Aos olhos de uma pessoa comum, Han Jisung é somente um rapaz do Queens, mas para o Homem de Ferro, seu líder, o jovem tem seus valores. Alguns ensinamentos sobre a vida de um herói são essenciais, claro que o Homem-Aranha ainda tinha muito o que apr...
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Eu conheci os Vingadores de pertinho, isso foi tão maneiro! O mais impressionante, quando paro para pensar, é que uma galera deve ter visto algum vídeo meu circulando no YouTube, um cara vermelho que dá mortal e gruda nas coisas com uma teia. Acontece que sou um nerd e reconheço esse fato, bom, eu e todos a minha volta, mas sei conviver com isso. Moro com a minha tia, o nome dela é Han May, ela é incrível e superprotetora, aposto alguns dólares que ela desmaiaria se soubesse o que eu faço nas horas vagas.
Irado, não é?
Eu sou o amigo da vizinhança, e confesso que fiquei assustado quando o famoso Lee Minho apareceu na minha casa me procurando. Ele estava meio confuso com o meu nome inventado, me chamou até de Aranhazinho, mas acho que deve ser coisa dos mais velhos em não se importar com o que os mais novos falam. O Senhor Lee é meio deselegante comigo, porém creio que bem lá, no fundo, ele tenha um bom coração, se ele tiver um.
Ainda preciso de uma prova que ele tenha um coração.
Acontece que depois que eu estive uma única vez com os Vingadores, o senhor Lee explicou que caso precisassem de mim, o Christopher Bang, seu assistente, motorista e guarda-costas, me ligaria avisando. A verdade é que já se passou muitos meses desde que eu vi o Homem de Ferro e os outros Vingadores pela primeira vez, entretanto, espero todos os dias por uma ligação.
Lembro até hoje da nossa última conversa.
— Posso ficar com o uniforme?
— Pode. Acabamos de falar sobre isso — ele disse enquanto olhava para frente, pouco tempo de convivência e notei sua terrível mania de não querer me encarar. — Não faça nada que eu não faria, ou melhor, não faça nada que eu faria também. — Odiava o fato de me ver apenas como um garoto de vinte anos, eu era praticamente um adulto, ele podia confiar mais em mim. — Agora é hora de ir embora — despediu-se enquanto deitava seu corpo sobre o meu, na intenção de abrir a porta do meu lado do carro. O senhor Lee é cheiroso, os cabelos medianos escuros até encostaram no meu peito. Aquela corrente de ouro e os anéis no dedo o faziam transbordar riqueza. Fiquei tão emocionado com tudo que abracei ele. — Não, não é abraço não, só estou abrindo a porta para você. Não se empolga não, garoto.
Estou uns seis meses com o uniforme que Minho me deu. O traje tem muitas coisas interessantes que fui descobrindo com o tempo, tem até uma babá eletrônica, apelidado por você já sabe quem, que me ajuda quando necessário. Claro que mudei o nome da inteligência artificial, era estranho ficar chamando aquela voz de "assistente", então decidi batizá-lo de Hyunjin!
Não é demais? Eu sei, um ótimo nome, genial.
Pô, queria saber mais sobre os Vingadores, mas por enquanto só sei que o Capitão América tem um ótimo bumbum e que o Homem de Ferro não gosta de me olhar nos olhos.
Lanço uma teia no sanduíche embalado que está sobre a mesa e o guardo rapidamente na mochila. Eu não gosto de se aproveitar do traje e dos comentários de Hyunjin, porém, estou atrasado para faculdade e não faz mal ir se pendurando pelos prédios de Nova Iorque, né?
