Capítulo 31

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1 mês - Sexta-feira - Ponto de Vista Cassidy - p.m 11hs.

Mais um dia pelo qual eu desejei que chega-se o mais depressa possível, finalmente o Tyler iria receber alta, os dias no hospital foi bem difícil, só podia ve-lo hoje por causa das aulas, porque o diretor não permitiu que eu saísse. Hoje meu tempo foi simplesmente corrido, só pude sair a noite, e com tudo o que me aconteceu, não tive nem cabeça para as aulas, Gelvana anda meio estranha e Diego malmente está no colégio, desde aquele dia que terminamos ele anda sempre me evitando, faltando as aulas pela manhã, e eu juro que estou tentando esquecer mais não dá, é sempre assim, e isso me deixa angustiada porque o amo e não estamos juntos. Acho que não era pra acontecer, acho que não era para estarmos juntos, se não aquela briga boba não teria estragado tudo.

"Ultimamente você anda pensando de mais." Tyler levantou da cama ainda com a mão engessada.

"Não posso evitar, as coisas estão indo de mal a pior." Segurei na alça de sua mochila e coloquei em minhas costas.

"Diego é um galinha." Disse ele piscando pra mim, e eu apenas fiquei seria, não tinha onde bater nele. Seu corpo não estava recuperado cem porcento, ele quebrou o braço esquerdo, tem ainda manchas roxas pelo corpo e um curativo no canto da testa, tento imaginar o quanto deve doer, por isso não bato nele quando fala algo sobre Diego.

"E você também por não assumir seu amor pela Gelvana." A palavra amor veio no sentido de que ele não sabe se ama ela de verdade.

"Já fiz ela sofrer de mais não acha?" Ele abriu a porta do quarto e saiu antes de mim.

"Sei lá Tyler, se fosse comigo ia querer que você me falasse, talvez a Gelvana te perdoe como sempre fez." Ele concordou porém não falou nada, era sempre assim, eu fazia com que ele percebesse que contar era a melhor opção, mais ele é muito idiota pra entender que pode perde-la como eu perdi o Diego.

"Odeio dizer isso mas... você tem razão." Ele sorriu ainda envergonhado e eu apenas apertei um dos botões para o elevador abrir.

"Qual é Ty... eu sempre tenho razão." Quando se abriu entramos no mesmos passos e ele apertou o botão fazendo com que se fecha-se.

Ele murmurou algo que eu simplesmente não entendi, olhei para ele com os braços cruzados e quando nossos olhos se cruzaram eu mostrei a língua pra ele.

"Você precisa parar com isso." Ele disse rindo, ainda me olhando. Perguntei o porque e ele me respondeu com um jeito fofo. "Você é a amiga mais idota que já tive em toda a minha vida, acho que a única."

"Ah Ty, assuma de uma vez, você não vive sem mim." Por impulso acabei empurrando seu ombro fazendo ele solta um grunhido de dor me fazendo morder os lábios nervosa. "Desculpa eu te machuquei muito?"

"Um pouco." Ele me olhou com cara de dor e foi respirando aos poucos. "Preciso de um cigarro." Disse ele depois que o elevador se abriu.

"Nem pensar, você ainda ta em recuperação." Falei segurando uma de suas mãos livres e peguei no meu bolso o dinheiro pro taxi.

"Você não precisa fazer isso por mim, sabe disso não é?" Enquanto a gente caminhava pela rua, Tyler segurou o meu braço e me olhou nos olhos.

B. F. F ⭐Amigas⭐1 Onde histórias criam vida. Descubra agora