Em 1911 uma luxuosa locomotiva de passeio partia de Roma com destino a Milão com 100 passageiros da alta classe italiana e mais 6 tripulantes abordo. Mas ao passar pelo túnel de 1 km cavado em uma montanha, eles desaparecem como fantasmas, deixando...
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Com o crânio ainda em minhas mãos, caminhei rapidamente para fora do quarto, acompanhada por Diana e Michael. Enquanto seguíamos em direções diferentes pelo amplo corredor, o som dos meus saltos colidindo constantemente contra o taco bem cuidado de madeira preencheu meus ouvidos, juntamente com a adrenalina dos batimentos cardíacos acelerados.
Torcia para que nenhuma outra loucura maior tivesse a acontecer e que Hould, nos poucos minutos em que permaneceu sozinho, não houvesse, de algum modo maluco, se teletransportado para outro lugar ou se envolvido em mais problemas devido ao seu sarcasmo que gostava de levar a "tira-colo" como acontecera em nosso terceiro caso.
Entretanto, eu possuía plena consciência de que, desta vez, não estava em posição de acusá-lo, uma vez que fora minha ideia adentrar aquele bendito desvio amaldiçoado e dar início a esta aventura ridiculamente fora do comum.
Chamando pelo moreno, a mais baixa tomou a dianteira, andando para os cômodos mais ao longe da escada principal, abrindo algumas portas com curiosidade e certa cautela já que não imaginava o que fosse encontrar. Dediquei-me a fazer o mesmo daquele lado em que estava, checando os que existiam ali. Mas, por mais que nós três insistíssemos, não obtínhamos resposta alguma e este fato somente deixava-me mais nervosa. Em uma última esperança, corri para o quarto em que acordamos, chamando por meu amigo enquanto passava pela porta dupla escancarada. O lugar, no entanto, estava vazio e continuava do mesmo jeito que o havíamos abandonado minutos antes.
— Achei ele! — O grito de Michael ecoou em minha mente de forma urgente, apesar de seu tom calmo. Virei-me de uma vez, saindo às presas e acabando por trombar com a ruiva em frente à grande escadaria como consequência. Mas o incidente não foi capaz de desviar nossa atenção do loiro ao pé da escada para o primeiro andar.
O mesmo exibia um leve sorriso e uma sobrancelha arqueada enquanto nos encarava lá de baixo, apontando com seu dedo um cômodo à sua esquerda, antes de seguir naquela direção, sem dizer mais nada.
Fora um milagre nenhuma de nós duas ter se atrapalhado com as longas saias e rolado escadaria abaixo com a velocidade que pulávamos os degraus desajeitadamente. Bem, no meu caso, foi um milagre, pois Diana se virava muito bem com os finos saltos graças aos seus anos de concursos como modelo mirim e chegou ao térreo primeiro com uma facilidade impressionante.
— Vocês precisam ver o que encontrei. — A voz entusiasmada de Jackson chegou a mim antes mesmo que adentrasse a sala de estar.
O moreno parecia indiferente a toda nossa jornada desesperada por sua procura após seu sumiço, o que me fez querer estrangulá-lo novamente. Porém, as frases irritadas que pretendia desferir a ele desapareceram de meu cérebro no momento em que visualizei a riqueza de detalhes exageradamente distribuídos pelo local que parecia ter o dobro do tamanho dos cômodos do segundo andar.
