Khaleesi Veralyon, Segunda filha legítima de Rhaenyra Targaryen e Sor Laenor Velaryon, a beleza encarnada, a gentil senhora, a vingança, esposa do sanguinário, a montadora de Cannibal.
Khaleesi sempre foi conhecida por sua gentileza e beleza, ela ga...
Rhaenyra puxava os dedos de sua mão nervosamente, tentando se entregar ao sono, mas ele nunca veio.
O luto pela morte de seu doce menino ainda a consumia, a realidade de que ele não voltará a arrasava e a preocupação pelo estado de sua filha Khaleesi a atormentava.
Desde o funeral de Lucerys, sua filha havia se fechando para o mundo, passava todo seu tempo em seus aposentos, não saia para comer, caminhar na praia como costumava fazer ou qualquer outra atividade.
Isso estava trazendo aflição para Rhaenyra, ela poderia ver a ligação entre Khaleesi e Luke, quando a menina era pequena, ela costumava pegar Luke em seu colo afirmando ser seu bebê.
A lembrança traz um sorriso ao rosto de Rhaenyra mas ao mesmo tempo quebra seu coração.
Céus, ela já havia perdido um filho, não suportava a ideia de ter outro morrendo lentamente e apenas observa.
Apenas o pensamento de ter que ver Khaleesi se isolando, se desvaindo completamente sozinha, a causava arrepios.
Ela gostaria que Khaleesi pudesse ter um futuro feliz pela frente, assim como o de sua irmã mais velha, gêmea de Jacaerys, Visenya.
Rhaenyra não podia negar que sentia falta de sua outra filha, Visenya havia sido prometida para Cregan Stark como uma aliança entre suas casas.
Assim a garota foi mandada para o Norte com seu gêmeo assim como foi prometido em seu acordo, naquele manhã, Rhaenyra recebeu uma carta de Visenya, um certo conforto e alívio cruzou o coração dela quando sua filha mais velha escrevia que Cregan era um homem gentil, bondoso, honrado e que estava muito feliz em seu casamento.
Ela também escreveu que já estava grávida de seu primeiro filho, isso trouxe muita felicidade para Rhaenyra, sua filha estava recebendo o amor e felicidade que merecia.
Ela queria essa felicidade para Khaleesi, então uma ideia cruza sua mente na calada da noite.
_ Para onde estamos indo? Pergunto para Daemon que segurava minha mão para me guiar pela passagem secreta de seu quarto, enquanto sua outra mão carregava uma tocha para iluminar o caminho.
Desde pequena Daemon segurava minha mão no intuito de guiar meu caminho corretamente, também para me passar segurança e proteção, conforme fui crescendo, pensei que ele fosse abandonar esse gesto, mas ele nunca fez, isso trouxe conforto para o meu coração.
Assim que saímos na baia, avisto um barco nós esperando, faço uma careta em confusão, eu já havia tido vários passeios com meu padrasto aos longos dos anos em que fui crescendo, porém isso não parecia com um passeio amigável , fazendo um calafrio passar pela minha espinha.
Daemon era como uma figura paterna para mim,assim como meu avô Corlys e meu verdadeiro pai Leanor Velaryon, a quem eu sentia muita falta.
Daemon costumava me dizer que eu tinha um espírito selvagem de um verdadeiro dragão debaixo de toda minha gentileza, eu provei isso a ele quando reivindique Cannibal a alguns anos atrás.
Eu ainda poderia lembrar do desespero de minha mãe quando cheguei em casa com quatro dedos quebrados, um corte profundo em minha perna e um dente perdido.
Também posso lembrar de sua raiva direcionada para Daemon quando descobriu que ele era o responsável por me levar até a pedra do dragão, porém o sorriso de orgulho nunca escapou de seus lábios para mim por ter conseguido domar um dos maiores e antigos dos dragões, assim como o mais selvagem.
Me mantive quieta o caminho todo, Daemon também não fez esforço para iniciar uma conversa.
Assim que chegamos, meus olhos se arregalam ao perceber que estamos no Porto Real, Daemon segura minha mãe mão novamente enquanto me guiava com ele que parecia estar procurando alguém.
Assim que chegamos no portão de ferro, onde havia um homem que parecia ser um dos Mantos da patrulha da cidade, Daemon chama sua atenção jogando um saco com moedas pelos quadrados do portão.
_ Um tributo. Disse Daemon, o homem logo se aproximou parecendo reconhecer Daemon.
_ Comandante? Pergunto o homem com confusão estampada em seu rosto.
_ Nunca me afasto demais Respondeu Daemon com um sorriso no rosto. Soube que tem uma antipática pelos Hightower.
_ Foda-se os Hightower. Respondeu o homem com um tom áspero que logo abriu o portão, nos escoltando como prisioneiros para não sermos percebidos.
Eu ficava cada vez mais nervosa com essa situação, com certeza nada de bom sairia daqui hoje.
Eu permanecia em silêncio enquanto observava Daemon negociar o caçador para que mate Aemond Targaryen, sua raiva fervia dentro de si quando percebeu o plano do padrasto.
Ela tinha consciência do quanto Daemon era imprudente, mas orquestrar tal ato pelas costas de sua mãe e ainda envolvela nisso tudo.
Mas ela sabia que parte de sua raiva era também porque ela deveria ser quem daria um fim na vida de Aemond Targaryen, deveria ser ela quem cortaria sua cabeça lentamente apenas para ter o prazer de observar a vida se esvair de seu olho.
_ Metade, a outra quando tiver realizado o trabalho. Respondeu Daemon entregando um saco de moedas para o caçador em sua frente.
_ Que maravilha, mas e se não encontramos ele? Perguntou o caçador, meu olhar de curiosidade também se vira para Daemon, tudo poderia dar errado nesse plano.
_ Um filho por um filho então. Respondeu Daemon de forma áspera enquanto eu o lançava um olhar de descrença.
_ Como pode fazer isso com minha mãe? Questionei enfurecida quando voltamos para o barco.
_ Estou fazendo isso por ela. Respondeu Daemon olhando em meus olhos como se o que tivesse feito não fosse nada demais.
_ Será mesmo? Ou será que isso é por si mesmo? Perguntei ironicamente vendo Daemon revira os olhos em impaciência.
_ Estou fazendo isso por você também. Ele respondeu, minha indignação apenas aumentou.
_ Acha que está fazendo isso por mim? Tolice. Respondi de forma amarga.
_ Eu sei que deseja isso tanto quanto eu, admita Khaleesi, só está furiosa porque queria que fosse você no lugar deles. Ele acusou permanecendo totalmente calmo e confiante, o choque entrou em minha mente pelas suas palavras.
_ Não é verdade. Respondi mesmo que no fundo nem eu mesma acreditava em minhas palavras, observo Daemon solta uma risada sem desviar seus olhos de mim.
_ Eu a conheço desde que era uma criança Khaleesi, conheço as sombras que você esconde por trás de toda essa farsa gentil, você pode tentar se enganar mas não a mim criança. Ele continuou me deixando sem saber o que responder, apenas me mantenho em silêncio durante o trajeto de volta para Dragonston.
Porém algo se passava repetidamente em minha cabeça.
Daemon estava certo e as vezes odiava quando ele tinha razão.
Oii amados leitores
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Essa é a Visenya, ela é uma nova personagem que criei.
Eu estava pensando em escrever uma fanfic dela e do Cregan, o que acham?