Solidão

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Cá estou eu novamente
Já perdi as contas de quantas vezes eu voltei para esse mesmo lugar
Nesse corredor que não tem fim
O som dos meus passos ecoam por toda parte
E logo após andar um pouco
Escuto gritos
Gritos de ajuda
Olho para o lado e vejo uma porta
Uma voz desesperada implora para que eu a solte
Por um instante eu hesito
"Se eu ajuda-lo a sair, oque está amedrontando ele também pode"
"Não sou um herói, não tem motivo para fazer..."
Abro a porta.
Minhas mãos tremem segurando a maçaneta
"Que estranho, não há ninguém aqui dentro"
Entro no quarto com a esperança de descobrir como sair desse lugar
Encontro uma carta em cima de uma mesa
"Solidão" está em seu título
Logo sinto um arrepio na espinha
A porta atrás de mim se fecha.
Vou correndo até lá e tento abrir
Está trancada.
Alguém apareça
Por favor
Não gosto desse quarto
Não quero ficar aqui sozinho
Alguém POR FAVOR apareça!
Não gosto de ficar sozinho
Aqui está escuro
ALGUEM APAREÇA!

Escuto passos.
"Socorro!"
"Me tira daqui!"
Vejo a maçaneta girar

Abro a porta.
"Que estranho, não há ninguém aqui dentro"
Entro no quarto e encontro uma carta em cima de uma mesa
"Solidão" está em seu título.

Diário de um escritor suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora