I'm at a payphone trying to call homeAll of my change I spent on you
— Payphone
POV. Colin Bridgerton
10 anos antes...
Aperto o telefone entre meus dedos, enquanto o ouço chamar pela sétima vez, não que eu estivesse contando, mas precisava controlar minha ansiedade.
Ela nunca ira me perdoar!
"Pen, sou eu, Colin, eu... me desculpe! Não fiz por mal — suspiro — Aconteceu uma coisa, preciso muito falar com você. Me ligue!"
Bufo frustrado, deixando o celular sob o móvel.
Eu prometi que ela seria a primeira a saber, mas precisava compartilhar a melhor notícia que havia acabado de receber.
— El, eu... — Digo entusiasmado, mas sou ignorado completamente pela letra E do alfabeto da minha família. Minha irmã caçula, Eloise, passa por mim como um furacão.
Encaro suas costas, confuso.
Por que tanta pressa?
Caminho até o quarto de Daphne, sabendo que, enfim, teria com quem conversar. Bato levemente em sua porta e aguardo sua resposta positiva, antes de entrar.
Minha irmã está sentada em sua escrivaninha, usando seus óculos para leitura. Ela me encara curiosa e eu apenas balanço a cabeça, respondendo sua pergunta silenciosa.
— Eu sabia! — Exclama animada, se levantando rapidamente.
Abro meus braços a abraçando em seguida.
— Deu tudo certo, Daph! — É minha vez de exclamar, sorrindo abertamente. — Eles ainda vão conversar com Anthony e o senhor Thomás, mas pretendem fechar um contrato, ao menos, para a gravação do meu primeiro disco.
— Você merece tanto, Colin! — A ouço fungar.
Daphne sempre foi a mais sensível de nós.
— Não chore, irmã. — Beijo seu rosto, afetuoso. — Obrigada — Murmuro em agradecimento.
Sem o apoio da minha família, nada disso estaria acontecendo.
(...)
Mamãe me encara sorrindo, com os olhos transbordando em lágrimas. Thomás, nosso advogado, explica para ela e Benedict algumas clausulas da gravadora. Anthony parece pensativo, mas eu sei o quanto ele me apoia.
— Tem certeza que é isso que você quer, Colin? — Benedict questiona.
— Tenho — Suspiro alto, soltando o ar que nem sabia que segurava. — Esse sempre foi o meu maior sonho, Bene.
— Estou feliz e orgulhoso, maninho. — Ele vem até mim, abraçando meu corpo. — Bom, precisamos comemorar! —Exclamou animado.
Foi a vez de Violet Bridgerton se aproximar. Ela abraçou meu corpo, sem ao menos me dizer uma palavra, mas eu sentia todo seu amor e receio.
— Vai dar tudo certo, mãe. — Beijo seu rosto, afagando suas costas.
— Ó Colin — funga. — Você irá para as américas.
A aperto em meus braços, ciente do quanto difícil seria para ela e para mim.
—Não se preocupe, garanto que Gregory e Hyacinth suprirão a minha falta — Brinco.
— Nenhum filho substitui o outro, querido.
Anthony acompanha nosso advogado até a saída e na sequencia me chama para que pudéssemos, enfim, conversar.
Meu irmão me aconselha, como imaginei que fizesse, mostrando alguns pontos de vista, que admito não ter imaginado.
— Pense até amanhã, Colin — Ele sorri, tentando me confortar. — Independente do que optar, vamos te apoiar.
Concordo com a cabeça, perdido em pensamentos.
Eu sabia do que queria e estava disposto, mas sempre havia um porém...
Encaro a tela do meu celular, revirando os olhos.
Ótimo. Me esqueci de coloca-lo para carregar.
(...)
Gargalho da piada sem graça que Benedict faz sobre batatas, enquanto auxilio mamãe na preparação do jantar. A macarronada de Violet Bridgerton é a minha favorita em todo mundo e a ideal para as nossas comemorações.
Francesca e Daphne são as encarregadas por ajeitarem a mesa, enquanto Gregory e Hyacinth se preocupam em derrubar a casa, em mais uma brincadeira que, com toda certeza, resultaria em choro.
— Família... — Desvio minha atenção à Eloise que acaba de adentra a cozinha. — O que estamos comemorando?
Procuro a figura ruiva atrás da mesma e estranho sua falta.
— O Colin vai virar cantor! — Hyacinth exclama saltitante.
— Ow! — El arfou. — Isso é serio?
Concordo com a cabeça e me afasto das panelas, recebendo um abraço desajeitado.
— Eu sempre soube que teria um irmão famoso — Me apertou ainda mais — Não esperava que fosse você... — Fiz uma careta. — mas serve!
— Obrigada?
— Seu irmão é muito talentoso, Eloise. — Mamãe se aproxima, analisando o que estou fazendo. — Abaixe um pouco o fogo, querido.
— Está tudo bem com a Penelope? — Minha voz soa baixa, quase como um sussurro.
— Am... — Hesita. — bem, só a deixe em paz. — A olho confuso. — O que? Você prometeu para ela que estaria lá!
— Eu me enrolei, El. — Me justifico. — Não imaginei que a reunião demoraria tanto e... — bufo, devido as sobrancelhas arqueadas de Eloise.
— Poderia, ao menos, ter atendido o telefone! — Exclamou. — Ela estava extremamente nervosa, a ponto de ter uma crise de ansiedade.
— Eu não fiz por mal! — me chateio.
— Não se justifique para mim, Penelope é quem aguarda seu pedido de desculpa!
Volto minha atenção na panela cheia de molho, ciente que Pen estava chateada, mas eu tinha meus motivos e, com toda certeza, ela me compreenderia.
(...)
E, aparentemente, ela não me compreendeu. A ruiva se recusava a atender o telefone, responder minhas mensagens e me receber em sua casa. Eloise me pedia para manter distancia, mas eu não conseguia compreender o que tinha feito de tão errado, eu só não pude comparecer ao seu recital.
Sorrio nervoso, encarando meus irmãos, George, o produtor, e Oscar, responsável pela gravadora que assinei, através do vidro que nos separam. Eles me olham com expectativas, me deixando desconfortável.
Benedict sorri e Anthony faz sinal positivo com as mãos. Ter os dois rostos conhecidos aliviou um pouco da tensão.
Respiro fundo, aguardando o momento em que pudesse dar início a minha primeira gravação.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Our summer in Italy - Polin
FanfictionAos olhos azuis encantadores e profundos como o mar de Penelope Featherington: anseio por mais um verão na Itália, ao seu lado.