"Confie no Senhor de todo o seu cora- ção e não se apoie em seu próprio en- tendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endirei- tará as suas veredas."
♥️Provérbios 3:5-6
Gatilho: Cena de acidente de carro.
Acordei com o som de uma trovoada distante e abri os meus olhos devagar encontrando meu pai dirigindo e minha mãe olhando apreensiva pela janela do carro.
Eu também olhei pela janela vendo somente um pouco da estrada já que a chuva estava muito forte e a noite não ajudava a minha visão.
Agradeci em mente pelo meu irmão ter resolvido ficar na casa dos meus avós, ele não ia querer ver isso.
ー Querido,tenta encostar o carro ー minha mãe pediu com medo na voz.
ー Eu estou tentando, mas essa tem- pestade não ajuda! ー meu pai respon- deu sem tirar os olhos da estrada.
ー O que nós vamos fazer? ー eu perguntei apreensiva.
ー Eu acho melhor... ー minha mãe começou a falar mais foi interrompi- da pelo carro que derrapou na chuva.
ー O CARRO VAI BATER! ー eu tentei avisar, mas já era tarde demais e o veículo se chocou com os limites da estrada.
⚡🌧️🌧️🌧️⚡
Acordei com as minhas pálpebras pesadas e respiração desregulada no- tando manchas vermelhas na minha roupa.
Olhei para frente vendo meus pais desacordados, meus olhos ficaram embaçados e eu tive que me controlar para não chorar.
Tentei acordar os dois, mas foi totalmente em vão enquanto meu cérebro tentava ignorar todos os pen- samentos terríveis.
Como a chance de meus pais nunca acordarem.
Por sorte todos estávamos usando os cintos de segurança.
"Eu preciso pedir ajuda!"
Com esse pensamento em mente eu olhei ao redor só vendo a chuva que ainda caia e a estrada deserta.
Me lembrei do meu celular no porta- malas e reuni o pouco de força que me restava para pegar as chaves do meu pai, abrir a porta do carro e sair.
Andar era difícil por diversas razões, as principais eram a tempestade e a minha falta de força devido a perda de sangue.
Mais eu precisava pedir ajuda então não parei até chegar no porta-malas,e começar a procurar a chave certa.
Depois de alguns minutos agoniantes eu finalmente consegui abrir e pegar o meu celular que ainda bem sempre teve a função de chamada de alerta, tudo o que eu precisei fazer foi ligar para o meu número de emergência, no caso a minha avó e para os bombeiros.
Logo que consegui comunicar nossa situação para outras pessoas e ter certeza que o resgate estava vindo um alívio enorme tomou conta de mim.
Alívio esse que logo se dissipou quan- do o som de um raio alto me assustou e eu escorreguei e acabei caída no chão da estrada sem forças para me levantar sentindo uma dor imensa no meu braço esquerdo.
A chuva foi ficando mais fraca e os trovões foram parando enquanto as últimas gotas que caiam no chão se misturavam com o meu sangue e eu fazia de tudo para me manter acorda- da.
Naquele momento eu tive certeza que eu não iria sobreviver.
Lágrimas quentes rolavam no meu rosto enquanto eu me lembrava da minha família, dos meus amigos, dos sonhos que eu nunca vou realizar.
ー Deus por favor tenha misericórdia de mim, me permita viver é tudo o que eu te peço ー eu cochichei em direção ao céu.
Eu já frequentei a igreja antes quando eu era criança mais nunca fui muito religiosa, só que naquele momento eu olhei para os céus e tive certeza de que havia alguém olhando por mim.
Tive certeza de que eu estava machucada, em uma estrada deserta mas não estava só.
Meu coração se encheu de um sentimento muito forte e poderoso, eu sabia que era fé.
Agora eu realmente acreditava que poderia sobreviver apesar de tudo.
Agora eu realmente acreditava que Deus proverá um milagre em minha vida.
O alívio voltou para o meu coração e eu deixei os meus olhos pesarem enquanto tive certeza que Deus me salvaria e a minha fé me salvou.
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𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐞 | 𝑹𝒐𝒎𝒂𝒏𝒄𝒆 𝒄𝒓𝒊𝒔𝒕𝒂̃𝒐
Teen Fiction"O quanto sua vida pode mudar depois de um acidente de carro, sua quase morte e uma decisão difícil?" Hannah Morgan nunca foi uma garota religiosa, mas ao viver uma experiência traumatizante e ter certeza que aquele seria seu último sopro de vid...
