desse quarto por absolutamente nada, me ouviu? - Ele questionou e ela assentiu, apertou a pequena ainda mais contra seu corpo e viu Paul sair do quarto, porém antes que ela pudesse falar algo notou que a chave que estava na porta agora não estava mais lá.

— Ele não ousaria me trancar com uma criança doente dentro desse quarto! Não ousaria! - Leah resmungou baixo e levantou, se aproximou da porta e tentou abrir, um suspiro saiu de seus lábios ao notar a porta realmente trancada.

Paul poderia arriscar tudo em sua vida, menos a segurança de suas garotas, ele jamais arriscaria Leah e muito menos a garotinha deles, a pequena Júlia que o estava conquistando cada dia mais.

𝕿𝖍𝖊 𝖘𝖙𝖗𝖊𝖓𝖌𝖙𝖍 𝖔𝖋 𝖉𝖊𝖘𝖙𝖎𝖓𝖞 Onde histórias criam vida. Descubra agora