Capítulo 15 - Restabelecimento

50 11 0
                                    

Uma semana depois de deixar Plymouth, Claire estava totalmente recuperado e capaz de se movimentar. Ele saiu e começou a passear pelo deque com Mary, e até se deitou numa rede e leu um livro.

Depois de deixar Henry escapar e já revelar seus verdadeiros sentimentos, Claire não tinha mais nada a esconder. Ele falava como se tivesse deixado algo de lado e tratava as pessoas sem hesitação. Mary ficou muito feliz porque achou que Claire havia se alegrado. Claire a deixou entender mal.

O tempo continuou bom, o mar calmo e a navegação tranquila. Por um tempo, ele ficou nervoso com a possibilidade de Elfian vir visitá-lo, mas estava tão ocupado que nem se preocupou em olhar para ele.

Quando estava no convés, podia ouvir os piratas bebendo e cantando alto em plena luz do dia. Embora ocasionalmente houvesse grandes brigas e tensões, era estranhamente pacífico. No entanto, Claire muitas vezes sentia que seu estado atual era como água prestes a transbordar.

- Claire, bom dia.

Quando entrou no restaurante de manhã cedo, Miguel, que ele não via há algum tempo, estava sentado com Giltre e Mary.

Embora Miguel não demonstrasse nenhum sinal de antipatia quando se conheceram, Claire ainda se sentia desconfortável com ele. Isso ocorre porque as palavras de Elfian sobre Miguel apontando uma arma para a cabeça de Claire enquanto Henry escapava nunca saíram da sua cabeça.

Porém, em vez de sair, Claire foi até a cadeira na ponta da mesa e sentou-se. Ele pensou, o que há para saber? Mary começou a conversar como sempre.

- O tempo esquentou um pouco, certo? Entrou em águas territoriais portuguesas. Nada aconteceu, mas já estou em terra firme e meu corpo está coçando. Não há um navio mercante espanhol passando em algum lugar?

- Lutar não tem mais nada em sua mente?

Agora era natural para Claire ver Giltre repreender Mary por suas palavras.

- Pode ser melhor para os ossos velhos ficarem parados e ficarem mofados, mas os ossos jovens precisam ficar descontrolados de vez em quando!

- Se você gosta tanto de lutar, pode acabar em apuros ao encontrar um navio de guerra espanhola.

Por mais confiante que estivesse de que tinha a frota mais forte, Mary manteve a boca fechada, pois não queria lidar com o poderoso exército espanhol. Claire também conhecia bem o poder da Marinha Espanhola e que ela era hostil à Inglaterra. Giltre continuou falando em tom sutilmente explicativo enquanto bebia chá.

- Portugal tem cooperado recentemente com Espanha. Devem ter ouvido falar que estamos a dirigir-nos para o Mediterrâneo, por isso a frota pode lançar um ataque de surpresa. Você pode acabar enterrado no mar.

- Você terá sorte se não for repreendido duramente pelo capitão e fugir. O ele nunca nos deixaria morrer.

Mary tinha confiança em seu tom. Claire não queria ouvir os elogios de Elfian, então falou com indiferença.

- Quantos portos de escala existem no Porto?

- Bem, acho que seria bastante longo. Agora chegamos rápido demais. Ficamos em Londres por pouco tempo, mas partimos para Plymouth muito antes do planejado.

- Mary está certa. Acho que vamos ficar pelo menos um mês.

Os ouvidos de Claire se animaram quando ele ouviu a palavra "um mês". Seria difícil escapar porque a segurança da sua família era incerta, mas como ele estava em um barco tremendo o tempo todo, queria pisar em terra firme, mesmo que por um momento.

- Então posso sair do navio desta vez?

- Pode ser difícil.

Mary balançou a cabeça. Claire ficou desapontado, estava mexendo na carne salgada que agora estava completamente mastigada.

Os Piratas: O Prisioneiro do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora